Botafogo tem “déficit físico”? Entenda como Artur Jorge tenta resolver a questão

4 min read
Treinador alvinegro quer time mais intenso nas próximas partidas Artur Jorge chegou ao Botafogo, teve oito treinos e dois jogos para diagnosticar um primeiro problema: um déficit físico. Este foi o principal tema abordado pelo português na entrevista coletiva de imprensa após a derrota para o Cruzeiro por 3 a 2, na estreia no Brasileirão, no domingo.
Artur Jorge em treino do Botafogo
Vitor Silva / Botafogo
Desde o primeiro treino, que foi no último dia 5, o comandante europeu assumiu de forma integral as atividades e passou a implantar sua própria ideia, marcada por intensidade com e sem bola. As imagens divulgadas pelo Botafogo (os treinos são fechados para a imprensa) mostram que ele impõe atividade com força no aquecimento e exige agilidade e pensamento rápido nos treinos técnicos e táticos.
Internamente, o elenco sente que o novo comandante tem o desejo de aumentar o nível do condicionamento físico. E a exigência ficou mais alta. Os treinos com o português são mais curtos do que com os seus antecessores, mas têm mais carga.
A Voz do Setorista: Artur Jorge já viu um problema no Botafogo
Mas, ao contrário do que se poderia imaginar, Artur Jorge não tenta recuperar fisicamente os atletas em circuitos de força. O trabalho é com a bola, na intensidade do jogo, com base na dinâmica e com o objetivo de atacar.
– Em relação àquilo que queríamos para as dinâmicas do jogo, da intensidade que queremos colocar, temos que admitir que temos uma equipe nesta altura com limite físico abaixo daquilo que, para nós, é o desejado. Temos alguns jogadores também que estão em déficit de condição física – disse o treinador.
Artur Jorge entende que não há necessidade de aumentar a carga no dia a dia nos circuitos físicos, por exemplo. Inclusive, alguns jogadores têm marcas melhores do que as de 2023 no aspecto físico.
Assista à coletiva de Arthur Jorge, do Botafogo, após derrota no Brasileirão
No entanto, a exigência do português é superior quanto à expectativa na dinâmica do jogo, com a bola nos pés e a marcação pressão para tentar roubá-la do adversário – características que ele exigia no Braga. Para isso, a comissão técnica propõe diferentes dinâmicas em uma única atividade.
– Estamos correndo contra o tempo para lutar contra isso, para podermos treinar bem, jogo de três em três dias. Temos que nos adaptar e sermos capazes de ultrapassar essa condicionante para chegar ao que de fato nós queremos – completou Artur.
+ CBF divulga análise do VAR de expulsão de Barboza em derrota do Botafogo para Cruzeiro
+ Biometria facial: primeiro jogo do Brasileirão do Botafogo em casa terá ampliação da tecnologia
Novo treinador quer dinâmica mais intensa com a bola
Vitor Silva / Botafogo
+ ✅Clique aqui para seguir o novo canal ge Botafogo no WhatsApp
No Braga, o comandante também atuava com formação baseada no 4-4–2. Era comum o time jogar, na teoria, com quatro atacantes, o que exigia fisicamente dos dois atletas que ficavam nos lados de campo e, principalmente, dos volantes, geralmente sobrecarregados na marcação. Desde a chegada de Artur Jorge, o Botafogo sofreu quatro gols em dois jogos, contra LDU e Cruzeiro, ambos fora de casa.
+ Leia mais notícias do Botafogo
🎧 Ouça o podcast ge Botafogo 🎧
Assista: tudo sobre o Botafogo no ge, na Globo e no sportv

You May Also Like

More From Author

+ There are no comments

Add yours