Bebê Endrick: torcedor do Palmeiras visita casa da família e batiza filho com nome do atacante

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Natural de Curitiba, Rounei de Souza viaja à São Paulo por jogos do Verdão, conhece atacante, a família e leva camisa autografada para casa Endrick conhece filho de torcedor do Palmeiras que recebeu nome em sua homenagem
Endrick estava no estacionamento do Allianz Parque, em outubro do ano passado, quando carregou Endrick nos próprios braços. Era o atacante do Palmeiras, depois da vitória sobre o Bahia, e o bebê nomeado em sua homenagem, agora aos oito meses de idade.
– E aí, cara? – disse o camisa 9, que está a caminho do Real Madrid, enquanto ninava o menino nos braços.
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O responsável pela história estava ao lado: o torcedor Rounei Leonardo de Souza, natural de Curitiba, no Paraná.
Criado em uma família flamenguista, ele virou palmeirense por influência do ex-cunhado, foi quem escolheu o nome do filho e fez nascer assim uma relação que terminaria até dentro da casa do atacante.
– Meus amigos dizem que fiquei louco, mas não é pelo que Endrick vai ser ou onde vai chegar. Era um negócio do meu coração. Ele tinha subido ao profissional. Gostei da história, acho eles humildes e foi isso que me fez escolher.
Atacante Endrick com o bebê Endrick nos braços depois de jogo no Allianz Parque
Arquivo Pessoal
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Tudo começou ainda no início de 2023, quando Flávia descobriu a gravidez e fez um acordo com Rounei. Se fosse menina, ela escolheria o nome. Se menino, a decisão seria dele. Era Emanuele ou Endrick.
– Eu jurava que ia ser uma menina, mas errei e veio nosso pequenininho. Eu pensei: se quer Endrick, vai ser. O próximo não tem combinado nenhum – brinca Flávia, aos risos, durante conversa com o ge.
As famílias do atacante Endrick e do bebê Endrick no estacionamento do Allianz Parque
Arquivo Pessoal
Quando descobriram o resultado do acordo no chá de revelação do bebê, Rounei assumiu um desafio: conseguir uma camisa autografada por Endrick para pendurar na parede do quarto do pequeno Endrick.
Foi assim que, em junho do ano passado, eles pegaram seis horas de estrada de Curitiba a São Paulo, para assistir ao confronto com o Botafogo. Na barriga, Flávia registrou em tinta o motivo da viagem por mais de uma vez: “Endrick a bordo” e “Endrick chegando 90%”.
– Foi bem cansativo, nas últimas viagens que fizemos, com um barrigão enorme e com medo de ter o neném na estrada. Imagine? Como que eu ia fazer? Ia ser paulista – lembra Flávia, aos risos.
Flávia com a barriga pintada: “Endrick chegando 90%”
Arquivo Pessoal
O casal saiu do Paraná um dia antes da partida e foi à Academia de Futebol tentar encontrar o atacante na saída dos carros, depois de ver um vídeo com jogadores autografando camisas na saída do CT. Conheceram lá outras torcedoras do Palmeiras, que abraçaram a causa, e repassaram o recado através de Marcos Rocha, o primeiro a atender à torcida na ocasião.
– Falamos: “Rocha, não consegue mandar uma mensagem pro Endrick?”. Minha esposa estava sentada no chão, não aguentava mais, mas queria ficar.
Até que um segurança apareceu buscando por “uma moça grávida” no portão, e Flávia entrou – sozinha – para conhecer o atacante. Não era o suficiente, contudo.
Endrick vai disputar uma Copa América pela primeira vez
O casal esteve na partida do Palmeiras e ainda apareceu próximo ao condomínio onde moram parte dos jogadores alviverdes, mas sem sucesso de encontrá-lo. Voltaram para Curitiba e, na semana seguinte, foram contatados outra vez.
– As torcedoras que conhecemos ligaram para minha esposa, eu vim do trabalho para casa, e falamos com Endrick por vídeo chamada. Ela estava com oito meses, e ele disse: a camisa do jogo de amanhã é de vocês. Era Palmeiras e São Paulo – conta o torcedor.
Rounei, torcedor do Palmeiras, em encontro com Endrick no Allianz Parque
Arquivo Pessoal
Rounei e Flávia se entreolharam, cientes de que pensavam o mesmo: ir ao jogo no dia seguinte. Saíram de madrugada, chegaram no horário de almoço e foram impedidos de entrar pelo valor dos ingressos, que estavam por R$ 600 no dia. Quem os salvou? Douglas, o pai de Endrick.
– Ele nos mandou dois ingressos de camarote e no fim nos levou no estacionamento. Foi quando conhecemos o Endrick pela primeira vez – conta Rounei, sobre o atacante, antes do nascimento do filho.
Endrick, Flávia, com o bebê ainda na barriga, e Rounei, segurando a camisa dada pelo atacante
Arquivo Pessoal
Foi também quando conseguiram a sonhada camisa de jogo, até hoje pendurada na parede de casa. E uma semana depois voltaram pelo autógrafo.
– Como era a do jogo, estava ensopada de suor. Voltamos a São Paulo por conta de um cliente meu, falamos com Douglas e entramos na portaria do prédio. Imaginei que esperaria ali, e quando vi estava dentro da casa dele. Ficamos conversando, Endrick assinou a camisa, Douglas mostrou a sala de troféus – conta Rounei, com um sorriso no rosto.
Camisa de Endrick autografada pendurada na parede do quarto do pequeno Endrick
Arquivo Pessoal
Desde então, as famílias mantiveram contato. Compartilharam fotos quando o mais novo nasceu e, dois meses depois, Douglas os convidou a São Paulo mais uma vez, para fazer uma foto com os dois Endrick’s – a registrada no estacionamento do Allianz Parque e contada no início da reportagem.
Há uma semana, na despedida do atacante – que está a caminho do Real Madrid – se encontraram mais uma vez. As famílias lado a lado para o último jogo do camisa 9 no Palmeiras.
A realização de um sonho para Rounei. E no futuro quem sabe ao pequeno Endrick também.
As famílias dos dois Endrick’s reunidas no jogo de despedida do atacante do Palmeiras
Arquivo Pessoal
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