Análise: Fluminense constrói muro, bloqueia 50% das finalizações do Colo-Colo e vence no modo copeiro

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Tricolor foge de suas características e vai mal na criação, mas é eficiente para suportar pressão A vitória do Fluminense por 1 a 0 sobre o Colo-Colo, na gelada noite de quinta-feira em Santiago, foi a primeira do Tricolor fora de casa nessa Libertadores e encaminhou bem a classificação para as oitavas de final. Porém, muitos torcedores não comemoraram direito preocupados com a atuação da equipe.
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Colo-Colo 0 x 1 Fluminense | Melhores momentos | 4ª rodada | CONMEBOL Libertadores
De fato, no ataque o Fluminense praticamente não existiu ao longo dos 90 minutos. Mas defensivamente não foi mal como pareceu. Repara só: o Colo-Colo, que teve 58% de posse de bola, deu 24 finalizações no jogo. Número altíssimo, só que metade não passou.
Não sei se o Fluminense pediu autorização na secretaria de obras e urbanização do Chile, mas construiu um muro no Monumental de Santiago e bloqueou 12 finalizações dos chilenos. Foram: quatro bloqueios feitos por Cano; dois por Martinelli e Ganso (que deu até carrinho na área para marcar); e um por Manoel, Lima, Alexsander e Arias.
Jogadores do Fluminense comemoram vitória sobre o Colo-Colo
Marcelo Gonçalves / Fluminense FC
Scout – Colo-Colo x Fluminense
Entre as outras 12 finalizações, só três chegaram ao gol de Fábio. E o Colo-Colo teve apenas uma chance clara com Zavala, em chute para fora aos 18 do primeiro tempo (veja na imagem abaixo), quando Marcelo escorregou e deixou o marcador livre. Lembrando que a bola que o Martinelli salva em cima da linha não conta porque já havia impedimento no lance; e o chute na trave de Pizarro foi de longe. Daí se justifica a frase de Diniz de que o time “deu uma aula de sistema defensivo”.
Chance perdida por Zavala em Colo-Colo x Fluminense
Reprodução
Mas teve pressão do início ao fim em função da forma como o Fluminense jogou. Diniz fugiu das suas características de posse de bola, aproximação e “toqueira” nas saídas por causa do gramado que acelerava o jogo, da pressão do estádio e da marcação alta do Colo-Colo. A opção foi jogar na bola longa buscando os atacantes, o problema é que nenhum tricolor ficava com a sobra.
Por isso a bola batia no ataque e voltava. O Fluminense terminou a partida com só 42% de posse, três finalizações (sendo duas no alvo) e apenas uma chance de gol aproveitada por Manoel. Sabe aquele ditado “bola para o mato porque é jogo de campeonato”? O time ativou o modo copeiro, aquele que se defende bem e é eficiente nas poucas chances no ataque.
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Diniz adotou estilo diferente no time em Santiago
Marcelo Gonçalves / Fluminense FC
Foi uma vitória na raça, da transpiração, da superação… Sim, mas há muito o que melhorar para esse time ser algo próximo do que foi aquele campeão da Libertadores em 2023 e reconquistar sua torcida. Com os lesionados voltando e a chegada de Thiago Silva, Diniz terá um leque maior de opções para jogar ao seu estilo.
Líder do Grupo A da Libertadores com oito pontos, o Fluminense pode se classificar na próxima rodada com uma vitória simples sobre o Cerro Porteño na quinta-feira da semana que vem, às 19h (de Brasília) no Maracanã. Antes, o Tricolor volta a campo pelo Brasileirão e enfrenta o São Paulo na segunda-feira, às 20h (de Brasília), no Morumbis.
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