Projeções feitas pelo Devisa mostram que casos confirmados podem ultrapassar maior epidemia da história, registrada em 2015. Prefeitura reuniu hospitais nesta sexta para discutir enfrentamento. Campinas (SP) atingiu, nesta sexta-feira (1º), a marca de 11.188 casos de dengue. O número é maior do que o total registrado em todo o ano de 2023, e levou a prefeitura a fazer um alerta para a possibilidade de um “pico” histórico da doença em até oito semanas.
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Segundo a administração municipal, projeções feitas pelo Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) mostram que os casos confirmados podem ultrapassar a maior epidemia de dengue da história, registrada em 2015, nas próximas semanas. À época, a cidade somou 65.754 registros e 22 mortes.
“A projeção indica que pode passar do pico de 2015, que foi 75 mil casos, chegando até 100 mil e podendo passar de 100 mil casos, entre três e oito semanas. Estamos observando uma curva que vai mostrar nas próximas semanas um atendimento que, sem dúvida, pode impactar não só o setor público, como o setor privado”, destaca o prefeito Dário Saadi (Republicanos).
No dia 27 de fevereiro, Campinas confirmou a primeira morte por dengue de 2024. A vítima era uma mulher de 94 anos, moradora do Jardim Eulina, região da cidade com maior incidência de casos doença.
“O grande objetivo de fazermos projeções é preparar a rede de saúde e alertar a população sobre a possibilidade de ficar doente, de ter que faltar dias de trabalho, de uma doença que é muito incapacitante, é muito dolorida. O grande objetivo disso é a gente não chegar a um número tão alarmante”, pontua Andréa Von Zuben, diretora do Devisa.
Larvas do mosquito da dengue
Pedro Ventura/Agência Brasília
Mobilização de hospitais
Diante do cenário, a prefeitura reuniu gestores de hospitais públicos e privados nesta sexta para debater ações de enfrentamento à doença. Segundo Sérgio Bisogni, presidente da Rede Mário Gatti, houve um aumento “significativo” nos atendimentos em pronto-socorros nos últimos dois meses, e casos suspeitos de dengue representam 15% da demanda diária.
“A gente está se preparando com insumos, soro fisiológico, tudo estocado em quantidade alta, e também testes rápidos da Covid para tentar fazer o diagnóstico diferencial e encaminhar. A gente espera que essa curva, que aparentemente vai acontecer entre 3 e 8 semanas, se a população ajudar, pode ser quebrada. Mas, se não quebrar, temos que estar preparados para enfrentar”, afirma.
O secretário de Saúde da metrópole, Lair Zambon, frisa que a equipe atualmente disponível nas unidades é “mais do que suficiente”, e destaca que os profissionais estão preparados para atender a alta demanda esperada para as próximas semanas.
“O que acontece na saúde e faz parte da saúde é que ela tem crises, é normal a saúde ter crises. Ontem falei numa reunião que quem acha que vai ser um funcionário da saúde e não vai viver crise, não é o melhor lugar para ele trabalhar. […] Claro que, se houver 100 mil casos, e espero que não haja, vai haver espera, vai haver problemas na porta, eu não tenho dúvida que haverá. Estamos preparados para o pior”, reforça.
Prefeitura de Campinas reúne hospitais para discutir enfrentamento à dengue
Reprodução/EPTV
Atenção redobrada
A previsão de um crescimento expressivo de casos em 2024 levou a prefeitura a adotar uma série de medidas de combate ao mosquito transmissor. A “operação de dengue” – expressão usada pela própria administração municipal – envolve drones e a ajuda do Exército.
O Devisa realiza, desde o começo do ano, mutirões para remover possíveis criadouros do mosquito transmissor. O pacote de medidas prevê ainda, em caso de necessidade, entrada forçada em imóveis fechados.
Orientações à população
🌡️ A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, resultando em desidratação.
🚨 Ao apresentar estes sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde da cidade para atendimento médico, segundo a Secretaria de Saúde.
A orientação da Secretaria de Saúde para pacientes com sintomas da dengue é a busca pelos centros de saúde. Os endereços e horários de atendimento estão disponíveis no site da pasta.
Veja algumas das medidas de prevenção:
Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa;
Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
Tampe os tonéis e caixas d’água;
Mantenha as calhas limpas;
Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
Mantenha lixeiras bem tampadas;
Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;
Coloque repelentes elétricos próximos às janelas (o uso é contraindicado para pessoas alérgicas);
Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
Evite produtos de higiene com perfume porque podem atrair insetos;
Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
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Segundo a administração municipal, projeções feitas pelo Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) mostram que os casos confirmados podem ultrapassar a maior epidemia de dengue da história, registrada em 2015, nas próximas semanas. À época, a cidade somou 65.754 registros e 22 mortes.
“A projeção indica que pode passar do pico de 2015, que foi 75 mil casos, chegando até 100 mil e podendo passar de 100 mil casos, entre três e oito semanas. Estamos observando uma curva que vai mostrar nas próximas semanas um atendimento que, sem dúvida, pode impactar não só o setor público, como o setor privado”, destaca o prefeito Dário Saadi (Republicanos).
No dia 27 de fevereiro, Campinas confirmou a primeira morte por dengue de 2024. A vítima era uma mulher de 94 anos, moradora do Jardim Eulina, região da cidade com maior incidência de casos doença.
“O grande objetivo de fazermos projeções é preparar a rede de saúde e alertar a população sobre a possibilidade de ficar doente, de ter que faltar dias de trabalho, de uma doença que é muito incapacitante, é muito dolorida. O grande objetivo disso é a gente não chegar a um número tão alarmante”, pontua Andréa Von Zuben, diretora do Devisa.
Larvas do mosquito da dengue
Pedro Ventura/Agência Brasília
Mobilização de hospitais
Diante do cenário, a prefeitura reuniu gestores de hospitais públicos e privados nesta sexta para debater ações de enfrentamento à doença. Segundo Sérgio Bisogni, presidente da Rede Mário Gatti, houve um aumento “significativo” nos atendimentos em pronto-socorros nos últimos dois meses, e casos suspeitos de dengue representam 15% da demanda diária.
“A gente está se preparando com insumos, soro fisiológico, tudo estocado em quantidade alta, e também testes rápidos da Covid para tentar fazer o diagnóstico diferencial e encaminhar. A gente espera que essa curva, que aparentemente vai acontecer entre 3 e 8 semanas, se a população ajudar, pode ser quebrada. Mas, se não quebrar, temos que estar preparados para enfrentar”, afirma.
O secretário de Saúde da metrópole, Lair Zambon, frisa que a equipe atualmente disponível nas unidades é “mais do que suficiente”, e destaca que os profissionais estão preparados para atender a alta demanda esperada para as próximas semanas.
“O que acontece na saúde e faz parte da saúde é que ela tem crises, é normal a saúde ter crises. Ontem falei numa reunião que quem acha que vai ser um funcionário da saúde e não vai viver crise, não é o melhor lugar para ele trabalhar. […] Claro que, se houver 100 mil casos, e espero que não haja, vai haver espera, vai haver problemas na porta, eu não tenho dúvida que haverá. Estamos preparados para o pior”, reforça.
Prefeitura de Campinas reúne hospitais para discutir enfrentamento à dengue
Reprodução/EPTV
Atenção redobrada
A previsão de um crescimento expressivo de casos em 2024 levou a prefeitura a adotar uma série de medidas de combate ao mosquito transmissor. A “operação de dengue” – expressão usada pela própria administração municipal – envolve drones e a ajuda do Exército.
O Devisa realiza, desde o começo do ano, mutirões para remover possíveis criadouros do mosquito transmissor. O pacote de medidas prevê ainda, em caso de necessidade, entrada forçada em imóveis fechados.
Orientações à população
🌡️ A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, resultando em desidratação.
🚨 Ao apresentar estes sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde da cidade para atendimento médico, segundo a Secretaria de Saúde.
A orientação da Secretaria de Saúde para pacientes com sintomas da dengue é a busca pelos centros de saúde. Os endereços e horários de atendimento estão disponíveis no site da pasta.
Veja algumas das medidas de prevenção:
Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa;
Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
Tampe os tonéis e caixas d’água;
Mantenha as calhas limpas;
Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
Mantenha lixeiras bem tampadas;
Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;
Coloque repelentes elétricos próximos às janelas (o uso é contraindicado para pessoas alérgicas);
Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
Evite produtos de higiene com perfume porque podem atrair insetos;
Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
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