Atacante do Yokohama Marinos brilha no palco da final da Copa de 2022 e luta para levar o clube a sua primeira decisão da Liga dos Campeões da Ásia No dia 8 de julho de 2017, Anderson Lopes entrou em campo pelo Sanfrecce Hiroshima para enfrentar o Yokohama Marinos no estádio que sediou a final da Copa do Mundo de 2002. A estreia no palco terminou com o gol salvador no último minuto, aproveitando um rebote de um cruzamento, que dominou na coxa e chutou de primeira para empatar o jogo em 1 a 1. Hoje, o atacante brasileiro defende justamente o Yokohama e se acostumou a dividir a história com Ronaldo Fenômeno, autor de dois gols naquela decisão contra a Alemanha, e a seleção brasileira, campeã do mundo 22 anos atrás.
+ Veja o guia da J.League 2024
Anderson Lopes explica relação com o estádio de Yokohama
Nesta quarta-feira, às 7h (de Brasília), fora de casa, Anderson terá a missão de liderar o ataque do Yokohama em busca de mais um feito inédito na história do clube. É o jogo de ida contra o Ulsan, da Coreia do Sul, pela semifinal da Liga dos Campeões da Ásia, justamente em outro estádio onde Ronaldo brilhou em 2002, marcando um gol na vitória por 2 a 1 sobre a Turquia na estreia na Copa.
– No inicio, quando vinha jogar aqui (em Yokohama), sabia que o Brasil havia sido campeão nesse estádio. Fiz um gol e fiquei pensando: “Caramba, fiz um gol no estádio em que o Brasil foi campeão do mundo, que o Ronaldo fez dois gols”. De primeira, teve um impacto. Hoje em dia é mais tranquilo, já estou acostumado. Tem um vestiário que é um museu daquele título – comentou Anderson Lopes, em entrevista ao ge, agora já com 28 gols marcados no estádio.
Carrossel: Anderson Lopes, do Yokohama, e Ronaldo
Infoesporte
Anderson tem 30 anos e defende o Yokohama desde fevereiro de 2022. É o seu terceiro clube no Japão, depois de passar por Hiroshima e Consadole Sapporo. Nesse meio tempo, teve passagens curtas por Coreia do Sul (FC Seul) e China (Wuhan), mas voltou ao futebol japonês, onde se encontrou e já ocupa a nona posição entre os brasileiros com mais gols na história da liga nacional do Japão.
– Fiquei surpreso. Acho que fiquei sabendo da lista no ano passado. Acabei de fazer 30 anos e estou nesse lugar, dá para subir mais, com pé no chão, pensando em evoluir mais. Isso motivou ainda mais para fazer mais gols, ajudar meu time cravar meu nome na historia da J.League – disse o atacante, que tem 80 gols e acaba de ultrapassar Alcindo, ex-Flamengo, na lista que é liderada por Marquinhos, que defendeu o Coritiba e atuou por 15 anos no Japão, com 152.
Anderson Lopes, ex-Athletico e Avaí, faz golaço de sem pulo na Champions Asiática
Nascido no Recife, criado na comunidade do Coque, Anderson tem relação próxima com Walter, ex-Internacional e Fluminense, com a mesma origem do atacante do Yokohama. Foi ele, inclusive, que o levou para Porto Alegre ainda aos 13 anos para uma rápida passagem pelo São José antes de iniciar sua carreira na base do Internacional, onde atuou ao lado de Fred, do Fenerbahçe, e Alisson, da Seleção e do Liverpool.
– Nosso bairro era um dos mais perigosos. Walter é um pouco mais velho do que eu (34 anos) e foi um dos primeiros a sair de lá. Ele queria tirar mais gente de lá para jogar futebol. Então, me viu jogando uma pelada e disse que me levaria para Porto Alegre. Sempre me ajudou, com dinheiro, roupas, tudo que eu precisasse – contou.
Hoje adaptado ao Japão, Anderson tem contrato com o Yokohama até o fim desta temporada. No entanto, não pensa em sair do país no momento. Inclusive, tem planos para estar na disputa do Mundial de Clubes de 2025. O passaporte para a competição é justamente a conquista inédita da Liga dos Campeões da Ásia.
– Esse é meu objetivo maior: ser campeão da Ásia e jogar o Mundial. Vai ser diferente, com vários clubes do mundo. Imagina estar lá – disse Anderson.
O Yokohama F-Marinos virou o jogo de forma dramática no clássico contra o Tokyo Verdy com gols de Anderson Lopes aos 89′ e de Ken Matsubara aos 90+3′
Shin-ichiro Kaneko
No meio da temporada passada, o Yokohama disputou um amistoso com o Manchester City, como parte da pré-temporada do clube inglês, que venceu por 5 a 3. Anderson fez um gol. Já foi uma experiência do que pode vir pela frente no Mundial de 2025.
– Tomara que tenha esse ano de novo. É bom demais, a gente aprende muito. Fazem a gente de criança, mas é bom, gostoso jogar contra. Eu imitei a comemoração do Haaland, depois fui falar com ele, não teve problema, falou que era brincadeira. Guardiola falando que dei trabalho – contou.
Os elogios também vieram de Zico. Em resposta ao ge, o Galinho, que trabalha para o Kashima Antlers, citou as principais qualidades de Anderson Lopes.
Zico e Anderson Lopes
Arquivo pessoal
– Foi muito bem no Japão, artilheiro, se destacou bastante em Sapporo, foi para China e voltou para o Marinos, onde arrebentou de novo, sendo campeão. Jogador que teve uma fase muito boa, sempre artilheiro, com uma canhota muito forte, ótima visão de jogada e faro de gol. Colocou na frente para ele, ele guarda – disse Zico.
Anderson Lopes lembra encontro com Zico no Japão
Anderson já teve contato com Zico no Japão em confrontos com o Kashima. Ele explicou um pouco da idolatria do povo japonês com o Galinho, considerado um dos responsáveis pela evolução do futebol no país no começo dos anos 90.
– É ídolo máximo, muito respeitado aqui. O japonês olha o Zico como um deus. Meu primeiro contato com ele foi em Sapporo, depois de eu fazer quatro gols em um jogo pela primeira e única vez na carreira, quando pulei no fosso na comemoração. Fiz dois, pulei, voltei e fiz mais dois. Aí fomos jogar contra o Kashima, perdemos, falei com o Bruno Quadros, que trabalhava no Sapporo e é amigo do Zico, e ele disse que eu podia chegar. O Zico brincou sobre a história do fosso, puxou resenha, conversando, muito gente boa – comentou Anderson.
Depois de fazer praticamente toda a sua formação no Internacional, Anderson passou por Marcílio Dias, Avaí e Athletico-PR antes de iniciar sua carreira na Ásia. No Japão, foi campeão japonês em 2022 e artilheiro da competição em 2023, com 22 gols.
Anderson Lopes fala sobre a semifinal da Liga dos Campeões da Ásia
No Japão, o campeonato nacional é disputado de janeiro a dezembro. A Liga dos Campeões da Ásia é no mesmo período da Liga dos Campeões da Europa, de agosto a junho. No momento, como a J.League ainda está no início e com o Yokohama na semifinal da Liga dos Campeões, a prioridade é entrar com tudo no confronto com o Ulsan.
– A nossa equipe é muito focada nessa competição. De início, eu achava que o time estava só por participar, sem ambição de chegar, mas com o tempo vi que estavam priorizando essa competição. O clube nunca havia passado das oitavas e estamos na semifinal. São dois jogos para uma final inédita. Sabemos do nosso potencial, por mais que seja time da Arábia Saudita, com jogadores famosos, mas a gente não olha muito esse lado. O japonês não tem muito dessa, é sangue frio – afirmou Anderson.
O brasileiro é a principal arma ofensiva do Yokohama. Ele já tem três gols e uma assistência na Liga dos Campeões, sendo o líder dos playoffs da competição em participações em gols, empatado com Mitrovic, do Al Hilal, e Rahmini, do Al Ain.
O jogo de volta entre Yokohama e Ulsan será no Japão no dia 24. Na outra semifinal, com o primeiro jogo nesta terça-feira, às 13h (de Brasília), Al Hilal, da Arábia Saudita, e Al Ain, dos Emirados Árabes, disputam a outra vaga na decisão.
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Anderson Lopes explica relação com o estádio de Yokohama
Nesta quarta-feira, às 7h (de Brasília), fora de casa, Anderson terá a missão de liderar o ataque do Yokohama em busca de mais um feito inédito na história do clube. É o jogo de ida contra o Ulsan, da Coreia do Sul, pela semifinal da Liga dos Campeões da Ásia, justamente em outro estádio onde Ronaldo brilhou em 2002, marcando um gol na vitória por 2 a 1 sobre a Turquia na estreia na Copa.
– No inicio, quando vinha jogar aqui (em Yokohama), sabia que o Brasil havia sido campeão nesse estádio. Fiz um gol e fiquei pensando: “Caramba, fiz um gol no estádio em que o Brasil foi campeão do mundo, que o Ronaldo fez dois gols”. De primeira, teve um impacto. Hoje em dia é mais tranquilo, já estou acostumado. Tem um vestiário que é um museu daquele título – comentou Anderson Lopes, em entrevista ao ge, agora já com 28 gols marcados no estádio.
Carrossel: Anderson Lopes, do Yokohama, e Ronaldo
Infoesporte
Anderson tem 30 anos e defende o Yokohama desde fevereiro de 2022. É o seu terceiro clube no Japão, depois de passar por Hiroshima e Consadole Sapporo. Nesse meio tempo, teve passagens curtas por Coreia do Sul (FC Seul) e China (Wuhan), mas voltou ao futebol japonês, onde se encontrou e já ocupa a nona posição entre os brasileiros com mais gols na história da liga nacional do Japão.
– Fiquei surpreso. Acho que fiquei sabendo da lista no ano passado. Acabei de fazer 30 anos e estou nesse lugar, dá para subir mais, com pé no chão, pensando em evoluir mais. Isso motivou ainda mais para fazer mais gols, ajudar meu time cravar meu nome na historia da J.League – disse o atacante, que tem 80 gols e acaba de ultrapassar Alcindo, ex-Flamengo, na lista que é liderada por Marquinhos, que defendeu o Coritiba e atuou por 15 anos no Japão, com 152.
Anderson Lopes, ex-Athletico e Avaí, faz golaço de sem pulo na Champions Asiática
Nascido no Recife, criado na comunidade do Coque, Anderson tem relação próxima com Walter, ex-Internacional e Fluminense, com a mesma origem do atacante do Yokohama. Foi ele, inclusive, que o levou para Porto Alegre ainda aos 13 anos para uma rápida passagem pelo São José antes de iniciar sua carreira na base do Internacional, onde atuou ao lado de Fred, do Fenerbahçe, e Alisson, da Seleção e do Liverpool.
– Nosso bairro era um dos mais perigosos. Walter é um pouco mais velho do que eu (34 anos) e foi um dos primeiros a sair de lá. Ele queria tirar mais gente de lá para jogar futebol. Então, me viu jogando uma pelada e disse que me levaria para Porto Alegre. Sempre me ajudou, com dinheiro, roupas, tudo que eu precisasse – contou.
Hoje adaptado ao Japão, Anderson tem contrato com o Yokohama até o fim desta temporada. No entanto, não pensa em sair do país no momento. Inclusive, tem planos para estar na disputa do Mundial de Clubes de 2025. O passaporte para a competição é justamente a conquista inédita da Liga dos Campeões da Ásia.
– Esse é meu objetivo maior: ser campeão da Ásia e jogar o Mundial. Vai ser diferente, com vários clubes do mundo. Imagina estar lá – disse Anderson.
O Yokohama F-Marinos virou o jogo de forma dramática no clássico contra o Tokyo Verdy com gols de Anderson Lopes aos 89′ e de Ken Matsubara aos 90+3′
Shin-ichiro Kaneko
No meio da temporada passada, o Yokohama disputou um amistoso com o Manchester City, como parte da pré-temporada do clube inglês, que venceu por 5 a 3. Anderson fez um gol. Já foi uma experiência do que pode vir pela frente no Mundial de 2025.
– Tomara que tenha esse ano de novo. É bom demais, a gente aprende muito. Fazem a gente de criança, mas é bom, gostoso jogar contra. Eu imitei a comemoração do Haaland, depois fui falar com ele, não teve problema, falou que era brincadeira. Guardiola falando que dei trabalho – contou.
Os elogios também vieram de Zico. Em resposta ao ge, o Galinho, que trabalha para o Kashima Antlers, citou as principais qualidades de Anderson Lopes.
Zico e Anderson Lopes
Arquivo pessoal
– Foi muito bem no Japão, artilheiro, se destacou bastante em Sapporo, foi para China e voltou para o Marinos, onde arrebentou de novo, sendo campeão. Jogador que teve uma fase muito boa, sempre artilheiro, com uma canhota muito forte, ótima visão de jogada e faro de gol. Colocou na frente para ele, ele guarda – disse Zico.
Anderson Lopes lembra encontro com Zico no Japão
Anderson já teve contato com Zico no Japão em confrontos com o Kashima. Ele explicou um pouco da idolatria do povo japonês com o Galinho, considerado um dos responsáveis pela evolução do futebol no país no começo dos anos 90.
– É ídolo máximo, muito respeitado aqui. O japonês olha o Zico como um deus. Meu primeiro contato com ele foi em Sapporo, depois de eu fazer quatro gols em um jogo pela primeira e única vez na carreira, quando pulei no fosso na comemoração. Fiz dois, pulei, voltei e fiz mais dois. Aí fomos jogar contra o Kashima, perdemos, falei com o Bruno Quadros, que trabalhava no Sapporo e é amigo do Zico, e ele disse que eu podia chegar. O Zico brincou sobre a história do fosso, puxou resenha, conversando, muito gente boa – comentou Anderson.
Depois de fazer praticamente toda a sua formação no Internacional, Anderson passou por Marcílio Dias, Avaí e Athletico-PR antes de iniciar sua carreira na Ásia. No Japão, foi campeão japonês em 2022 e artilheiro da competição em 2023, com 22 gols.
Anderson Lopes fala sobre a semifinal da Liga dos Campeões da Ásia
No Japão, o campeonato nacional é disputado de janeiro a dezembro. A Liga dos Campeões da Ásia é no mesmo período da Liga dos Campeões da Europa, de agosto a junho. No momento, como a J.League ainda está no início e com o Yokohama na semifinal da Liga dos Campeões, a prioridade é entrar com tudo no confronto com o Ulsan.
– A nossa equipe é muito focada nessa competição. De início, eu achava que o time estava só por participar, sem ambição de chegar, mas com o tempo vi que estavam priorizando essa competição. O clube nunca havia passado das oitavas e estamos na semifinal. São dois jogos para uma final inédita. Sabemos do nosso potencial, por mais que seja time da Arábia Saudita, com jogadores famosos, mas a gente não olha muito esse lado. O japonês não tem muito dessa, é sangue frio – afirmou Anderson.
O brasileiro é a principal arma ofensiva do Yokohama. Ele já tem três gols e uma assistência na Liga dos Campeões, sendo o líder dos playoffs da competição em participações em gols, empatado com Mitrovic, do Al Hilal, e Rahmini, do Al Ain.
O jogo de volta entre Yokohama e Ulsan será no Japão no dia 24. Na outra semifinal, com o primeiro jogo nesta terça-feira, às 13h (de Brasília), Al Hilal, da Arábia Saudita, e Al Ain, dos Emirados Árabes, disputam a outra vaga na decisão.
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