Análise: Fluminense volta a sofrer com erros individuais e irrita a torcida contra o Juventude

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Superioridade técnica do Tricolor não se reflete em campo, e novo erro de Fábio determina tropeço em casa e má fase no Brasileirão Sete jogos no Campeonato Brasileiro. Quatro como mandante, sendo três no Maracanã. Seis pontos somados de 21 possíveis e uma incômoda 15ª posição na tabela. O Fluminense segue sem conseguir replicar, no torneio nacional, o sucesso das classificações na Libertadores e na Copa do Brasil.
Fluminense 1 x 1 Juventude | Melhores Momentos | 7ª rodada | Brasileirão 2024
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Neste sábado, o adversário da vez foi o Juventude. Um time que, sem entrar em mérito tático ou técnico, chegou ao Maracanã prejudicado. Uma desvantagem imensurável, aliás – afinal, é impossível precisar o impacto de mais de 30 dias sem jogar futebol em meio à tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul.
Fato é que, quando a bola rolou, o que se viu foi um Juventude superior. Os comandados de Roger Machado souberam aproveitar bem os espaços nas costas da defesa do Fluminense. Foram uma, duas, três… Quatro jogadas perigosas em sequência, com direito a uma bola de Nenê na trave.
Cano, aos 11, foi quem passou mais perto de levar perigo ao gol do Juventude. Quando enfim assumiu o controle da posse de bola, uma das principais características do time, o Fluminense continuou lento, facilitando assim o trabalho da marcação do Juventude. Felipe Melo, lesionado, deu lugar a Thiago Santos.
Aos 39, veio o alívio. Ganso, caído, achou belo passe para Martinelli na área. O volante sofreu falta de Thiaguinho, que chegou atrasado, e a arbitragem assinalou pênalti no Maracanã. Marcelo assumiu a responsabilidade, converteu a cobrança e chegou ao terceiro gol nos últimos quatro jogos do Fluminense, incendiando a torcida no estádio. Era o alívio para um time que não tinha tido vida fácil no primeiro tempo.
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Arias em campo em Fluminense x Juventude
MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC
O segundo tempo começou dinâmico, com o Juventude pressionando novamente. Desta vez, o Fluminense conseguiu criar um volume maior de chances, tendo como destaque um chute para fora de Marcelo, aos 16.
O problema é que um erro individual influenciou diretamente no resultado do jogo. Fábio se enrolou na saída de bola com os pés – um cenário semelhante ao primeiro gol do São Paulo, no Morumbi, na sexta rodada do Brasileirão – e deu bola de graça para Jadson empatar.
Pela sexta vez em sete jogos, o Fluminense abriu o placar em uma partida do Brasileirão 2024, mas não conseguiu sustentar a vantagem.
O relógio marcava 21 minutos do segundo tempo quando Jadson balançou as redes. Havia tempo, portanto, para o incômodo ser superado. Não à toa, três minutos depois, Cano tentou alcançar cruzamento rasteiro de Marcelo na área.
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Jadson comemora gol em Fluminense x Juventude, no Maracanã
Fernando Alves/EC Juventude
Aos 38, Popó levou o segundo cartão amarelo por chutar a bola para longe com o jogo parado e foi expulso, deixando o Fluminense em superioridade numérica. Mas nem essa vantagem foi suficiente para o Fluminense voltar à frente do placar.
Na sequência da expulsão, o ritmo do jogo caiu como um todo, o número de faltas subiu e os erros na troca de passes do Tricolor também cresceram. Além disso, vale destacar um possível impacto psicológico após a falha de Fábio.
Cano, que sentiu dores após uma finalização aos 44, teve que permanecer em campo no sacrifício, uma vez que as três janelas de substituições já haviam sido feitas. Por fim, o placar terminou em 1 a 1, sob sonoras vaias dos 21 mil presentes no Maracanã.
Será possível tirar a razão dos torcedores? Ganso, longe de viver sua noite mais inspirada, foi o primeiro a abordar o incômodo:
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Cano – Fluminense x Juventude
André Durão
— O que preocupa é perder os dois pontos dentro da nossa casa. Se queremos chegar na parte mais alta do campeonato, não podemos perder esses pontos. Incomoda ficar naquela zona. Conseguimos criar grandes chances. Entregamos um gol de presente. Infelizmente não foi nossa noite — disse Ganso.
Já Marquinhos optou por descrever o resultado como fruto de uma “infelicidade”. Os dois jogadores estão corretos. É claro que erros acontecem no futebol. Mas o problema cresce quando os erros são sequenciais e você não consegue corrigi-los, mesmo com um atleta a mais em campo.
A noite de sábado no Maracanã terminou com gosto amargo. As classificações às oitavas de final da Libertadores e da Copa do Brasil são importantíssimas para o planejamento do clube no ano. Mas elas não podem servir como justificativa constante para um Fluminense que ainda tem muito o que provar no Brasileirão. A posição na tabela que o diga.
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Eduardo Barros – Fluminense x Juventude
Alexandre Durão
Para os 21 mil torcedores no Maracanã, a lembrança da noite será Fábio dando uma bola de graça nos pés de Jadson. Para os tricolores que não foram ao jogo, ficarão as palavras do auxiliar Eduardo Barros, que substituiu o suspenso Fernando Diniz – e passou muito perto de culpabilizar o baixo público que, na prática, não tem a ver com o resultado dentro de campo. Quem sai vencedor nessa? O Fluminense que não é.
O Fluminense volta a campo no dia 11 de junho, contra o Botafogo, pela oitava rodada do Brasileirão. O Tricolor é o atual 15º colocado da tabela, com seis pontos.
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