Déficit das contas externas sobe 80% até maio, para US$ 21 bilhões, o maior em cinco anos, revela BC

O rombo das contas externas brasileiras aumentou 79,1% nos cinco primeiros meses deste ano, informou o Banco Central nesta segunda-feira (24). Os investimentos estrangeiros diretos também subiram, mas em menor proporção (+6,2%).
De acordo com a instituição, as contas externas (transações correntes) registraram um déficit de US$ 21,09 bilhões de janeiro a maio, em comparação com US$ 11,77 bilhões no mesmo período do ano passado. Esse foi o maior rombo para os cinco primeiros meses de um ano desde 2019 (-US$ 23 bilhões), ou seja, em cinco anos.
O resultado em transações correntes, um dos principais indicadores sobre o setor externo do país, é formado por balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).
A queda no saldo negativo das contas externas, na parcial de 2024, está relacionada principalmente com uma piora na conta de serviços, cujo saldo negativo passou de US$ 13,99 bilhões, de janeiro a maio de 2023, para US$ 19,16 bilhões no mesmo período deste ano. A conta de serviços registra receitas e despesas com transportes, seguro, serviços financeiros e viagens internacionais, entre outros.
A piora das contas externas neste ano também está relacionada com um resultado menos favorável da balança comercial no período. De janeiro a maio, o superávit da balança somou US$ 24,93 bilhões em 2023, contra um saldo positivo de US$ 29,13 bilhões no mesmo período do ano anterior. Superávit comercial menor influencia negativamente o saldo das contas externas.

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