Contra-ataques rápidos, pés trocados e mais arsenal: Diniz mira evolução tática no Fluminense

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Treinador explica opção por atuar com pontas e laterais com pés trocados e escolha por Martinelli ser zagueiro ao invés de André, como era em 2023 Quando perguntamos sobre “Dinizismo”, Fernando Diniz é enfático ao dizer: o Fluminense treinado por ele em 2024 é uma evolução daquele comandado inicialmente em 2019. De lá para cá, segundo o treinador, houve nítidas evoluções na parte tática. Mas, após ganhar a Conmebol Libertadores em 2023, para onde mais o seu estilo pode avançar? Ele responde e já pensa em novas alternativas para aumentar o seu arsenal.
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Contra-ataques, pés trocados, trocas na zaga: Diniz vê espaço para evolução tática no Fluminense
No último teaser antes da publicação completa da entrevista com Fernando Diniz para a TV Globo e o ge, que acontecerá neste sábado, antes do clássico entre Fluminense x Vasco, o treinador falou sobre essas possibilidades. Ele admite que, por ter uma equipe que gosta de construir com a bola no pé, a adaptação é mais difícil. Mas não fechou a porta para novos estilos.
— (O Fluminense) pode (evoluir taticamente), mas depende das características de quem está jogando. Por exemplo, infelizmente a gente perdeu o Lelê, mas ele dá mais profundidade. O Cano já não dá tanto. O Marquinhos é um ponta mais agudo, enquanto o Arias tende a ter a bola mais no é. Times que se propõe a construir mais jogo tendem a ter menos contra-ataques e mais construção. É assim no mundo todo. Nós temos que equilibrar. Podemos melhorar. Quando temos a chance de fazer um contra-ataque (mais rápido), temos que interpretar e fazer mais rápido a jogada. Temos que melhorar para colocar no nosso arsenal. Ser mais uma ferramenta. É uma coisa que podemos melhorar.
Diniz também respondeu um questionamento dos torcedores. Afinal, por que a preferência por ter pontas e laterais que jogam com pés trocados (por exemplo: um atleta que atua na direita, mas tenha preferência por chutar com o pé esquerdo, como o atacante Marquinhos em 2024). Ele cita os “detalhes do futebol” e o ganho de alguns milissegundos na conclusão das jogadas.
— Os jogadores de pé trocado ficam mais à vontade para jogar hoje em dia. Nos anos 1970, 1980, era o oposto. Hoje, as jogadas quase sempre terminam em cruzamentos. Para quem tem o pé trocado, pode terminar com o pé não dominante e ir para o fundo ou colocar para dentro e fazer o cruzamento de forma mais fácil com o pé bom. Se você tem o pé normal, o zagueiro já esperava que você vá para o fundo. O cruzamento entra mais rápido de pé trocado. É um detalhe que você tem um ganho adicional. O Arias, por exemplo, consegue jogar dois dois lados. Então, depende. Mas uma das coisas é para que os jogadores tenham conforto e os cruzamentos saiam com mais velocidade.
Fernando Diniz em entrevista exclusiva no CT Carlos Castilho
Marcello Neves/ge.globo
Por fim, o treinador respondeu outro questionamento das arquibancadas. Em 2023, era comum ver André ser recuado para a posição de zagueiro. Já em 2024, é Martinelli quem tem feito mais essa função. Segundo Diniz, a escolha pode varias durante os jogos por conta de alguns motivos.
— Objetivamente, depende muito do jogo. Pode ser que, em determinada partida, o André venha para a zaga. A leitura é para saber como o jogo está fluindo, como eles estão fluindo por ali. André é mais agressivo, é ver se tá tendo muito combate, mais choque no meio. É questão de percepção. De intuição. Pode ser que amanhã ou depois eu coloque o André e o Martinelli fique à frente. É leitura de jogo para saber como está o adversário.
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