Análise: Zubeldía passa energia ao time e mostra que tem repertório para levar o São Paulo longe

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Técnico argentino chega a cinco jogos de invencibilidade, passa pelo Cobresal e classifica o Tricolor para as oitavas de final da Conmebol Libertadores Para conhecer bem um treinador, é preciso observar seus comportamentos nas vitórias e nas derrotas. Luis Zubeldía, portanto, ainda tem início de trabalho em análise no São Paulo. Afinal, não perdeu. Em cinco jogos, empatou um e venceu quatro, o último contra o Cobresal, em Calama, pela Libertadores.
Mas embora seja cedo para cravar padrões e estabelecer verdades sobre o trabalho do argentino, Zubeldía vem deixando ótima impressão nas suas primeiras duas semanas de Tricolor. A animação do torcedor é justificável. O clima mudou da desesperança para a empolgação.
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Veja a entrevista de Luis Zubeldía e Igor Vinicius após vitória do São Paulo sobre o Cobresal
E não apenas pura e simplesmente pelos resultados, mas também pela postura apresentada por ele e por sua comissão técnica até aqui.
São cinco jogos sem nunca repetir de um jogo para o outro o mesmo desenho tático. Na Libertadores, o time usou o 3-5-2 e venceu o Barcelona em Guayaquil. Na quarta-feira, em Calama, a vitória por 3 a 1 contra o Cobresal foi com outro estilo, num 4-2-4 que potencializava a dupla Luciano e Calleri.
Zubeldía em Cobresal x São Paulo
Rubens Chiri/saopaulofc
Zubeldía é, sobretudo, inquieto. Mexe no time de jogo para jogo e cada vez parece conhecer e confiar mais em seu elenco. Aos poucos, vai encontrando opções e soluções. E, ao seu estilo, vai deixando o São Paulo mais forte, perigoso e apegado à troca de passes e à posse de bola útil.
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Antes desacreditado, o lateral-esquerdo Patryck fez o seu segundo jogo de titular com ele. No Chile, marcou mal no gol do Cobresal, numa falha que também teve grande participação de Alisson, mas foi mantido e cresceu. Quase saiu de campo com uma assistência a Galoppo, que perdeu boa chance.
Assim como contra o Vitória, o Tricolor saiu perdendo, mas teve força para reagir. Numa inversão de pontas (Ferreira e Michel Araújo trocaram de lado logo após o 1 a 0), o uruguaio iniciou jogada pela esquerda levando para o meio, fez bonita costura e deixou Luciano numa boa para empatar. O atacante quase marcou o segundo pouco depois ao sair na cara do goleiro e errar uma cavadinha.
Reação de Luis Zubeldía ao gol de Nestor, do São Paulo
Reprodução
O 2 a 1 só saiu no segundo tempo e três minutos depois das mexidas de Zubeldía, que sentia um São Paulo não muito inspirado na volta do vestiário. Saíram Bobadilla, Michel Araújo e Ferreira e entraram Galoppo, Erick e Nestor. Coube ao meio-campista formado em Cotia empatar num chute lindo.
Muito superior ao seu adversário, o São Paulo seguiu mandando no jogo, fez 3 a 1 com Calleri e poderia ter feito mais, como na chance desperdiçada por Galoppo cara a cara com o goleiro. Curiosamente, foi a terceira vitória seguida por 3 a 1 do Tricolor da gestão Luis Zubeldía.
Cobresal 1 x 3 São Paulo | Melhores momentos | 4ª rodada | CONMEBOL Libertadores
São seis jogos de invencibilidade, ao se considerar também a vitória por 3 a 0 contra o Atlético-GO, com o interino Milton Cruz. A chave mudou no Morumbis. O São Paulo, que patinava e não saía do lugar na temporada, agora olha pra cima e consegue sonhar com coisas maiores.
Zubeldía, como um louco à beira de campo, vai acumulando cartões amarelos nas partidas. Desta vez, por comemorar o gol de Nestor invadindo o campo. Um descontrole perdoável. O Tricolor precisava de energia. E encontrou um treinador que consegue entregar exatamente isso ao time.
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