Além de ‘O Problema dos 3 Corpos’: veja cinco séries com orçamentos exorbitantes em 1 minuto

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Produções para a TV rivalizam com os custos de blockbusters do cinema e estão entre as grandes apostas do streaming Além de ‘O Problema dos 3 Corpos’: veja cinco séries com orçamentos exorbitantes
Se um dia Hollywood reservou seus maiores orçamentos para suas superproduções cinematográficas, deixando cifras mais modestas para produções de TV, hoje a realidade é um pouco mais equilibrada. Desde o início dos anos 2000, séries feitas para a televisão têm se estabelecido como um formato de grande impacto cultural, com atrações de prestígio conquistando aclamação internacional do público e da crítica.
Este período, ainda em curso, muitas vezes é chamado de “Peak TV” (“Auge da TV”, em inglês) ou Era de Ouro da Televisão. Desde então, muitas séries têm apresentado orçamentos cada vez mais opulentos que fariam inveja em muitas produções para o cinema. Este é o caso da série de fantasia e ficção científica “O Problema dos 3 Corpos”, produzida pela Netflix com um custo estimado médio de US$ 20 milhões por episódio (R$ 100 milhões na cotação atual).
‘O Problema dos 3 Corpos’
Divulgação/Netflix
“O Problema dos 3 Corpos”, que estreou nesta quinta-feira (21/3) na plataforma de streaming, é um projeto ambicioso que adapta o romance sci-fi do escritor chinês Liu Cixin para as telinhas. Os produtores David Benioff e D.B. Weiss, que foram bem sucedidos ao criar “Game of Thrones”, outra série baseada em uma obra literária, assinam a produção em conjunto com Alexander Woo.
A trama une passado e presente ao mostrar como uma decisão tomada por uma cientista na China da década de 1960 envolvendo um projeto que visava se comunicar com outras formas de vida extraterrestres impacto um grupo de cientistas nos dias atuais, que começam a morrer em circunstâncias misteriosas.
Com um orçamento maior do que o de produções como “The Mandalorian” (US$ 15 milhões/episódio), “Game of Thrones” (US$ 15 milhões/episódio) e “The Crown” (US$ 13 milhões/episódio), “O Problema dos 3 Corpos” já figura entre as séries de TV mais caras de todos os tempos.
A seguir, veja outras cinco séries com orçamentos exorbitantes:
House of the Dragon (2022 – presente)
‘House of the Dragon’
Divulgação/HBO
Ambientada dois séculos antes dos eventos de “Game of Thrones”, a série “House of the Dragon” recebeu um generoso orçamento de US$ 20 milhões por episódio como parte da estratégia da HBO de repetir o sucesso de sua outra adaptação do universo criado pelo escritor George R. R. Martin. A aposta deu certo. A estreia da série foi vista por 10 milhões de espectadores nos Estados Unidos em 2022, o maior número já registrado por uma atração da HBO no país.
“House Of The Dragon” acompanha a declínio da Casa Targaryen a partir da sangrenta disputa pelo trono da família conhecida como a “Dança dos Dragões”.
WandaVision (2021)
‘WandaVision’
Divulgação/Disney+
Orçamentos grandes não são novidade no Universo Cinematográfico Marvel e as séries de TV da Marvel Studios também são produzidas com cifras milionárias. Com um custo médio de US$ 25 milhões por episódio, “WandaVision” estreou no Disney+ com uma trama que mostra Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany) levando uma vida familiar pacata longe dos Vingadores. Misteriosamente, a rotina do casal parece se ambientar em uma nova década a cada novo dia, indicando que aquele cotidiano tranquilo logo será colocado à prova. A minissérie da Feiticeira Escarlate presta homenagem à evolução das sticoms e brinca com clichês das séries de TV, além de incluir variações dos uniformes dos personagens que fazem referência ao visual vintage dos quadrinhos e de desenhos animados.
A atração tem um orçamento por episódio similar ao de outras minisséries da Marvel produzidas para a Disney+, como “Gavião Arqueiro e Falcão” (2021) e o “Soldado Invernal” (2021), ambas orçadas em US$ 25 milhões por capítulo. O estúdio esbanjou valores ainda mais altos para produzir a minissérie “Invasão Secreta”, lançada em 2023, na qual cada um dos seis episódios teve um custo médio de US$ 35 milhões.
Stranger Things (2016 – presente)
‘Stranger Things’
Divulgação/Netflix
Lançada em 2016, “Stranger Things” se tornou um fenômeno cultural e uma das produções mais populares da era do streaming. Ao mesclar a nostalgia pela cultura pop da década de 1980 com personagens icônicos e uma fusão de gêneros que vai do terror à ficção científica, passando pela comédia e pela aventura, a atração cresceu em escala a cada nova leva temporada. A trama começou abordando o desaparecimento de uma criança, evento que fez com que seu grupo de amigos descobrissem uma realidade alternativa chamada Mundo Invertido, criaturas monstruosas e uma conspiração sombria envolvendo o governo.
Lançada em 2022, a quarta e mais recente temporada da série criada pelos irmãos Matt e Ross Duffer custou US$ 30 milhões por episódio. A quinta e última temporada da série começou a ser filmada em janeiro deste ano. Há uma expectativa de que os novos episódios estreiem em 2025, mas a data ainda não foi divulgada.
Citadel (2023 – presente)
‘Citadel’
Divulgação/Prime Video
Com produção executiva dos irmãos Anthony e Joe Russo, diretores de “Vingadores: Ultimato”, a série “Citadel” é um thriller de espionagem estrelado por Richard Madden e Priyanka Chopra. A trama, que também tem toques de ficção científica, mostra o que acontece quando a memória de dois agentes secretos é apagada após a dupla ser dada como morta após uma perigosa missão.
Com seis episódios, a primeira temporada de “Citadel” custou um total de US$ 300 milhões para os cofres da Amazon, uma média de US$ 50 milhões por episódio. A atração não empolgou a crítica especializada, mas foi renovada para uma segunda temporada e dessa vez todos os episódios serão dirigidos pelos irmãos Russo.
O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder (2022 – presente)
‘O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder’
Divulgação/Prime Video
Não faltam superlativos quando o assunto são as adaptações dos livros escritos por J. R. R. Tolkien para os cinemas. No início dos anos 2000, a trilogia “O Senhor dos Anéis” conquistou uma legião de fãs, atingiu uma bilheteria bilionária e arrematou 17 estatuetas no Oscar. Anos depois, a Terra Média ganhou as telonas novamente com a trilogia “O Hobbit”, que trouxe o retorno de Peter Jackson à direção, mas que não teve o mesmo impacto cultural. Apesar disso, a saga também foi um sucesso de público, se aproximando da arrecadação de US$ 3 bilhões nas bilheterias mundiais.
Em 2017, a Amazon adquiriu os direitos de adaptação dos personagens de J. R. R. Tolkien por valores próximos a US$ 250 milhões, uma quantia sem precedentes para uma série de TV. A primeira temporada de “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder” foi filmada na Nova Zelândia — país que foi cenário dos filmes de Peter Jackson — e apresenta sets luxuosos, figurinos repletos de detalhes e efeitos especiais de ponta. A fatura, é claro, foi alta. Estima-se que os 8 episódios lançados em 2022 tenham custado US$ 465 milhões, uma média de US$ 58 milhões por capítulo.
‘O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder’
Divulgação/Prime Video
Trata-se da temporada mais cara de uma série de TV em todos os tempos. Como comparativo, um filme como “Pobres Criaturas”, que foi elogiado pela qualidade de sua produção e chegou a vencer três prêmios no Oscar em categorias técnicas, custou “apenas” US$ 35 milhões, valor que é uma fração do custo de um único episódio de “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder”.
A trama se passa milênios antes de “O Senhor dos Anéis” e “O Hobbit” e acompanha os primórdios da Terra Média, quando homens, elfos e anões experimentam um período de relativa paz até que o equilíbrio dos reinos é ameaçado pela ascensão de Sauron, o Senhor Sombrio.

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