Análise: Fluminense é dominado pelo meio do Bahia, vira presa fácil e leva virada merecida

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Tricolor não encontra respostas para conter quarteto ofensivo do Bahia, volta a cometer erros e postura ruim o leva à derrota Caio Alexandre, Jean Lucas, Everton Ribeiro e Cauly. O Bahia é um time irregular em 2024, mas conhecido por ter a sua maior força no meio-campo. Então, o esperado é pensar em alternativas para contê-los. O Fluminense — recheado de problemas — não conseguiu, foi dominado e se tornou presa fácil na Fonte Nova. Nesta terça-feira, a derrota por 2 a 1 foi justa para um time que fez por merecer o resultado negativo.
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Bahia 2 x 1 Fluminense | Melhores momentos | Brasileirão 2024
O Fluminense vive um dilema já no quarto mês da temporada — precisa resolver seus problemas na zaga para começar a pensar em como solucionar os do meio-campo. Com os dois setores mal, o ataque inexiste. E o pior: a decisão de encher a equipe de atacantes nos momentos derradeiros dos jogos só desorganiza o time. Na Fonte Nova, o Tricolor foi mal em quase tudo que tentou.
Os poucos minutos antes do dilúvio cair em Salvador são os que se salvam para o Fluminense. Aos três minutos, Jhon Arias foi bem para roubar a bola de Santiago Arias e rolar para Cano abrir o placar. E, sinceramente, foi só. Antes mesmo da paralisação por causa da forte chuva, os alertas de uma atuação ruim já eram dados. Como quando Victor Cuesta quase empatou vencendo Martinelli, mais uma vez improvisado como zagueiro, no jogo aéreo. Fábio salvou.
+ Atuações do Fluminense: erros de Lima e escolhas de Diniz ditam justa derrota; dê suas notas
Então, veio a chuva, a paralisação e os dois times voltaram em rotações totalmente diferentes. A pausa foi pior para o Fluminense, que voltou muito mais disperso do que o ligado Bahia. A marcação do adversário encaixou, a pressão na saída de bola passou a funcionar e os baianos criaram as suas principais chances de perigo a partir de erros da equipe do técnico Fernando Diniz. Ao dominar o meio-campo, dominou o jogo.
Diniz, Ganso, Fluminense, Bahia
Renan Oliveira/AGIF
O gol de Caio Alexandre — que, sim, poderia ter sido expulso após uma duríssima entrada em Cano — nasce de um passe errado de Lima. A jogada se desenrolou num escanteio que, na sobra, o volante marcou um golaço. Minutos depois, uma letra de Arias no campo defensivo terminou nos pés de Everton Ribeiro, que só não marcou o da virada mais cedo porque Fábio fez um milagre.
O lance do gol do Bahia também retrata um problema. O Fluminense vinha sofrendo para defender a área em jogadas aéreas. Então, Diniz povoou o setor colocando os 11 jogadores dentro da grande área. Ninguém acompanhou Caio Alexandre no rebote. E não foi a única vez: minutos antes, Jean Lucas quase marcou em lance muito parecido.
Além da superioridade no meio-campo, o Bahia também aproveitou a fragilidade do lado esquerdo do Fluminense, que seguiu apresentando problemas. Arias, Ademir e Cauly tinham muita facilidade para triangular e achar passes em profundidade nas costas de Manoel e Diogo Barbosa. A fórmula empurrou para trás o Tricolor, que passou a ser esmagado em sua defesa.
Jogadores do Fluminense comemoram gol de Cano contra o Bahia
Jhony Pinho/AGIF
Se Lima errou no 1º gol do Bahia, Martinelli forçou um passe que originou o 2º. Com direito a uma enorme liberdade para Cauly dominar, pensar e acertar um belíssimo drible em Manoel. As respostas de Fernando Diniz também saíram pela culatra. Ao colocar John Kennedy no lugar de Lima, perdeu ainda mais combatividade no meio-campo. Contra um time que o ponto forte é justamente ter quatro jogadores de qualidade no setor.
Martinelli na zaga faz o Fluminense perder pressão, intensidade e entrosamento à frente da área. Pode resolver algumas questões na defesa, mas abre um clarão no meio. Essa é a brecha que faz tantos torcedores pediram a titularidade de Felipe Andrade, devido ao seu vigor físico.
No fim, veio a já conhecida desorganização de quando o Fluminense empilha atacantes. Fernando Diniz viu a sua equipe terminar o jogo com com cinco meio campistas e cinco atacantes. Não trouxe volume de jogo ou poder de fogo. Pelo contrário. Fez a sua equipe agir mais na intuição e perdeu qualquer padrão tático. O jogo ficou nas mãos do Bahia.
O Fluminense que acabou a partida com: Fábio; Marquinhos, Martinelli, André e Isaac; Ganso e Alexander; Douglas Costa, Kauã Elias, Kennedy e Arias.
Após uma péssima atuação, o Fluminense volta a campo no próximo sábado, no clássico contra o Vasco, às 16h (de Brasília), no Maracanã. Será preciso jogar muito mais bola do que o que foi visto na Fonte Nova. Caso contrário, dificilmente o tom das cobranças não irá aumentar.
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