Artilheira do Sul-Americano Sub-17, Juju Harris reafirma escolha pelo Brasil: “Nunca quis jogar pelos EUA”

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Nascida nos Estados Unidos e com mãe brasileira, jogadora foi chamada pela primeira vez por Simone Jatobá em 2022 e virou uma das peças-chave do Brasil no título sul-americano Juju Harris nasceu na Virgínia, Estados Unidos, mas carrega no seu futebol as raízes brasileiras principalmente pela camisa verde amarela. Filha de mãe brasileira e pai norte-americano, a atacante de 17 anos nem pensa duas vezes quando é questionada sobre qual país irá defender em sua carreira: o Brasil.
– Sou brasileira. Só quem é brasileira sabe o que é uma vida de futebol. Um sentimento de eu sou brasileira. Por isso eu quis jogar pelo Brasil e nunca quis jogar pelos Estados Unidos porque não tem coisa melhor – afirmou Juju Harris ao blog Dona do Campinho.
Juju Harris comemora gol diante do Paraguai
Fabio Souza/CBF
A jogadora esteve com a seleção feminina sub-17 na conquista do Sul-Americano da categoria, no Paraguai, em março deste ano. Foi a artilheira da competição com cinco gols ao lado de Giovanna Waksman, sua companheira de equipe. Por lá, além das conversas, perguntas sobre seu futuro, mas a resposta foi sempre firme.
– Várias me perguntaram isso lá no Paraguai (na seleção) se eu quero jogar pelos Estados Unidos. E toda vez eu falo: “eu quero jogar, vestir essa camisa do Brasil”. Só falo isso. Não quero jogar pelos Estados Unidos, não gosto, só Brasil – disse.
A história com a camisa do Brasil começou com a pesquisa da técnica Simone Jatobá pela internet. Depois de contatos com profissionais da base e também com o treinador de Juju no Flórida United, veio a certeza que ela merecia uma chance. Mesmo a atacante sendo a mais nova do ciclo na época – pois eram meninas nascidas em 2005/2006 e ela era 2007 – Simone viu potencial e chamou atenção a estrutura física muito acima da média das atletas até mesmo das mais velhas. Ela foi convocada pela primeira vez em julho de 2022. Precoce como já foi com Simone, Juju também foi nos seus primeiros passos no futebol nos Estados Unidos quando atuava em times até 4 anos mais velhos que ela.
– Minha formação foi toda aqui. Quando tinha 3,4 anos comecei a jogar bola na Virgínia, onde eu nasci. Em 2011 minha família se mudou para a Flórida e joguei em um clube. Há uma Liga de Recreação e depois joguei pela Academia de Desenvolvimento, que eles têm aqui nos EUA. Depois comecei a jogar em times em que eram 3,4 anos mais velhos que eu. Quando tinha 13 anos jogava com colegas de 17,18 anos. Depois comecei a jogar com meninos quando tinha 15 anos. Depois que comecei a treinar com meninos trabalhava com eles todo tempo e eles me ajudaram com velocidade do jogo, parte técnica. Joguei bastante com meninos. Foi quando o Brasil me viu pela primeira vez e estou aqui agora continuando a crescer treinando com profissionais – afirmou.
Aos 17 anos, Juju Harris ainda não assinou contrato profissional com nenhum clube e mantém calma sobre a escolha. Com base na Flórida, EUA, onde vive com os pais, ela quer seguir em sua preparação sem se precipitar para escolher qual camisa de time vestir mesmo já tendo interessados no horizonte..
– Eu quero fazer as coisas no momento certo e da maneira certa. Neste momento estou treinando com um time profissional, mas estou treinando e não quero assinar um contrato só por assinar. Eu quero fazer as coisas certas. Tenho paciência para esperar e fazer tudo no momento certo e estou focada em melhorar a cada dia, a cada jogo e me manter saudável.
O foco principal também está em outubro deste ano: a Copa do Mundo Sub-17, que ocorrerá na República Dominicana. A atacante quer fazer história com o Brasil.
O único objetivo é fazer história. Ganhar a primeira Copa do Mundo da base feminina. Esse grupo vai conseguir fazer coisas boas na seleção.
Juju Harris foi artilheira do Sul-Americano Sub-17 ao lado de Giovanna
Fabio Souza/CBF

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