Fed mantém juros dos Estados Unidos na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano

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Referencial permaneceu inalterado pela quinta reunião consecutiva. Juros do país seguem no maior patamar desde 2001. Sede do Federal Reserv (Fed), Banco Central dos EUA.
REUTERS/Joshua Roberts
O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) manteve os juros do país inalterados nesta quarta-feira (20), em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. Esse continua sendo o maior nível das taxas desde 2001.
A medida já era esperada pelo mercado e veio após o comitê ter mantido o mesmo referencial na última reunião, em janeiro.
Ao publicar a decisão, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) voltou a afirmar que não considera apropriado reduzir o intervalo de juros até que tenha “maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável para 2%”, a meta do Fed.
No comunicado, o colegiado afirmou que a inflação dos Estados Unidos diminuiu no ano passado, mas permanece elevada. Atualmente, a inflação oficial do país está em 3,2% no acumulado de 12 meses — dados até fevereiro.
“Ao considerar quaisquer ajustes sobre o intervalo para a taxa dos fundos federais, o Comitê avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a evolução das perspectivas e o equilíbrio dos riscos”, escreveu o Fomc.

Reflexos dos juros norte-americanos
Os juros em níveis elevados nos Estados Unidos aumentam a rentabilidade dos Treasuries (títulos públicos norte-americanos) e devem continuar a refletir nos mercados de ações e no dólar, com a migração cada vez maior de investidores para o país, em busca de uma melhor remuneração.
No cenário macroeconômico, os efeitos dos juros altos nos Estados Unidos também se refletem no longo prazo, indicando uma tendência de desaceleração econômica global, já que empréstimos e investimentos também ficam mais caros.
No Brasil, investidores seguem na expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), que será divulgada ainda nesta quarta.
A maior parte do mercado aposta em uma nova redução da taxa básica de juros (Selic), em 0,50 ponto percentual, para 10,75% ao ano.

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