Análise: Fluminense sofre com gramado e faz jogo sonolento, mas traz ponto na mala contra Cerro

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Jogadores e comissão técnica reclamam de campo enlameado, que atrapalhou desempenho da equipe. Calor também é citado como problema As explicações para o empate entre Fluminense e Cerro Porteño, pela 3ª rodada da fase de grupos da Conmebol Libertadores já foram dadas: o forte calor em Assunção, o péssimo gramado do Estádio Nueva Olla e o cansaço após vir de um clássico. É plausível. Foi ruim para quem estava lá e pior ainda para quem assistiu. Nesta quinta-feira, o Tricolor tem a comemorar o ponto que voltará na mala mesmo tendo atuação daquelas… de dar sono…
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Cerro Porteño 0 x 0 Fluminense | Melhores momentos | 3ª rodada | CONMEBOL Libertadores
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Pensando na tabela de classificação da Libertadores, o empate foi bom. Líder com cinco pontos em três rodadas, o Fluminense ainda joga duas vezes no Maracanã e tem totais condições de avançar na primeira colocação — e sem sustos. A frustração existe por dois motivos: era a oportunidade de abrir uma rodada de “gordura” no Grupo A e confirmar a crescente na temporada emplacando duas boas atuações consecutivas.
É até difícil analisar uma partida onde parece que nada aconteceu. O Fluminense foi um mero espectador no Nueva Olla, tanto que acabou o jogo com só um chute ao gol (Cano, de fora da área, sem perigo). E se não fosse por Fábio, que fez duas grandes defesas, poderia se complicar. Claro, já citamos que as condições climáticas e do gramado estavam ruins, mas saber se adaptar também é um mérito.
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Piris da Motta; Fluminense; Cerro Porteño; Libertadores
NORBERTO DUARTE / AFP
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Dentro de campo, o Fluminense foi o mesmo do início ao fim: um time espaçado, sonolento e que cometeu uma imensidão de erros. O maior problema não foi tático, foi de decisões técnicas dos jogadores. Não há Fernando Diniz que faça milagre quando todos os atletas parecem estar muito abaixo do que podem. A maior prova é Jhon Arias, conhecido pela sua regularidade, que provavelmente foi o pior em campo. Algo raro, felizmente.
Ganso e Marcelo, dois pilares técnicos desta equipe, erraram tudo que tentaram. Cano, isolado, mal tocou na bola. Marquinhos, destaque nos últimos jogos, pouco contribuiu. Douglas Costa e Renato Augusto não acertaram uma jogada sequer vindo do banco de reservas. O Fluminense ainda perdeu André por lesão no primeiro tempo.
Cotado para ser palco da próxima final da Copa Sul-Americana, o Nueva Olla apresentou condições lamentáveis para receber o atual campeão da Libertadores. Devido as fortes chuvas que atingiram Assunção, o campo estava enlameado e cheio de tufos de grama soltos. A bola não tinha uma uniformidade: ou corria demais nos lugares pantanosos ou era lenta demais quando cruzava o gramado seco. Dificultou muito o jogo do Fluminense.
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O Fluminense até tentou se adaptar. Marcelo e Felipe Melo arriscaram lançamentos longos aos montes, mas a falta de inspiração da equipe e de proximidade entre os setores deixaram os pontas e meias cercados. Era comum dominar a bola com dois ou três marcadores por perto. A aproximação conhecida do Fluminense não existiu. Quebrar a linha de marcação dos paraguaios foi uma raridade.
O jogo pedia um mais um atacante, mas quem? John Kennedy e Kauã Elias estão afastados, enquanto Lelê está lesionado. Sem opções, Diniz trocou seis por meia dúzia: zagueiro por zagueiro, volante por volante, meia por meia, atacante por atacante. Não ousou. Deixou o jogo seguir e apostou no talento individual de seus atletas já que o coletivo não funcionou.
Defensivamente, o Fluminense não sofreu tanto porque o Cerro Porteño não demonstrou potencial para isso. Tanto que os dois lances de perigo vieram em chances isoladas: um chute de fora da área e uma cabeça de Piris da Motta. Em ambas, Fábio fez enormes defesas. Pressão mesmo, daquelas sufocantes, não existiu.
Se o Fluminense não mereceu vencer, o Cerro Porteño muito menos.
Agora, o Fluminense viaja para enfrentar o Colo-Colo fora e depois faz dois jogos em casa. A classificação continua tranquila de se conseguir, mas o time vem perdendo a chance de fazer uma excelente campanha para garantir decidir em casa o mata-mata.
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