Argentino está há cinco jogos sem balançar as redes. Comentaristas Jéssica Cescon, Pedro Moreno e Rodrigo Coutinho destacam questão física e queda no desempenho coletivo do Tricolor Já se passaram 31 dias desde a última vez em que a torcida do Fluminense comemorou um gol de Cano. Artilheiro do Brasil em 2023, o camisa 14 tem temporada discreta até aqui, com 19 partidas e apenas cinco gols marcados – o último deles em empate com o Atlético-MG, na quinta rodada do Brasileirão, em 4 de maio. O que pode explicar o jejum do argentino?
Confira os gols do Cano pelo Fluminense em 2024
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Para analisar o período sem gols de Cano, o ge.globo ouviu os comentaristas Jéssica Cescon, Pedro Moreno e Rodrigo Coutinho. Dentre os pontos que podem justificar a performance do argentino, destacam-se a lesão sofrida em março e o desempenho coletivo do Fluminense em 2024.
— O Fluminense passa por um momento instável coletivamente e isso tem afetado, dentre outros aspectos, a criação das jogadas. Consequentemente o ataque passou a receber menos a bola em situação de conclusão do que costumava receber. Nem sempre a jogada chega limpa, em triangulações pelo chão, como foi a característica do time campeão da Libertadores. Além disso, por causa do momento que testa a capacidade do conceito de jogo antes sólido do time, a confiança individual dos jogadores também é atingida. Assim como vemos mais erros na saída de bola aparecerem, o atacante perde mais gols. Mas vale dizer que a instabilidade é natural em qualquer trabalho, e a queda de rendimento individual também. Uma coisa está conectada com a outra, e Cano deve voltar a ser o goleador que conhecemos na medida que o time recuperar consistência — analisou Jéssica Cescon.
— Acredito que o rendimento abaixo da média de Germán Cano nessa temporada seja explicado por alguns fatores. O primeiro deles é de ordem física. Cano, que é um jogador com baixo histórico de lesões, sofreu com lesão no início da temporada. Sendo que a pré-temporada do Fluminense já foi abreviada e longe do ideal, por conta da disputa do Mundial e da Recopa Sul-Americana. Outro motivo é no aspecto coletivo. Até aqui na temporada, o Flu tem sido um time com maior dificuldade de sair da pressão e, principalmente, de criar grandes oportunidades, em comparação ao time do ano passado — disse Pedro Moreno.
Em março, Cano sofreu sua segunda lesão desde que chegou ao futebol brasileiro, em 2020. Com uma entorse no joelho direito, o atacante perdeu o jogo de volta da semifinal do Carioca, contra o Flamengo, e também a estreia tricolor na Libertadores, contra o Alianza Lima. Ele voltou aos gramados contra o Colo-Colo, em 9 de abril.
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No fim de abril, antes de jogo contra o Cerro Porteño no Paraguai, Cano disse que uma inflamação grande na região do joelho dificultou seu rendimento dentro de campo.
— Por último, destaco também a questão do posicionamento. Embora Cano seja um jogador muito voluntarioso sem a bola, sempre se entregando demais na marcação, no perde-pressiona, não foi raro vermos em diversos jogos o atacante tricolor baixando na linha dos volantes, pra ajudar no momento sem bola. É claro que, no modelo de jogo tão agressivo do Fluminense, é muito importante a entrega de todos na recomposição. Porém, deixar um finalizador nato tão distante do gol tem cobrado seu preço — finalizou Pedro Moreno.
A média de gols por partida é, até aqui, a pior do argentino no Fluminense. Com cinco gols em 19 partidas disputadas em 2024, Cano tem uma média de 0,26 gols por jogo. Em 2023, foram 40 gols em 61 partidas (0,65); já em 2022, foram 44 gols em 70 jogos disputados (0,62).
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Cano em Fluminense x Colo-Colo, pela Libertadores 2024
Buda Mendes/Getty Images
— Acho que a gente pode ver essa situação por dois lados. Primeiro, tem o lado do time. O Fluminense é um time que tem produzido muito menos. Então, automaticamente, por ser o centroavante, ele recebe menos bolas em condições de fazer gol. Mas também tem o lado dele. Não sei se tem sentido alguma questão física. Desde o ano passado, o Fluminense passou por uma maratona de ter que se reapresentar, entrar de férias depois de todo mundo, entrar em forma rapidamente para jogar a Recopa — opinou Rodrigo Coutinho, acrescentando:
— Ele também teve uma lesão no Carioca. Talvez isso tenha prejudicado esse início de preparação dele e tenha tirado a forma técnica, talvez tenha atrapalhado um pouquinho a parte mental também. Fato é que acho que não dá para ver isso (jejum) por um lado só.
Lelê, lesionado há quase dois meses, segue como um dos artilheiros do Fluminense em 2024. O jogador – que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito – tem seis gols, mesmo número de Arias, que igualou o companheiro com gol sobre o Sampaio Corrêa, na Copa do Brasil. Cano é o vice-líder no quesito, com cinco gols marcados.
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Cano – Fluminense x Juventude
André Durão
O camisa 14 balançou as redes em duas partidas do Carioca (Bangu e Sampaio Corrêa-RJ), uma da LIbertadores (Colo-Colo) e duas do Brasileiro (Bahia e Atlético-MG). São cinco jogos sem marcar, determinando assim o segundo maior jejum de Cano pelo Fluminense. De 13 de maio a 7 de junho de 2023, o argentino ficou sete jogos sem marcar pelo Tricolor, conforme levantamento do jornalista Davi Barros, do Espião Estatístico.
Cano também passou em branco em cinco partidas entre fevereiro e março deste ano. A maior sequência de partidas sem gols do argentino no Brasil ocorreu quando ele ainda defendia o Vasco, com dez jogos sem marcar entre 28 de julho e 6 de setembro de 2021.
O Fluminense volta a campo no dia 11 de junho para clássico contra o Botafogo, no estádio Nilton Santos. O Tricolor é o atual 15º colocado na tabela, com seis pontos conquistados em 21 possíveis.
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Para analisar o período sem gols de Cano, o ge.globo ouviu os comentaristas Jéssica Cescon, Pedro Moreno e Rodrigo Coutinho. Dentre os pontos que podem justificar a performance do argentino, destacam-se a lesão sofrida em março e o desempenho coletivo do Fluminense em 2024.
— O Fluminense passa por um momento instável coletivamente e isso tem afetado, dentre outros aspectos, a criação das jogadas. Consequentemente o ataque passou a receber menos a bola em situação de conclusão do que costumava receber. Nem sempre a jogada chega limpa, em triangulações pelo chão, como foi a característica do time campeão da Libertadores. Além disso, por causa do momento que testa a capacidade do conceito de jogo antes sólido do time, a confiança individual dos jogadores também é atingida. Assim como vemos mais erros na saída de bola aparecerem, o atacante perde mais gols. Mas vale dizer que a instabilidade é natural em qualquer trabalho, e a queda de rendimento individual também. Uma coisa está conectada com a outra, e Cano deve voltar a ser o goleador que conhecemos na medida que o time recuperar consistência — analisou Jéssica Cescon.
— Acredito que o rendimento abaixo da média de Germán Cano nessa temporada seja explicado por alguns fatores. O primeiro deles é de ordem física. Cano, que é um jogador com baixo histórico de lesões, sofreu com lesão no início da temporada. Sendo que a pré-temporada do Fluminense já foi abreviada e longe do ideal, por conta da disputa do Mundial e da Recopa Sul-Americana. Outro motivo é no aspecto coletivo. Até aqui na temporada, o Flu tem sido um time com maior dificuldade de sair da pressão e, principalmente, de criar grandes oportunidades, em comparação ao time do ano passado — disse Pedro Moreno.
Em março, Cano sofreu sua segunda lesão desde que chegou ao futebol brasileiro, em 2020. Com uma entorse no joelho direito, o atacante perdeu o jogo de volta da semifinal do Carioca, contra o Flamengo, e também a estreia tricolor na Libertadores, contra o Alianza Lima. Ele voltou aos gramados contra o Colo-Colo, em 9 de abril.
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No fim de abril, antes de jogo contra o Cerro Porteño no Paraguai, Cano disse que uma inflamação grande na região do joelho dificultou seu rendimento dentro de campo.
— Por último, destaco também a questão do posicionamento. Embora Cano seja um jogador muito voluntarioso sem a bola, sempre se entregando demais na marcação, no perde-pressiona, não foi raro vermos em diversos jogos o atacante tricolor baixando na linha dos volantes, pra ajudar no momento sem bola. É claro que, no modelo de jogo tão agressivo do Fluminense, é muito importante a entrega de todos na recomposição. Porém, deixar um finalizador nato tão distante do gol tem cobrado seu preço — finalizou Pedro Moreno.
A média de gols por partida é, até aqui, a pior do argentino no Fluminense. Com cinco gols em 19 partidas disputadas em 2024, Cano tem uma média de 0,26 gols por jogo. Em 2023, foram 40 gols em 61 partidas (0,65); já em 2022, foram 44 gols em 70 jogos disputados (0,62).
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Cano em Fluminense x Colo-Colo, pela Libertadores 2024
Buda Mendes/Getty Images
— Acho que a gente pode ver essa situação por dois lados. Primeiro, tem o lado do time. O Fluminense é um time que tem produzido muito menos. Então, automaticamente, por ser o centroavante, ele recebe menos bolas em condições de fazer gol. Mas também tem o lado dele. Não sei se tem sentido alguma questão física. Desde o ano passado, o Fluminense passou por uma maratona de ter que se reapresentar, entrar de férias depois de todo mundo, entrar em forma rapidamente para jogar a Recopa — opinou Rodrigo Coutinho, acrescentando:
— Ele também teve uma lesão no Carioca. Talvez isso tenha prejudicado esse início de preparação dele e tenha tirado a forma técnica, talvez tenha atrapalhado um pouquinho a parte mental também. Fato é que acho que não dá para ver isso (jejum) por um lado só.
Lelê, lesionado há quase dois meses, segue como um dos artilheiros do Fluminense em 2024. O jogador – que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito – tem seis gols, mesmo número de Arias, que igualou o companheiro com gol sobre o Sampaio Corrêa, na Copa do Brasil. Cano é o vice-líder no quesito, com cinco gols marcados.
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O camisa 14 balançou as redes em duas partidas do Carioca (Bangu e Sampaio Corrêa-RJ), uma da LIbertadores (Colo-Colo) e duas do Brasileiro (Bahia e Atlético-MG). São cinco jogos sem marcar, determinando assim o segundo maior jejum de Cano pelo Fluminense. De 13 de maio a 7 de junho de 2023, o argentino ficou sete jogos sem marcar pelo Tricolor, conforme levantamento do jornalista Davi Barros, do Espião Estatístico.
Cano também passou em branco em cinco partidas entre fevereiro e março deste ano. A maior sequência de partidas sem gols do argentino no Brasil ocorreu quando ele ainda defendia o Vasco, com dez jogos sem marcar entre 28 de julho e 6 de setembro de 2021.
O Fluminense volta a campo no dia 11 de junho para clássico contra o Botafogo, no estádio Nilton Santos. O Tricolor é o atual 15º colocado na tabela, com seis pontos conquistados em 21 possíveis.
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