Junior chora ao relembrar afastamento da música na pandemia: ‘Dei uma deprimidona’

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Durante participação no Conversa com Bial, cantor falou da turnê ‘Nossa História’, ao lado da irmã Sandy e também de processo de amadurecimento: ‘Engrenagem maluca de compromisso’ Junior fala sobre amadurecimento
Junior cresceu diante das câmeras ao lado da irmã Sandy. O cantor, que acaba de completar 40 anos e se lança em carreira solo, conta que a infância e adolescência tão diferentes já foram questões para ele, que disse ter se sentido sem referência durante um período dos recém-completados 40 anos de vida, 35 deles trabalhando.
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“Tive uma vida bastante peculiar, tenho ainda, se comparar com a grande maioria das pessoas. Vivi coisas muito específicas. É muito difícil olhar para o lado e ver alguém vivendo coisas parecidas”, exemplificou ele, durante participação no Conversa com Bial, exibido no GNT, nesta quinta-feira (2).
Junior se emociona no Conversa com Bial
Reprodução
Tivemos uma carreira muito preenchida, uma história muito bem-sucedida: trabalhava muito, exerci bastante a molecagem, fui amadurecer e entender a profundidade das coisas que vivia, talvez, depois que encerrou a dupla [com Sandy]. Pude ter tempo de refletir e viver os sentimentos: era uma engrenagem maluca de compromissos que eu só cumpria e me divertia. Sinto que estou no meu lugar.”
‘Nossa História’
Em 2019, doze anos após o último show da dupla, ele resolveu aceitar a proposta para a turnê “Nossa História” após uma conversa com o pai, Xororó, que faz dupla com Chitãozinho. Junior também sentiu que, após várias negativas era o momento de aceitar a proposta e embarcar na série de shows comemorativos que enlouqueceram os fãs da ex-dupla mirim.
Junior revela como nasceu turnê ‘Nossa História’
“Acho que foi o momento propício. Das outras vezes que me sondaram a respeito, para mim, não fazia sentido, estava no início de algum projeto e sabia que mexer com isso seria uma coisa avassaladora na minha vida e de fato foi. Não queria que atrapalhasse os processos que estava vivendo”, detalhou Junior, acrescentando que a pandemia após um ano tão produtivo o deixou abalado.
Afastamento da música
“Dei uma deprimidona no começo da pandemia. Acho que foi um salto muito grande do que vinha vivendo em 2019, um dos grandes pontos altos da minha vida. Ali comecei com a ideia de fazer meu trabalho, ‘seguir carreira solo, me entendi como artista, vou me permitir, me curei’. Na hora que fui, parou tudo e ‘volta aqui, se recolhe, show é a última coisa que você vai voltar a fazer'”, disse ele com a voz embargada, explicando como a música “Sou” mudou isso.
Junior conta que ficou deprimido na pandemia
Muito sensível que sou, ligava a TV e só paulada, muita desgraça e aquilo foi me deixando mal. Fiquei muitos meses sem encostar no violão, me dói falar isso, porque essa fase foi muito ardida, não ouvia música, não tocava. Não rolava e aí meu pai, esperto que é, mexeu o parafuso certo, e me mandou essa música.”
Diante do momento de incertezas, ele se mudou com a mulher, Mônica Benini, e o filho do casal, Otto, que tinha dois anos e meio, para um chalé, já que tinha começado uma reforma no início pouco antes da crise sanitária trazida pela Covid. No período de reclusão, ele compôs 54 canções e se reconectou com a música.
“Não queria ficar preso no apartamento, porque comecei a achar que meu filho estava deprimindo também e aí fui para o mato”, detalhou, entre lágrimas. “Fui para um canto comecei a tocar e, coincidentemente, num respiro que quis dar vi um post da Fernanda Paes Leme com um texto de uma entrevista da Clarice Lispector em que ela falava que quando não estava criando, estava morta”, concluiu.
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