Barra do Piraí confirma segunda morte por dengue em 2024

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Vítima é uma idosa, de 81 anos, moradora do bairro Santo Antônio. Ela estava internada com a confirmação da doença e veio a óbito nesta quarta-feira. Esta é a 10ª morte pela doença na região este ano. Barra do Piraí (RJ) confirmou na tarde desta quarta-feira (6) a segunda morte por dengue na cidade em 2024. A informação foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde.
A vítima é uma idosa, de 81 anos, moradora do bairro Santo Antônio. Ela estava internada com a confirmação da doença e veio a óbito nesta quarta-feira. A morte ainda não foi contabilizada nos números oficiais do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
“Estamos com toda a vigilância em saúde em campo atuando, mas faço aqui um apelo para a população: façam um checklist de 10 minutos. Salva vidas. Tire toda água parada da sua casa e denuncie qualquer local que tiver água parada em terreno baldio, em qualquer lugar. Pode denunciar que estamos com todo nosso efetivo no campo combatendo a dengue aqui em Barra do Piraí”, disse o secretário de Saúde, Dione Caruzo.
A outra morte por dengue em Barra do Piraí em 2024 foi confirmada há duas semanas. A vítima tinha 76 anos e era moradora do distrito da Califórnia. O óbito aconteceu no dia 9 de fevereiro, mas o resultado do exame que comprovou que a morte foi causada pela dengue foi divulgada no dia 21 de fevereiro.
Até a última atualização deste reportagem, o estado do Rio de Janeiro tinha registrado um total de 16 mortes por dengue este ano.
Destas 16, 10 foram registradas no Sul do Rio e Costa Verde:
Barra do Piraí: 2
Resende: 3
Volta Redonda: 1
Três Rios: 1
Itatiaia: 1
Angra dos Reis: 1
Paraty: 1
Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue
CDC
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O Brasil vive uma explosão de casos de dengue neste começo de 2024. Até 30 de janeiro, o Ministério da Saúde registrou 217.481 casos. No mesmo período de 2023, o país somava 65.366 — um aumento de 233%.
De acordo com o Ministério da Saúde, esse aumento se deve a fatores como a combinação entre calor excessivo e chuvas intensas (possíveis efeitos do El Niño) e ao ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil.
O que é a dengue?
A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — todos podem causar as diferentes formas da doença.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes ao longo de sua vida. Isso ocorre porque ela pode ser infectada com aos quatro diferentes sorotipos do vírus. Uma vez exposta a um determinado sorotipo, após a remissão da doença, ela passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico.
Principais sintomas
Nem sempre a infecção apresenta sintomas. O indivíduo pode ter uma dengue assintomática ou ter um quadro leve.
Mas é preciso ficar atento se a pessoa tiver febre alta (39ºC a 40ºC), de início repentino, acompanhada por pelo menos outros dois sintomas:
Dor de cabeça intensa
Dor atrás dos olhos
Dores musculares e articulares
Náusea e vômito
Manchas vermelhas no corpo
⚠️Atenção: o ministério alerta que é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados ao apresentar possíveis sintomas de dengue.
A forma grave é a que preocupa. Após o período febril, o indivíduo deve ficar atento aos sinais de alarme:
Dor abdominal intensa e contínua
Vômitos persistentes
Acúmulo de líquidos em cavidades corporais
Sangramento de mucosa
Hemorragias
Tratamento e diagnóstico
O diagnóstico da dengue é basicamente clínico — não existe a necessidade de realização de exames específicos. Também não existe um medicamento específico para doença. A dengue, na maioria dos casos leves, tem cura espontânea depois de 10 dias.
Para os casos leves com quadro sintomático recomenda-se:
Repouso relativo, enquanto durar a febre;
Estímulo à ingestão de líquidos;
Administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre;
Não administração de ácido acetilsalicílico;
Recomendação ao paciente para que retorne imediatamente ao serviço de saúde, em caso de sinais de alarme.
“Os pacientes que apresentam sinais de alarme ou quadros graves da doença requerem internação para o manejo clínico adequado”, alerta o Ministério da Saúde.
Dengue: veja o que é a doença e quais são os seus sintomas
Arte g1/Dhara Assis
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