Análise: Diniz e time reserva erram, e Fluminense amarga mais um clássico sem vencer

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Com boa parte do time campeão da Recopa descansando, Fluminense dificulta a própria situação no Campeonato Carioca e não terá a vantagem na semifinal A derrota do Fluminense por 4 a 2 para o Botafogo fez com que o time chegasse ao 11º clássico seguido sem vencer e complicasse a própria vida no Estadual. A atuação ruim do time reserva – de um clube que três dias antes havia conquistado a Recopa Sul-Americana – conseguiu transformar um ambiente confiante em apreensivo para parte da torcida tricolor. Isso porque agora o Fluminense não se classifica caso a soma dos resultados na semifinal seja um empate. Essa vantagem está com o Flamengo, adversário dos próximos dois fins de semana.
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Antes mesmo de a partida começar, a escalação já era vista com surpresa, já que no meio de campo não havia nenhum jogador de marcação, além de dois centroavantes na linha de ataque. Justiça seja feita, Diniz já fez isso antes com resultado positivo. Mas o principal problema tricolor é que o meio de campo formado por Lima, Renato Augusto e Terans por vezes deixava buracos na região.
Tanto na hora de criar – Renato descia para fazer a saída de bola com os zagueiros, Terans ia para o ataque e Lima abria ou ficava responsável por ser a única opção entre a defesa e o ataque – quanto na hora de defender. Em um time pouco entrosado, o Fluminense às vezes ficava bagunçado em campo e não se posicionava da maneira adequada.
Essa dificuldade, misturada com desatenção, cobrou seu preço no início do primeiro tempo. Foram dois gols sofridos em momentos que o time estava desligado. No primeiro gol, Raí avançou pela esquerda com liberdade e cruzou para Marlon Freitas, que estava em um buraco na grande área deixado pela zaga tricolor. No segundo gol, o Botafogo consegue trocar passes na intermediária de ataque, cruza e Antônio Carlos rebate a bola nos pés de Raí, que ampliou.
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Fernando Diniz em Fluminense x Botafogo
Lucas Merçon/Fluminense
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A partir dali o Fluminense cresceu. Melhorou em campo, mas ainda não de forma a ser avassalador e nem perto do time que encantou o torcedor em 2023. O que também é natural, já que não eram os titulares. Mesmo assim, o time mostrou mais volume. Terans passou a aparecer mais para o jogo e foi em um lançamento dele para Lelê que o Flu diminuiu. A ida para o intervalo poderia ser até com a igualdade no placar, mas o 2 a 1 para o Botafogo também não era injusto.
No segundo tempo, Diniz lançou mão do protocolo que já virou corriqueiro quando o Fluminense precisa do resultado. Colocou André em campo no lugar de Antônio Carlos e mandou o time mais para frente. A equipe continuou melhor na etapa final, mas também sendo assustada. A zaga sofreu algumas vezes na saída de bola com Felipe Alves e Marlon, principalmente. O defensor chegou a tentar um drible dentro da área, perdeu a bola e André salvou na hora do chute com carrinho providencial.
Aos 15 minutos do segundo tempo, Diniz dava indícios de que iria para o tudo ou nada. Colocou Martinelli no lugar de Guga para atuar na lateral direita. Dez minutos depois, sacou Marlon e botou Marquinhos, que passou a atuar na função, enquanto Martinelli ia para a zaga. Segundo o técnico, a escalação foi com o que tinha à disposição após jogos desgastantes diante da LDU e as substituições para mandar o time à frente. Deu certo por um tempo.
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John Kennedy, que não fazia boa partida até então, sofreu pênalti e pediu para bater. O camisa 9 disse ter treinado a batida durante a semana, tido bom aproveitamento e teve a permissão de Arias para ser o cobrador. Em um Fluminense x Botafogo do Campeonato Carioca de 2023 isso não havia dado certo, quando Calegari tinha pedido para bater o pênalti e perdeu. Dessa vez, deu. O atacante bateu de cavadinha e empatou o jogo.
Mas a euforia pelo gol de empate tricolor se deu por apenas dois minutos, já que André, que até então fazia boa partida, errou. Algo raro para o volante tricolor. O camisa 7 do Fluminense adiantou demais a bola no campo de defesa, perdeu na corrida e tentou o carrinho como último recurso, mas chegou atrasado, cometeu o pênalti e foi expulso. Dali em diante, o gol alvinegro sacramentou o 11º clássico seguido sem vencer.

Para o torcedor, dói não ter vencido nenhum dos rivais desde a final do Campeonato Carioca de 2023 que deu o título para o Flu. Apesar de ter conquistado a Conmebol Libertadores e a Sul-Americana, uma coisa não anula a outra. Mas também vale lembrar que foi o mesmo Fluminense que conseguiu conquistar o maior título da história do clube há quatro meses jogando um futebol bonito.
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O principal problema está no fato de que não ter ganhado nem um clássico em 2024 fez com que o Flu perdesse a vantagem que tinha conquistado até então. Agora, vai ter dois jogos para fazer mais gols que o time que sofreu apenas um em toda a primeira fase do Estadual, dias 9 e 17 de março.

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