Silvio Luiz, Antero Greco e Apolinho: relembre a trajetória de ícones do jornalismo esportivo no Brasil

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Os narradores Silvio Luiz e Antero Greco faleceram em São Paulo, com algumas horas de diferença. Washington Rodrigues, também conhecido como Apolinho, morreu na quarta-feira (15) no Rio. Os jornalistas Silvio Luiz, Antero Greco e Apolinho
Antônio Chahestian/Record – Leonardo Soares/Estadão Conteúdo – Reprodução
O Brasil perdeu nesta semana três ícones da crônica esportiva. Os narradores Silvio Luiz e Antero Greco faleceram em São Paulo nesta quinta-feira (16), com algumas horas de diferença. E o radialista e comentarista esportivo Washington Rodrigues, também conhecido como Apolinho, morreu na quarta-feira (15) no Rio.
Criador de bordões como “Olha no lance” e “Pelo amor dos meus filhinhos”, Silvio Luiz estava internado no Hospital Oswaldo Cruz desde o dia 8 de maio, deixando os três filhos e a esposa.
Antero Greco tratava de um tumor no cérebro desde 2022, e faleceu aos 69 anos nesta quinta (16), no Hospital Beneficência Portuguesa. O apresentador da ESPN ficou conhecido pelo bom humor e pela parceria com o jornalista Paulo Soares, que é conhecido como Amigão.
Já Apolinho criou as expressões “Geraldinos e Arquibaldos”, “Pau com formiga”, “Pinto no lixo” e “Briga de cachorro grande”, entre outras. Ele também lutava contra um câncer agressivo.
Relembre abaixo a trajetória dos jornalistas esportivos.
Silvio Luiz
Foto de arquivo de 15/08/1995 do narrador Silvio Luiz, que morreu nesta quinta-feira, 16 de maio de 2024, aos 89 anos, em decorrência de falência de múltiplos órgãos.
ÁLVARO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO
Silvio Luiz foi um dos maiores nomes do jornalismo esportivo brasileiro.
O narrador eternizou diversos bordões no mundo do futebol, como: “Olho no lance”, “Pelo amor dos meus filhinhos” e “Foi, foi, foi, foi, foi ele”. Outra marca de Silvio foi ter deixado as transmissões esportivas mais leves. Ele protagonizou o primeiro palavrão da televisão no país.
A ligação com o futebol foi além das telas e dos rádios: aos 31 anos, se formou como árbitro na Federação Paulista de Futebol e apitou partidas durante cinco anos.
Silvio imortalizou pelo menos 10 bordões que, entre 2011 e 2016 foram utilizados no jogo de videogame Pro Evolution Soccer (PES) narrando e comentando as partidas online.
Mais recentemente, a voz do narrador dava orientações de trânsito no aplicativo Waze de direção, utilizado por motoristas.
Foi vencedor de dois prêmios Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo), um como narrador de TV, em 2015, e outro como indicação da diretoria do concurso, em 2010.
Em 2012, venceu o Prêmio Comunique-se como melhor locutor esportivo.
Silvio também foi ator. No final da década de 1980, fez dois papéis em novelas da TV Record.
Antero Greco
Jornalista Antero Greco
Leonardo Soares/Estadão Conteúdo
Antero era formado em jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Começou sua carreira profissional no início dos anos 70, no Estadão, onde foi editor de Esportes.
Também atuou como editor e colunista no então Diário Popular. No início dos anos 90, foi comentarista de futebol na Rede Bandeirantes.
O jornalista teve uma passagem marcante pela ESPN Brasil, onde foi um dos primeiros contratados da emissora na década de 1990. A dupla que formava com Paulo Soares, a quem se referia como “Paulo Amigão”, ficou conhecida pelo entrosamento e risadas marcantes no programa de fim de noite “SportsCenter”.
Apolinho
Radialista e ex-técnico do Flamengo Washington Rodrigues, o Apolinho
Reprodução
Carioca do Engenho Novo, Washington Rodrigues nasceu no dia 1º de setembro de 1936 e é um dos mais conhecidos jornalistas esportivos no rádio.
Começou sua carreira em 1962 na Rádio Guanabara, atual Rádio Bandeirantes, no programa “Beque Parado”, que falava sobre futebol de salão. Trabalhou em todas as grandes emissoras de televisão e rádio da cidade, entre elas, Globo e Nacional.
Conhecido pela imparcialidade, foi um dos poucos comentaristas com grande aceitação pelas quatro grandes torcidas cariocas. Era também reconhecido na profissão, tendo recebido todos os prêmios já criados para homenagear um jornalista esportivo.
O apelido Apolinho surgiu por usar, quando repórter da Rádio Globo, um microfone sem fio que era utilizado pelos astronautas da Missão Apollo 11, de 1969.

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