Análise: Cruzeiro busca empate valioso em jogo de defesa exposta e pontos positivos no ataque

5 min read
Time busca igualdade no apagar das luzes, com um a menos, em jogo de dificuldades no primeiro tempo e boas conexões de Matheus Pereira com os atacantes O Cruzeiro conseguiu um empate importante com o Fortaleza. O 1 a 1, em pleno Castelão, com um jogador a menos em parte do segundo tempo, premia não só a ousadia de Fernando Seabra nos minutos finais, mas também alguns bons indícios ofensivos do time na partida. A defesa segue como ponto de atenção.
+ ✅ Clique aqui e siga o canal da torcida do Cruzeiro no WhatsApp!
Fortaleza 1 x 1 Cruzeiro – Melhores momentos – 2ª rodada do Brasileirão 2024
Mais notícias do Cruzeiro
Seabra admite cansaço de titulares, explica mudança na zaga e faz mistério para clássico
Atuações do Cruzeiro: Romero fica fora de clássico por expulsão, e Vital impede derrota; veja notas
“Um ponto importante para o Cruzeiro”, diz Fernanda | A Voz da Torcida
Mesmo com o acúmulo de jogos, Fernando Seabra optou pela sequência do time, trocando somente Zé Ivaldo por João Marcelo. A continuidade é importante para assimilação dos jogadores ao início de trabalho e também um prêmio pela boa atuação em grande parte da vitória sobre o Botafogo.
Mas, sobretudo no primeiro tempo, o Cruzeiro não conseguiu, coletivamente, manter o nível. Foi uma equipe espaçada, principalmente durante as transições defensivas. O tripé de volantes, que tão bem funcionou na estreia do Brasileirão, não esteve ajustado em Fortaleza (talvez pelo aspecto físico). É fundamental para o esquema de Seabra funcionar.
Essa situação fez com que a linha de defensores do Cruzeiro tivesse dificuldades para conter as movimentações ofensivas do Fortaleza, que “abria” o campo com dois atacantes pelas pontas e explorava as infiltrações de Hércules, Pochettino, Pikachu e Machuca.
Marlon e João Marcelo sofreram bastante pela esquerda, e o Fortaleza poderia ter encaminhado a vitória ainda no primeiro tempo, com o volume de bolas que teve dentro da área de Anderson. O gol também foi por erro coletivo. Não se pode ignorar o rebote das bolas paradas, algo que o Cruzeiro fez não somente no gol de Hércules, mas em pelo menos outras duas jogadas da segunda etapa.
Fortaleza x Cruzeiro; Matheus Pereira
Gustavo Aleixo/Cruzeiro
No segundo tempo, inclusive, o Fortaleza seguiu tendo espaços, com facilidade para chegar ao entorno da área do Cruzeiro. Marinho e Moisés, que entraram para acelerar o jogo pelas laterais, fizeram Anderson trabalhar em cruzamentos e em bolas paradas. Mas, naquela altura, o jogo estava um pouco mais aberto.
Isso porque o Cruzeiro também conseguiu se conectar melhor ofensivamente, principalmente após as mexidas de Fernando Seabra. Com Gabriel Veron, Mateus Vital e Barreal, além de ter mais jogadores atacando a defesa adversária, o time parou de forçar o jogo pelo meio-campo, onde o Fortaleza tinha superioridade, e conseguiu ser mais eficiente pelos lados.
E essas duas situações – mais gente na área e mais jogo pelo lado – fizeram com que o Cruzeiro tirasse da cartola o empate. Jogada importantíssima de Robert e finalização de Mateus Vital, praticamente “dividindo a bola” com Matheus Pereira.
É raro, até este momento da temporada, o time ter dois meio-campistas dentro da área. Algo que Fernando Seabra tem insistido para que aconteça e que ficou claro nos dois jogos do Brasileiro, até mesmo com Ramiro ou Lucas Silva, meias mais defensivos do que Vital e Pereira. O Cruzeiro tem conseguido atacar com mais gente.
Robert comemora gol com Mateus Vital
Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Mas, bem antes do gol marcado por Vital, o Cruzeiro também tinha mostrado outras situações positivas. Matheus Pereira, a exemplo do que ocorria com Larcamón, tem liberdade para transitar por todos os setores do campo. Busca a bola com os volantes, aparece pelos lados e consegue encontrar espaços que certamente não teria se fizesse a função de um meia central. Saíram dos pés deles as assistências para a maioria das finalizações mais perigosas do time na partida, com Verón, Rafa Silva e Lucas Romero.
Além disso, pelo segundo jogo consecutivo, Rafa Silva foi o responsável pelo comando de ataque e demonstrou um rápido entrosamento com Matheus Pereira. Pelas características, consegue se conectar mais com o camisa 10, buscando o jogo fora da área, fazendo tabelas e dando espaço para infiltração dos pontas, dos meias e até de William, que gosta de se movimentar por dentro. Quando essa jogada se encaixar, Matheus certamente encontrará (ainda mais) os companheiros na cara do gol.
Os números se Seabra não mentem: o time consegue produzir no ataque, mas ainda está frágil na defesa. Não por acaso marcou sete e sofreu seis gols (alguns por erros individuais) em três jogos. Está tudo em fase inicial, e o técnico não terá tempo de treino para correções. Mas, começar somando pontos na Série A, em jogos com alto grau de carga física e mental, dá tranquilidade e respaldo para buscar ajustes.
Assista: tudo sobre o Cruzeiro no ge, na Globo e no Sportv
🎧 Ouça o podcast ge Cruzeiro 🎧

You May Also Like

More From Author

+ There are no comments

Add yours