Análise: Atlético-MG deixa cartão de visita na estreia de Milito, mas cede empate e precisa de vitória para título

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Time faz primeiro tempo de manual, poderia ter saído com placar elástico, mas se atrapalha, e segue sem vencer maior rival na Arena MRV A estreia de Milito pelo Atlético-MG deu um cartão de visitas para o torcedor de como o treinador enxerga e desenha o Galo daqui pela frente. Com mudanças táticas e de peças, o argentino chamou a responsabilidade para ele no primeiro jogo da final, viu o time fazer um primeiro tempo avassalador, abrir 2 a 0 (poderia facilmente ter sido mais), mas cedeu o empate em uma etapa final de baixa rotação e vai para o jogo decisivo precisando da vitória.
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Ao longo da semana, Milito fez testes e mandou a campo um time diferente que vinha atuando com Felipão. Optou pelos três zagueiros (Lemos, Fuchs e Jemerson), colocou Scarpa no banco, avançou os laterais (Saravia e Arana) jogando como alas e fechou o meio campo com Igor Gomes e Zaracho, que retornou de lesão.
Foi de vídeo-game o primeiro tempo. O lado esquerdo do Galo encaixou. Saída de bola rápida com Jemerson, Arana e apoio de Zaracho e Paulinho. A defesa do Cruzeiro ficou perdida. Tabela, infiltrações e Hulk e Paulinho com liberdade para flutuar. Fuchs, que fazia a saída de bola pelo meio, foi quem abriu o placar.
Atlético-MG x Cruzeiro; Gabriel Milito
Gilson Lobo/AGIF
Gol improvável de um zagueiro que marcou o primeiro gol da carreira como um “camisa 10”. Passou como quis do Marlon e Romero chutou cruzado para marcar. Gol que deu tranquilidade ao Atlético para fazer o que Milito queria.
O Galo dominou com maior posse de bola e chances criadas. Everson pouco ou nada trabalhou. O segundo gol do time da casa saiu de um passe longo de Arana para Hulk, mais uma vez saindo do lado esquerdo. O lateral encontrou um passe que quebrou as linhas e achou o camisa 7 em condições para sair cara a cara com Cabral, driblar e marcar antes dos 30 minutos.
Poderia ter sido mais. Paulinho perdeu gol feito cara a cara com o goleiro rival. Jemerson também teve chance em jogada de falta ensaiada. Mas, não fez. E um ditado que funciona no futebol é o “quem não faz, leva”.
Na etapa final, um Atlético irreconhecível voltou do vestiário. Desatento e sem a mesma intensidade da primeira etapa, o time de Milito caiu de produção. Abriu espaços no meio campo e deu posse de bola ao Cruzeiro, que marcou com falha desastrosa da defesa alvinegra que fazia boa partida. Gol contra mais uma vez em trapalhada de Lemos.
Aos 7 min do 1º tempo – gol de dentro da área de Bruno Fuchs do Atlético-MG contra o Cruzeiro
Na saída de bola, Lemos deu um passe ruim, e Machado se antecipou. Na sequência, Lemos chuta em cima de Jemerson para marcar contra. O gol abateu a equipe de Milito, que se perdeu em campo. A maior chance do alvinegro na etapa final com o Paulinho, que chutou fraco em cima de Rafael.
As mudanças na segunda etapa também influenciam na queda de produção. Edenilson, Mariano e Alisson entraram no meio do segundo tempo. Alan Franco e Scarpa mais pro fim. Não renderam.
Com o Cruzeiro melhor na partida, o gol de empate saiu nos acréscimos. Resultado que mantém a vantagem do rival, que joga por dois resultados iguais. Para vencer, o Galo precisa de uma vitória no Mineirão, somente com torcida do Cruzeiro.
Antes, o galo vai a Venezuela enfrentar o Caracas na estreia da Libertadores. Semana apertada e sem muito tempo para Milito ajustar o que deu errado em campo na etapa final.
Mas, olhando o copo cheio, a mudança de postura da etapa na primeira etapa e a produção em campo animam o torcedor. Um belo cartão de visita de um time com vontade em campo. Fora das quatro linhas, relação de tranquilidade entre arquibancada e técnico. Com mais de 40 mil presentes na Arena MRV, o torcedor empurrou o Galo e momento algum vaiou.
Não tem jogo decidido, e o “Galo Doido” do primeiro tempo pode reacender e iniciar uma relação de amor torcedores e Milito. Tudo em aberto.
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