Análise: vítima dos próprios erros, Cruzeiro perde por falhas crônicas e individuais

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Time leva gol cedo, se recupera do susto, mas é incompetente para empatar e faz segundo tempo protocolar, após expulsão infantil de Marlon O Cruzeiro foi vítima dos próprios erros na derrota por 2 a 0 para o São Paulo. Do início ao fim, o time cometeu equívocos individuais – e repetidos –, e o Tricolor, que vive boa fase, não perdoou. Fim de uma invencibilidade que durava 41 dias.
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Desde a chegada de Zubeldía, o São Paulo é um time que tem demonstrado agressividade ofensiva, principalmente nos jogos do Morumbis. O Cruzeiro esperava por isso e tinha um time com artimanhas para aproveitar os espaços. Homens de mobilidade na frente, que ofereciam a transição ofensiva. Tudo por água abaixo antes dos cinco minutos.
Naquele momento inicial da partida, quando os times ainda entendiam o posicionamento adversário, o Cruzeiro levou o gol. Anderson errou, porque o arremate era defensável, mesmo com o quique na linha da pequena área, mas houve outras falhas anteriores. E em um aspecto recorrente: a falta de combatividade no meio-campo.
Lucas dominou, girou, conduziu e finalizou sem ser incomodado. Muita liberdade para um jogador que está entre os “diferentes” no futebol brasileiro. Falharam Lucas Romero, que não tirou espaço do meia, e os zagueiros, que poderiam ter dado um ou dois passos à frente para travar o arremate.
Mas, o gol que poderia indicar um domínio do time que é tecnicamente melhor, parece ter acordado do Cruzeiro, que passou a ser dono da partida. Matheus Pereira encontrou o espaço entre as linhas de marcação do São Paulo, o time ganhou campo e criou o suficiente para empatar logo o jogo. Barreal, mais uma vez como meia pela esquerda, se destacou com movimentação, tabelas e cruzamentos perigosos. Mas, de novo, pesaram os erros individuais, que atrapalharam um dos melhores tempos do time no Brasileirão.
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O Cruzeiro é, há algum tempo, incompetente para matar o adversário. Erra no acabamento de algumas jogadas, tem movimentos equivocados dentro da área e peca em arremates de chances claras. Rafael ainda fez uma defesa importante e contou com a trave para não sofrer gol contra de Arboleda.
Os erros pessoais atrapalharam o Cruzeiro a igualar o placar, mas o empate parecia questão de tempo, justamente pelo domínio construído. Parecia, até um novo equívoco individual. Marlon, que fazia bom jogo, levou vermelho em lance imprudente no campo de ataque e deixou os companheiros na mão.
Jogar contra um adversário melhor, fora de casa, com adversidade no placar e no número de jogadores era um cenário que parecia de recuperação impossível. E, de fato, foi. Principalmente depois do segundo gol, no início do segundo tempo. Se o Cruzeiro não mata os jogos, os rivais sabem muito bem fazer isso. O segundo tempo foi protocolar.
O Cruzeiro tem um elenco de limitações claras e que, de certa forma, foram calculadas pela gestão de Ronaldo na montagem do início do ano. Mas, em alguns jogos, o aspecto individual atrapalha o trabalho coletivo – que também tem problemas, como a situação da recomposição defensiva, que é crônica e apareceu mais uma vez no Morumbis.
A derrota para o São Paulo fora de casa não é algo fora da curva. Muito pelo contrário, principalmente diante da evolução com Zubeldia. Mas, os erros individuais podem pesar também em jogos onde não há espaço para tal – e quase complicaram o time na Sul-Americana, por tropeços contra os modestos Alianza e La Calera.
São Paulo x Cruzeiro; Anderson e Calleri
Marcos Ribolli
O início de Brasileiro do Cruzeiro está dentro do esperado. Venceu adversários que tendem a se instalar na parte baixa da tabela e fez o dever de casa. Tem que se recuperar diante do Cuiabá e seguir a caminhada pensando em um elenco muito mais forte, que pode minimizar os erros individuais a partir de julho.
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