Criador do evento, Roberto Medina se emocionou ao ver primeiro ensaio do espetáculo e relembrar começo de tudo: ‘Foi muito bom e também difícil’ Cena do primeiro ensaio de ‘Sonhos, Lama e Rock and Roll’
Marcos Alonso/Divulgação
A vida de qualquer pessoa, por mais simples que seja, guarda momentos que, quando vistos com distanciamento, dão uma sensação de orgulho que comove até aqueles que parecem duros na queda, como é o caso de Roberto Medina. Ao assistir ao primeiro ensaio do musical “Sonhos, Lama e Rock and Roll”, inspirado na criação do Rock in Rio, o publicitário não segurou a emoção.
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“É sempre difícil e emocionante. Quando vieram os 40 anos do festival, pensei que teria que enfrentar a história lá do início, que estava numa caixinha, porque foi muito bom e também difícil de fazer. Muito solitário”, resume o também publicitário de 76 anos, em conversa com o gshow, se referindo ao ano de 1984, quando idealizou o Rock in Rio, que chega à décima edição em setembro.
Veja tour virtual de musical inspirado no Rock in Rio
“Não tinha dúvida que daria certo, mas sofria em receber ‘não’. Eu tinha patrocínio, dinheiro, tudo, mas não tinha os artistas. Nenhum”, recorda Medina, ao falar da recusa de diversos artistas em participar da primeira edição do evento, em janeiro de 1985.
Musical repleto de rock and roll
“Sonhos, Lama e Rock and Roll” acompanha a história da autora Maria Antônia Lobo, que na noite de autógrafos de seu livro autobiográfico, “Fábrica de Sonhos”, em 2024, revisita o passado. Ela volta ao ano de 1984, quando foi contratada pela agência de publicidade Artplan, de Medina, um dia antes da criação do Rock in Rio.
Roberto Medina (usando boné) aplaude primeiro ensaio de musical inspirado nos 40 anos do Rock in Rio
Marcos Alonso/Divulgação
A história, que mistura realidade e ficção e será exibida em um dos espaços da Cidade do Rock, conta com canções que fizeram parte da história do Rock in Rio ajudando a dar vida ao musical. No elenco principal: Malu Rodrigues, Bel Kutner, Gottsha e Beto Sargentelli, além de cerca de 15 bailarinos cantores como apoio e uma orquestra, que ficará ao lado do palco.
“As pessoas têm uma visão do festival que parece que tudo foi simples, fácil e que o dinheiro veio à porta. Nunca foi simples, não é simples hoje e na época era quase impossível”, pontua Charles Möeller, criador e diretor geral do espetáculo, que tem produção de Zé Ricardo, que também é vice-presidente artístico da Rock World, empresa que organiza e produz grandes festivais, como o Rock in Rio e o The Town.
Zé Ricardo, Roberto Medina e Charles Möeller (todos ao centro) com elenco do musical
Marcos Alonso/Divulgação
“A intenção é que esse musical saia do Rock in Rio para um teatro e tenha sua versão ampliada para uma hora e meia. Já criamos pensando nisso”, adianta Zé, enaltecendo a iniciativa, que visa incluir Artes e acrescentar experiências diferentes para o público do festival, sempre respeitando a essência do grande evento.
Acho que podemos, sim, ser um tambor nacional do bem, falar de união, de paz. A música tem um serviço, nesse momento, mais importante do que em qualquer outro da humanidade. A minha parte vou fazer.”
Elenco e equipe de ‘Sonhos, Lama e Rock and Roll’, musical inspirado nos 40 anos do Rock in Rio
Marcos Alonso/Divulgação
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Marcos Alonso/Divulgação
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Marcos Alonso/Divulgação
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Acho que podemos, sim, ser um tambor nacional do bem, falar de união, de paz. A música tem um serviço, nesse momento, mais importante do que em qualquer outro da humanidade. A minha parte vou fazer.”
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