Ex-jogadores como Cafu, Djalminha, Paulo Nunes e Grafite também entram em cena em participações especiais. A superprodução ainda promove um encontro de personagens da nova trama com figuras já conhecidas do público em ‘Arcanjo Renegado’ e ‘A Divisão’
Julio Andrade como Belchior, em O Jogo Que Mudou a História
Cesar Diogenes
A série Original Globoplay O Jogo que Mudou a História estreia nesta quinta-feira (13), repleta de participações especiais – entre elas, ícones não só da dramaturgia, como também do universo do futebol. Tendo o Rio de Janeiro como cenário, a superprodução mostra a origem da formação de facções reais, nas décadas de 1970 e 1980, e como as tensões entre duas favelas cariocas se refletiram dentro do campo e na dinâmica de toda a cidade, até os dias de hoje. São 10 episódios de tirar o fôlego, publicados semanalmente, dois a cada quinta-feira.
Participações especiais
Entre os destaques da trama, a versatilidade de Julio Andrade, que marca presença em uma participação especial. Seu personagem, Belchior, é um delegado que vira juiz de futebol para apitar uma final de campeonato entre os times de duas favelas fictícias: Padre Nosso e Parada Geral.
“É muito diferente dos personagens que fiz, gosto de ser desafiado, de me transformar, e essa imersão foi maravilhosa. Eu brinquei, fui perguntando durante o jogo para a galera como apita. Apitei para o time errado no início, tudo isso começou a ficar vivo dentro de campo. E acho que minha inexperiência como juiz ajudou”, conta, revelando que levou a bola da gravação para guardar de recordação.
“Reencontrei amigos, foi muito afetivo. Apesar de ser uma cena muito violenta, foi uma experiência maravilhosa e amorosa”, destaca o ator, ao relembrar as gravações da emblemática sequência que dá nome à série.
Não foi só Julio Andrade que participou dessa sequência. Ex-jogadores brasileiros de diferentes gerações que fizeram história no futebol, seja com passagens memoráveis pela Seleção e/ou em grandes clubes, embarcaram para valer na ficção, trazendo ainda mais realismo para a partida. Cafu, Djalminha, Carlos Germano, Grafite, Paulo Nunes, Michel Bastos, Odvan, Ramires e Steve Wonder fizeram a bola rolar ao lado de atores reais, enquanto Adílio interpretou o técnico de uma das equipes.
O núcleo de outra favela da trama, o ‘Morro da Promessa’ – que tem Jonathan Azevedo em cena como Gilsinho, um estratégico líder do tráfico, é rodeado de participações. Como a de Wilson Rabelo, vivendo o pai do personagem, a de André Mattos como Aílton, um dono de frigorífico, e a de Lucio Mauro Filho, que dá vida a Bruno: um produtor musical. Os três se relacionam diretamente com Gilsinho, tendo participações especiais no desenvolvimento do personagem. A amizade entre Bruno e o líder do tráfico surge depois que o chefe da ‘Promessa’ compra uma gravadora, a ‘Jero Records’, na intenção de dar oportunidade para músicos da favela e encontrar um caminho para o dinheiro de seus negócios. “Meu personagem é um cara da zona sul carioca que tem acesso à cultura. De repente, tem essa proposta que une o útil ao agradável, já que é um consumidor voraz de entorpecentes. É um combo perfeito para ele. Sinto que, ao mesmo tempo em que o Bruno tem medo daquele mundo marginal, admira o Gilsinho por suas ideias geniais”, revela Lucio Mauro Filho.
É nesse universo que Pretinho da Serrinha também aparece. Assim como na vida pessoal, ele interpreta um músico, Pereira de Souza. Morador do ‘Morro da Promessa’, ele recebe ajuda de Gilsinho para divulgar sua arte. “Fiquei muito feliz com o convite. Dá um frio gostoso na barriga”, conta Pretinho da Serrinha. “A série tem muito para ensinar nos dias de hoje. Acredito na importância social de uma obra como essa”.
Já Otavio Muller é Seu Hélio, preso político muito ouvido e respeitado por outros detentos da prisão de Ilha Grande, local que é palco do surgimento de uma das facções centrais da trama. Nesse mesmo cenário, o público conhece Claudia Mauro como a mãe de um dos presos, Egídio, jovem interpretado por Ravel Andrade que não tem histórico criminoso e vai para a cadeia depois de atropelar a filha de um general. “Com todas as forças, essa mulher tenta tirar o filho dessa situação. A dor de ver o Egídio se transformando ali dentro é muito difícil, me emocionei verdadeiramente”, reflete a atriz.
O ator carioca Marcelo Serrado também se jogou em uma experiência diferente. Seu personagem, Homero, é assessor do govenador e participa de uma sequência de pura adrenalina, durante um longo confronto policial. “O Homero chega tentando acabar com essa confusão. Ele é um cara calmo, dedicado à família. Se acha um pouco e representa muito esse arquétipo do pequeno poder”, conta. A sequência traz ainda o músico e ator Jimmy London como o Coronel Macieira.
E para os fãs das séries da AfroReggae Audiovisual que são sucesso no Globoplay, as novidades não param por aí. Desde a terceira temporada de ‘A Divisão’, personagens e tramas se conectam criando uma intersecção entre elas. Em ‘O Jogo que Mudou a História’, estão de volta às telas Sargento Afonso (Marcello Melo) e Tenente Gabriel (Leonardo Brício), de ‘Arcanjo Renegado’; além da Roberta (Natália Lage), detetive de ‘A Divisão’. “É uma alegria muito grande reencontrá-la, sendo que para ela, na trama, são 10 anos antes dos acontecimentos de ‘A Divisão’. Adorei trazer a personagem em novas circunstâncias. São muitas memórias!”, celebra Natália.
A série reserva ainda outras duas grandes curiosidades. A Irmã Emily (Alli Willow), apresentada pela primeira vez ao público na segunda temporada de ‘Arcanjo Renegado’ como uma ativista de mais de 80 anos, pode ser vista décadas antes como uma freira determinada em auxiliar e defender os direitos dos detentos em Ilha Grande. E, desta vez, em ‘O Jogo que Mudou a História’, Álamo Facó é João Ignácio, um preso político que cumpre pena no presídio onde Emily trabalha. Para quem não se lembra, seu novo personagem é pai de outro que o próprio ator interpretou: o jornalista Ronaldo Leitão, de ‘Arcanjo Renegado’. “Fico pensando como seria um encontro entre eles… acredito que muito intenso. Me imagino grisalho, de João Ignácio, e Ronaldo indo ver o pai, recebendo dicas para dar seguimento a essa luta por justiça”, detalha. Criador das produções, José Junior explica que as séries são independentes, mas que essas conexões prometem instigar a curiosidade: “É todo o passado de ‘A Divisão’ e ‘Arcanjo’. As pessoas vão conhecer todo mundo, os personagens como eram antes de suas séries de origem”.
A superprodução é uma nova parceria do Globoplay com a AfroReggae Audiovisual, responsável também pelas séries de sucesso ‘Arcanjo Renegado’, ‘A Divisão’ e ‘Betinho: No Fio da Navalha’. O elenco de ‘O Jogo que Mudou a História’ reúne outros nomes como Pedro Wagner, Babu Santana, Rômulo Braga, Bukassa Kabengele, Jailson Silva, Raphael Logam, Samuel Melo, Fabrício Assis, João Fernandes, Vanessa Giácomo, Tatiana Tiburcio, Kizi Vaz, Talita Younan, Giulia Tavares, Juliane Araújo, Ana Isabela Godinho, Elizia Gomes, Maha Sati, Sergio Laurentino, Leo Bahia, Breno de Filippo, Nicollas Paixão, Diego Raymond, Rogério Blank, Julio Levy, Marcio Borges, Gilson da Maia, Eduardo Dorneles, Patrick Bruno, Leonardo Xavier. Com criação e produção de José Junior; direção geral de Heitor Dhalia; direção de Heitor Dhalia, Matias Mariani e Claudio Borrelli; tem redação final de José Junior e Gabriel Maria; e roteiro de José Junior, Gabriel Maria, Clara Meirelles, Bruno Passeri, Manaíra Carneiro e Bruno Paes Manso. A produção é da AfroReggae Audiovisual e da Paranoid.
Julio Andrade como Belchior, em O Jogo Que Mudou a História
Cesar Diogenes
A série Original Globoplay O Jogo que Mudou a História estreia nesta quinta-feira (13), repleta de participações especiais – entre elas, ícones não só da dramaturgia, como também do universo do futebol. Tendo o Rio de Janeiro como cenário, a superprodução mostra a origem da formação de facções reais, nas décadas de 1970 e 1980, e como as tensões entre duas favelas cariocas se refletiram dentro do campo e na dinâmica de toda a cidade, até os dias de hoje. São 10 episódios de tirar o fôlego, publicados semanalmente, dois a cada quinta-feira.
Participações especiais
Entre os destaques da trama, a versatilidade de Julio Andrade, que marca presença em uma participação especial. Seu personagem, Belchior, é um delegado que vira juiz de futebol para apitar uma final de campeonato entre os times de duas favelas fictícias: Padre Nosso e Parada Geral.
“É muito diferente dos personagens que fiz, gosto de ser desafiado, de me transformar, e essa imersão foi maravilhosa. Eu brinquei, fui perguntando durante o jogo para a galera como apita. Apitei para o time errado no início, tudo isso começou a ficar vivo dentro de campo. E acho que minha inexperiência como juiz ajudou”, conta, revelando que levou a bola da gravação para guardar de recordação.
“Reencontrei amigos, foi muito afetivo. Apesar de ser uma cena muito violenta, foi uma experiência maravilhosa e amorosa”, destaca o ator, ao relembrar as gravações da emblemática sequência que dá nome à série.
Não foi só Julio Andrade que participou dessa sequência. Ex-jogadores brasileiros de diferentes gerações que fizeram história no futebol, seja com passagens memoráveis pela Seleção e/ou em grandes clubes, embarcaram para valer na ficção, trazendo ainda mais realismo para a partida. Cafu, Djalminha, Carlos Germano, Grafite, Paulo Nunes, Michel Bastos, Odvan, Ramires e Steve Wonder fizeram a bola rolar ao lado de atores reais, enquanto Adílio interpretou o técnico de uma das equipes.
O núcleo de outra favela da trama, o ‘Morro da Promessa’ – que tem Jonathan Azevedo em cena como Gilsinho, um estratégico líder do tráfico, é rodeado de participações. Como a de Wilson Rabelo, vivendo o pai do personagem, a de André Mattos como Aílton, um dono de frigorífico, e a de Lucio Mauro Filho, que dá vida a Bruno: um produtor musical. Os três se relacionam diretamente com Gilsinho, tendo participações especiais no desenvolvimento do personagem. A amizade entre Bruno e o líder do tráfico surge depois que o chefe da ‘Promessa’ compra uma gravadora, a ‘Jero Records’, na intenção de dar oportunidade para músicos da favela e encontrar um caminho para o dinheiro de seus negócios. “Meu personagem é um cara da zona sul carioca que tem acesso à cultura. De repente, tem essa proposta que une o útil ao agradável, já que é um consumidor voraz de entorpecentes. É um combo perfeito para ele. Sinto que, ao mesmo tempo em que o Bruno tem medo daquele mundo marginal, admira o Gilsinho por suas ideias geniais”, revela Lucio Mauro Filho.
É nesse universo que Pretinho da Serrinha também aparece. Assim como na vida pessoal, ele interpreta um músico, Pereira de Souza. Morador do ‘Morro da Promessa’, ele recebe ajuda de Gilsinho para divulgar sua arte. “Fiquei muito feliz com o convite. Dá um frio gostoso na barriga”, conta Pretinho da Serrinha. “A série tem muito para ensinar nos dias de hoje. Acredito na importância social de uma obra como essa”.
Já Otavio Muller é Seu Hélio, preso político muito ouvido e respeitado por outros detentos da prisão de Ilha Grande, local que é palco do surgimento de uma das facções centrais da trama. Nesse mesmo cenário, o público conhece Claudia Mauro como a mãe de um dos presos, Egídio, jovem interpretado por Ravel Andrade que não tem histórico criminoso e vai para a cadeia depois de atropelar a filha de um general. “Com todas as forças, essa mulher tenta tirar o filho dessa situação. A dor de ver o Egídio se transformando ali dentro é muito difícil, me emocionei verdadeiramente”, reflete a atriz.
O ator carioca Marcelo Serrado também se jogou em uma experiência diferente. Seu personagem, Homero, é assessor do govenador e participa de uma sequência de pura adrenalina, durante um longo confronto policial. “O Homero chega tentando acabar com essa confusão. Ele é um cara calmo, dedicado à família. Se acha um pouco e representa muito esse arquétipo do pequeno poder”, conta. A sequência traz ainda o músico e ator Jimmy London como o Coronel Macieira.
E para os fãs das séries da AfroReggae Audiovisual que são sucesso no Globoplay, as novidades não param por aí. Desde a terceira temporada de ‘A Divisão’, personagens e tramas se conectam criando uma intersecção entre elas. Em ‘O Jogo que Mudou a História’, estão de volta às telas Sargento Afonso (Marcello Melo) e Tenente Gabriel (Leonardo Brício), de ‘Arcanjo Renegado’; além da Roberta (Natália Lage), detetive de ‘A Divisão’. “É uma alegria muito grande reencontrá-la, sendo que para ela, na trama, são 10 anos antes dos acontecimentos de ‘A Divisão’. Adorei trazer a personagem em novas circunstâncias. São muitas memórias!”, celebra Natália.
A série reserva ainda outras duas grandes curiosidades. A Irmã Emily (Alli Willow), apresentada pela primeira vez ao público na segunda temporada de ‘Arcanjo Renegado’ como uma ativista de mais de 80 anos, pode ser vista décadas antes como uma freira determinada em auxiliar e defender os direitos dos detentos em Ilha Grande. E, desta vez, em ‘O Jogo que Mudou a História’, Álamo Facó é João Ignácio, um preso político que cumpre pena no presídio onde Emily trabalha. Para quem não se lembra, seu novo personagem é pai de outro que o próprio ator interpretou: o jornalista Ronaldo Leitão, de ‘Arcanjo Renegado’. “Fico pensando como seria um encontro entre eles… acredito que muito intenso. Me imagino grisalho, de João Ignácio, e Ronaldo indo ver o pai, recebendo dicas para dar seguimento a essa luta por justiça”, detalha. Criador das produções, José Junior explica que as séries são independentes, mas que essas conexões prometem instigar a curiosidade: “É todo o passado de ‘A Divisão’ e ‘Arcanjo’. As pessoas vão conhecer todo mundo, os personagens como eram antes de suas séries de origem”.
A superprodução é uma nova parceria do Globoplay com a AfroReggae Audiovisual, responsável também pelas séries de sucesso ‘Arcanjo Renegado’, ‘A Divisão’ e ‘Betinho: No Fio da Navalha’. O elenco de ‘O Jogo que Mudou a História’ reúne outros nomes como Pedro Wagner, Babu Santana, Rômulo Braga, Bukassa Kabengele, Jailson Silva, Raphael Logam, Samuel Melo, Fabrício Assis, João Fernandes, Vanessa Giácomo, Tatiana Tiburcio, Kizi Vaz, Talita Younan, Giulia Tavares, Juliane Araújo, Ana Isabela Godinho, Elizia Gomes, Maha Sati, Sergio Laurentino, Leo Bahia, Breno de Filippo, Nicollas Paixão, Diego Raymond, Rogério Blank, Julio Levy, Marcio Borges, Gilson da Maia, Eduardo Dorneles, Patrick Bruno, Leonardo Xavier. Com criação e produção de José Junior; direção geral de Heitor Dhalia; direção de Heitor Dhalia, Matias Mariani e Claudio Borrelli; tem redação final de José Junior e Gabriel Maria; e roteiro de José Junior, Gabriel Maria, Clara Meirelles, Bruno Passeri, Manaíra Carneiro e Bruno Paes Manso. A produção é da AfroReggae Audiovisual e da Paranoid.
+ There are no comments
Add yours