Bahia vence em óbvias lacunas deixadas pelo Fluminense

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Time carioca começou melhor, mas o Esquadrão não demorou a identificar e atacar erros que poderiam lhe dar o triunfo Na partida de abertura da 2ª rodada do Brasileirão 2024, o Bahia conseguiu o seu primeiro triunfo na competição. Superou a dificuldade dos minutos iniciais, o fato de ter saído atrás no placar, e foi contundente ao aproveitar alguns erros nítidos até simplórios cometidos pelo Fluminense desde o 1º tempo.
Defender mal os rebotes defensivos e permitir espaços entre zagueiros e volantes na faixa central, justamente a zona em que Cauly faz a diferença, foram os maiores pecados dos cariocas no jogo. Depois que ficaram atrás no placar, não conseguiram criar sequer uma chance de gol, mesmo com as já conhecidas mexidas de Fernando Diniz.
Escalações
Rogério Ceni fez três mexidas em relação ao primeiro jogo do campeonato. Kanu, Rezende e Óscar Estupiñán foram para o banco. Gabriel Xavier ganhou oportunidade na zaga. Cauly voltou a ser titular e Ademir entrou pelo lado direito do ataque. Já Fernando Diniz, não teve os poupados Felipe Melo e Marcelo. Manoel foi titular pela segunda vez na temporada e Diogo Barbosa assumiu a lateral.
Como Bahia e Fluminense iniciaram o duelo válido pela 2ª rodada do Brasileirão 2024
Rodrigo Coutinho
O jogo
Fazer um gol e abrir o placar na condição de visitante logo aos três minutos é o sonho de qualquer equipe, mas no caso do Fluminense na noite desta terça-feira, em Salvador, foi ainda mais importante. A chuva que caía por mais de uma hora antes da bola rolar, apertou bastante assim que o jogo começou, e bastaram mais cinco minutos para que o gramado ficasse muito empoçado.
Jhon Arias desarmou o compatriota e ”xará” de sobrenome Santiago Arias no segundo movimento bem feito de subida de marcação do Fluminense. Erro crasso do lateral-direito do Bahia na saída de bola, e que gerou mais um gol a Germán Cano com a camisa do tricolor carioca.
O Esquadrão tentou superar as poças d´agua e a marcação do Fluminense com intensidade. Chegou com perigo duas vezes, uma delas em mais uma bola parada aérea contra a defesa carioca, mas não havia mais condições de jogo em poucos instantes. O árbitro paulista João Vitor Gobi acertadamente parou a partida aos 16 minutos da 1ª etapa.
Bahia; Fluminense; Arias; Lima; Caio Alexandre
MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC
Pouco mais de uma hora depois, sem chuva forte e com o gramado sem poças, a bola voltou a rolar. E não demorou muito para as equipes retomarem o ritmo anterior. Ambas tentavam subir o bloco de marcação, mas o Fluminense tinha resultados melhores. O Bahia, em alguns momentos, não conseguia igualar numéricamente os adversários quando havia o recuo de Ganso, por exemplo.
A partir de ”roubadas” ou retomadas no campo rival, o Fluminense chegou com perigo com Arias e Marquinhos. O colombiano teve um gol bem anulado após receber de Lima em bela jogada iniciada por André. O Bahia, porém, também tinha suas armas, e elas apareceram de formas diversas.
Primeiro nos movimentos de Cauly às costas do meio-campo. Conseguiu receber atrás de Lima e André algumas vezes e acionou Ademir em profundidade. Em outros momentos trabalhou com Everton Ribeiro. Thaciano buscava a área, se enfiava entre os zagueiros, e Jean Lucas era agudo pela esquerda.
Bahia; Fluminense; Série A; Brasileirão
Renan Oliveira/AGIF
Outra forma pródiga de ataque dos baianos esteve nas bolas paradas aéreas. Quando não em finalizações de cabeça, os arremates vinham ao controlar os rebotes ofensivos. Jean Lucas já havia chutado com perigo e liberdade antes de Caio Alexandre marcar um lindo gol da mesma forma e do mesmo setor. Incrível como não havia ninguém no rebote.
Talvez o que explique isso seja a quantidade maior de jogadores protegendo a área nos escanteios e faltas laterais. Como o Fluminensetem sofrido com isso nos jogos recentes, preocupou-se em aglomerar a própria área, mas espaços generosos foram deixados na área de rebote.
As marcações adiantadas do Bahia passaram a encaixar melhor depois do empate. O time anfitrião chegou perto de virar ao aproveitar uma jogada desta maneira. Fábio salvou. Os anfitriões terminaram a 1ª etapa melhores, algo que se manteve depois do intervalo. O Esquadrão conseguia trocar passes dentro do campo adversário diante de uma marcação passiva dos cariocas.
No detalhe, o escanteio do gol marcado por Caio Alexandre. Os dez jogadores de linha do Fluminense dentro da área e ninguém no rebote.
Reprodução de TV
Fernando Diniz sacou Lima e pôs John Kennedy logo aos sete minutos. Acabou esvaziando um setor que já era dominado pelo adversário ao tentar acrescentar mais peso ofensivo ao time. O gol baiano parecia questão de tempo, e ele veio em mais uma bola passada a Cauly em liberdade na entrada da área, ele deixou Manoel para trás e virou o placar.
O Bahia recuou o bloco de marcação com a vantagem. Diniz tirou Manoel e Diogo Barbosa. Alexsander e Douglas Costa foram ao gramado. André passou para a zaga e Marquinhos fez a lateral-esquerda. Depois foi a vez de tirar mais um integrante da linha defensiva para a entrada de um atacante. Samuel Xavier cedeu lugar a Isaac. Kauã Elias no lugar de Cano foi a última mexida dos visitantes.
Ceni conseguiu manter a compactação defensiva de sua equipe com mexidas pontuais, sem grandes transformações de características, exceto pela entrada de Everaldo no lugar de Thaciano. O Bahia esteve perto de marcar o terceiro em contragolpes que acabou não aproveitando.
Gabriel Xavier e Cuesta protegeram bem a área nas tentativas finais de cruzamento do Fluminense. Rezende marcou firme na entrada da área. Foi mais uma atuação ruim na maior parte dos minutos de um jogo do Tricolor Carioca. Em poucos momentos houve regularidade em bom nível na atual temporada.

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