Brasil busca décima estrela para eternizar novos nomes da Calçada da Fama da Copa América

5 min read
Seleção começa em Los Angeles, terra do cinema e dos grandes espetáculos, a trajetória para eternizar jovens em uma lista que vai de Friedenreich a Ronaldo Fenômeno A terra das estrelas como palco do primeiro passo na busca por novos nomes da Seleção na Calçada da Fama da Copa América. Quis o destino que a Los Angeles do cinema e espetáculos musicais servisse de sede para um Brasil x Costa Rica que abre a corrida pela décima conquista do Brasil, mas também a concorrência por novos protagonistas em uma história que eternizou nomes de Friedenreich a Ronaldo Fenômeno.
Calçada da Fama da Seleção na Copa América
Arte Ge
+ Dorival confirma Brasil com Militão e Arana
+ Danilo pede seriedade: “Diminuir sorriso”
A estrelada Calçada da Fama da cidade californiana inspira um time que busca no passado referências para se reaproximar do torcedor brasileiro e indicar rumos para a Copa do Mundo de 2026, também nos Estados Unidos. Com Vini Jr no papel de ator principal, a Seleção de Dorival Júnior enumera coadjuvantes com potencial de Oscar, como Rodrygo e Endrick.
O espaço de 100 anos entre a primeira e a mais recente das nove conquistas da Copa América (1919 a 2019) é suficiente para caber gerações em uma Calçada da Fama particular com Friedenreich, Zizinho, o despertar da dupla Bebeto e Romário, e momentos inesquecíveis protagonizados por Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e Adriano. Nas 36 edições que disputou, o Brasil já teve dez vezes o melhor jogador e outras dez o artilheiro do torneio.
O Brasil foi campeão da Copa América em 1919, 1922, 1949, 1989, 1997, 1999, 2004, 2007 e 2019
Em 1997, Brasil vence Bolívia e é campeão da Copa América
+ Leia tudo sobre a Seleção
+ Veja a tabela da Copa América
Há mais de um Século, em 1919, Friedenreich unificou os prêmios, dividindo a artilheira com Neco, ambos com quatro gols em edição disputada nas Laranjeiras. Aquela geração foi responsável ainda por conquistar o bi em 1922, os dois títulos da chamada era amadora. Em 1949, às vésperas do Mundial de 1950, Zizinho, Ademir e Jair Rosa Pinto comandaram o tri dentro de casa, apesar da derrota por 2 a 1 para o Paraguai na última rodada da disputa em pontos corridos, em São Januário.
Depois disso, foram longos 40 anos até a histórica final de 1989, em reencontro com o Uruguai no mesmo 16 de julho e no mesmo Maracanã que 39 anos antes testemunhou o Maracanazo. Romário e Bebeto botaram no bolso aquela competição, abrindo o caminho para uma geração que anos depois se eternizaria com o tetra. O Baixinho, de cabeça, foi o herói do título no 1 a 0 sobre os uruguaios. Com seis gols, Bebeto foi o artilheiro da competição.
Destaques do Brasil em todos os títulos de Copa América
Arte GE
O Brasil voltou a ter dificuldades nas edições de 1991, 93 e 95, mas a partir de 97 conquistou quatro títulos em uma década com o brilho de craques marcantes. A dupla Ronaldo e Romário fez diferença na primeira conquista brasileira como visitante em 1997, na Bolívia. Dois anos depois, foi Rivaldo companheiro do Fenômeno e eleito o craque do título com um 3 a 0 sobre o Uruguai na decisão no Defensores del Chaco, em Assunção, Paraguai. Em 99, Ronaldinho Gaúcho apresentou seu cartão de visitas com um golaço diante da Venezuela.
A edição de 2001 ficou marcada pela decepcionante eliminação para Honduras, mas em 2004 e 2007 o Brasil se deu ao luxo de ser campeão com equipes praticamente reservas. Por conta do calendário europeu, as grandes estrelas pediram dispensa e abriram espaço para o nascimento de novos craques, como Adriano e sua performance inesquecível em 2004.
Brasil é campeão da Copa América 2019
Com sete gols em seis jogos e o empate no último minuto diante da Argentina na decisão, o Imperador se colocou no hall dos grandes atacantes da história da Seleção. A conquista de 2007 também teve a Argentina como vítima em um 3 a 0 avassalador diante de Messi e Riquelme em Maracaibo, na Venezuela.
Depois disso, o Brasil teve que esperar 12 anos até ser campeão novamente e pela quinta vez em casa. No centenário do título de 1919, a Seleção de Tite teve campanha de altos e baixos, mas não deu chances para o Peru de Paolo Guerrero na final, no Maracanã: 3 a 1, gols de Gabriel Jesus, Richarlison e Cebolinha, artilheiro da competição.
No banco de reservas, Dorival Júnior também busca o seu brilho e terá a primeira oportunidade de comandar o Brasil em uma competição oficial:
“É um motivo de orgulho estar defendendo a seleção mais vitoriosa do planeta. Uma equipe que sempre foi referência para todo mundo. Passaram aqui excelentes profissionais, grandes jogadores, que fizeram uma história gloriosa”
– O que gostaria de fazer é proporcionar ao nosso público prazer e alegrias. De sentir dentro de campo que a equipe tenta entregar o máximo para resgatar a alegria. Nada pessoal, e, sim, no sentido coletivo, para que possamos voltar a uma decisão de Copa América, de Copa do Mundo. Esse será o trabalho já iniciado desde o início de 2024.
Por novos nomes cravados na Calçada da Fama, o Brasil estreia na Copa América nesta segunda-feira, às 22h (de Brasília), diante da Costa Rica, no SoFi Stadium, em Inglewood, na Grande Los Angeles. A Seleção está no Grupo D, que conta ainda com Colômbia e Paraguai.

You May Also Like

More From Author

+ There are no comments

Add yours