Time precisa abdicar de ter a bola para controlar partida e quase arranca vitória em estreia do Brasileiro O Atlético-MG precisou apresentar uma nova versão de Gabriel Milito durante o segundo tempo do empate sem gols com o Corinthians. Com um jogador a menos, o Galo abdicou de ter o controle pela posse de bola – principal característica do trabalho do treinador – e se organizou no campo de defesa para proteger a área. Deu certo. O time mostrou repertório ao se adaptar ao jogo.
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A estratégia inicial seguiu o que Milito entende ser o ideal para alcançar um triunfo: dominar o jogo com a bola.
Na escalação, o treinador manteve a base dos últimos jogos e realizou apenas duas trocas: saíram Alan Franco e Scarpa, entraram Battaglia e Igor Gomes.
Em campo, a dinâmica foi um pouco diferente na saída de bola. Dessa vez, o volante se posicionava entre os zagueiros, enquanto o Saravia descia pelo lado direito. Em alguns momentos, a dinâmica se invertida, deixando Battaglia com espaço para avançar pelo meio.
O Galo apresentava dificuldades na construção. E isso tinha relação com a postura do Corinthians. O adversário era agressivo e não dava espaços para time mineiro sair com passes curtos.
A leitura – então – foi usar mais da bola longa – conforme conversa de Hulk com Milito. Aos poucos, o Galo melhorou essa saída, mas foi em lançamentos – e na recuperação de bola no campo de ataque – que foi mais perigoso. O time viu Paulinho ter uma boa chance e Saravia chegar a marcar. Porém, ele estava em posição de impedimento.
Corinthians x Atlético-MG posado
Marcos Ribolli
O jogo era equilibrado e bastante estudado. O cenário mudou perto dos 49 minutos – quando Battaglia foi punido com o segundo amarelo e deixou o Galo com dez em campo.
A perda fez Milito ter que renunciar a sua forma de jogar e adotar uma postura mais reativa: marcar no campo de defesa e sair no contra-ataque.
Para isso, o treinador sacou Igor Gomes e colocou Igor Rabello em campo. O Atlético procurou se defender com uma linha de cinco marcadores para proteger a área e impedir as investidas da equipe paulista.
Deu certo. O Galo ficou organizado e conseguiu praticamente não dar chances ao adversário – que chegou uma vez com perigo em chute de fora da área. A zaga venceu quase todos os duelos por cima e garantiu o empate.
O contra-ataque estava armado. Por vezes, a opção foi por segurar a bola e dar respiro à defesa. Em outras, velocidade para tentar marcar. Nesse plano de jogo, o Atlético teve a melhor chance no final da partida. Scarpa cobrou falta da entrada da área, e Cássio precisou se esticar no ângulo para impedir o gol.
Gustavo Scarpa with a Shot x Corinthians
O Atlético mostrou outra versão ao se deparar com uma adversidade e competiu da mesma forma de quando tem o controle da posse. Tudo isso fez o clube valorizar ainda mais o ponto conquistado fora de casa.
Cinco jogos disputados, e Gabriel Milito manteve a invencibilidade à frente do Galo. O trabalho está no início – sem ter tanto tempo para treinar, mas com sinais claros de evolução para o restante da temporada.
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