Análise: “maneira de viver” de Zubeldía abre caminho para um São Paulo mais forte e competitivo

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Em sua estreia, treinador argentino comanda vitória contra o Barcelona de Guayaquil e dá mostras sobre como vai querer o time e também agir à beira do campo com o elenco A semana de Luis Zubeldía foi intensa. No domingo, chegou ao Brasil. Na segunda-feira, comandou seu primeiro treino como técnico do São Paulo, no CT da Barra Funda. Na terça, conseguiu com urgência um visto de trabalho para, dois dias depois, estrear com vitória por 2 a 0 sobre o Barcelona de Guayaquil, no estádio Monumental Isidro Romero Carbo, pela Conmebol Libertadores.
Mas é assim que o “príncipe”, como é conhecido no Equador, gosta de viver o futebol. Com intensidade, comandou o São Paulo à beira do campo para conseguir sua primeira vitória no clube, com gols de Calleri e Alisson. De um lado para o outro, com muita orientação, pouca comemoração e muita tensão, Zubeldía teve a estreia que esperava.
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Veja a entrevista de Luis Zubeldía e Calleri após vitória do São Paulo contra o Barcelona de Guayaquil
– Eu sou assim. Tem partida que eu estou mais ativo. Futebol é uma maneira de viver. É parte da minha vida. Futebol e a minha vida são a mesma coisa. Nossos estilos. Amo minha família e amo o futebol. É parte de minha vida. Tive a sorte de estar há muitos anos como jogador, auxiliar, treinador… e não sei distinguir isso. É uma maneira de viver – disse, logo depois da partida.
Zubeldía transmitiu sua intensidade aos jogadores. O São Paulo foi bem contra o Barcelona de Guayaquil. Entrou em campo com um esquema ousado, com quatro atacantes: André Silva, Calleri, Luciano e Ferreira. Antes, não havia dado certo. No Equador, deu.
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Zubeldía comemora sua estreia pelo São Paulo
Bruno Giufrida
O São Paulo entrou em campo precisando vencer para abrir uma distância segura do próprio Barcelona de Guayaquil, terceiro colocado no Grupo B da Libertadores. Com os três pontos conquistados, chegou a seis e abriu quatro do adversário. Agora, está a apenas um do Talleres, da Argentina, que é o líder – mas se manteve na zona de classificação para o mata-mata.
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A vitória foi boa, também, para Zubeldía começar sua trajetória no São Paulo mais tranquilo. À beira do campo em Guayaquil, o novo treinador tricolor precisou de apenas três minutos para levar um cartão amarelo por ter algumas vezes invadido o campo enquanto orientava seus jogadores.
Àquela altura, Zubeldía já havia reclamado com o árbitro, caminhado diversas vezes de um lado para o outro e sido chamado atenção. Nem o cartão amarelo foi capaz de acalmar o técnico do São Paulo, que se sentou no banco de reservas poucas vezes durante a vitória diante do Barcelona. Duas delas foram, acredite se quiser, quando o Tricolor fez os dois gols.
Barcelona de Guayaquil 0 x 2 São Paulo | Melhores momentos | 3ª rodada | CONMEBOL Libertadores 2024
Sempre que conseguia, Zubeldía se aproximava de algum jogador para orientá-lo. O treinador fez diversas “reuniões”, também, com seus pares à beira do campo. O auxiliar Milton Cruz, por exemplo, conversou diversas vezes com o treinador. Foram diversos os momentos em que o argentino reunia todos da comissão técnica para uma conversa.
Uma das principais orientações foi para a zaga do São Paulo. O treinador, logo depois do primeiro gol, ainda na etapa inicial, se virou para os defensores, fez sinais com as mãos para indicar a troca de passes e os incentivou para que fizessem mais.
A bem da verdade, Zubeldía mal parou. Nos minutos finais, quando o São Paulo já tinha total controle da partida e nenhuma chance de desperdiçar os três pontos, o treinador corria de um lado para o outro na área técnica. Parecia uma final de campeonato em que o Tricolor precisava de um gol para ser campeão.
Depois do apito final, Zubeldía voltou para o campo. Em uma roda de conversa com seus chefes, inclusive o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, o treinador falava sobre tática. Fez sinais com as mãos para explicar o posicionamento de seus volantes, Pablo Maia e Alisson, na partida contra o Barcelona.
Zubeldía conversa com dirigentes do São Paulo
Bruno Giufrida
Seus últimos passos no gramado do estádio que foi sua casa em 2011 e 2012, Zubeldía acenou para torcedores do Barcelona de Guayaquil que o chamavam. Na sala de imprensa, bem à vontade, o treinador tentou mexer na temperatura do ar condicionado. É verdade, estava muito frio.
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