Corinthians no “DNA”, dispensas pelo Palmeiras e projeto europeu: conheça Breno Bidon

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Meio-campista chegou ao Timão com 14 anos, tem avô que jogou no clube e está em processo para obter cidadania italiana, mas não pensa em ir para o exterior agora Corinthians se prepara para o segundo jogo da Sul-Americana
Quem acompanha as categorias de base do Corinthians ouve falar sobre Breno Bidon há algum tempo. Mas foi na Copa São Paulo de Juniores deste ano que o garoto ganhou os holofotes e se mostrou ao grande público.
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Eleito o craque do torneio conquistado pelo Timão, o meio-campista de 19 anos foi prontamente promovido ao elenco profissional e, semanas depois, assinou contrato de cinco anos.
Titular nas últimas três partidas, Breno Bidon está no Corinthians desde os 14 anos, mas a relação com o clube é bem mais antiga. Está no “DNA” da família. O avô do garoto, Cícero Andrade, jogou como goleiro na equipe amadora do Timão.
– Meu pai tem 72 anos e se emociona muito quando fala do Breno. Ele diz que veio para vingar todo mundo, para virar o atleta da família, pois todo mundo tentou e não conseguiu. Ele realizou o nosso sonho – conta Andreia Bidon, mãe do meio-campista, que foi jogadora de vôlei na juventude.
Avô de Breno Bidon jogou no departamento amador
Arquivo pessoal
Embora desde cedo mostrasse vocação pelo futebol, Breno Bidon lidou com muitas frustrações antes de realizar o sonho de ser jogador.
Criado na Freguesia do Ó, bairro da Zona Norte de São Paulo, ele passou por diversos clubes quando criança: Santa Marina, Carolina, Juventus, Portuguesa, Audax e Palmeiras. No rival corintiano ele foi dispensado três vezes, em diferentes fases da infância.
– O Breno sempre foi muito resiliente – conta Glaucio Bidon, pai do atleta.
– A primeira vez que ele foi dispensado do Palmeiras foi aos sete anos. Eu fui dar a notícia com muito cuidado, preocupação, e ele reagiu super tranquilo. “Mãe, tudo bem, não tem só Palmeiras, tem Flamengo, Corinthians, um monte de time aí” –relembra Andreia.
Breno Bidon com troféu na época em que jogava futsal
Arquivo pessoal
Apesar dos obstáculos, Bidon sempre teve o futebol como plano A, B e C para o futuro. Filho de uma dona de escola, ele mostrava muito mais desenvoltura nas aulas de Educação Física do que em qualquer outra disciplina.
– Uma vez a professora me chamou e falou que teria que mudar o Breno de lugar. A sala dele era em frente a quadra, e ele ficava olhando todo mundo que chegava ou saia de lá. Sempre foi apaixonado por esporte – conta a mãe.
– Até hoje ele anda chutando bola e tenta driblar a gente dentro de casa – completa.
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Breno Bidon e os pais ao assinar contrato com o Corinthians na base
Arquivo pessoal
Projeto de longo prazo
Antes mesmo de subir ao profissional do Corinthians Bidon já tinha o nome ligado a clubes da Europa. O assédio só aumentou desde então. No sábado, o jornal “AS”, da Espanha, noticiou que Bayern de Munique, da Alemanha, e “várias equipes inglesas” estão monitorando o atleta.
Porém, sair agora não é um desejo do atleta, da família ou do empresário Fernando Brito, da Dodici Sports BR, que gere a carreira de Bidon.
Breno Bidon no aquecimento antes de Racing-URU x Corinthians
Rodrigo Coca/Ag Corinthians
– O Breno é muito moderno, pode jogar em três posições do meio, até por isso acho que um dia ele irá para a Europa. Mas gostaria muito que ele desse títulos para o Corinthians e vingasse no futebol brasileiro primeiro – afirma o pai.
Descendente de italianos, Breno já iniciou o processo para obter a dupla cidadania e o passaporte Europeu, o que ajudaria a lhe abrir portas no Velho Continente. Nas próximas férias, ele viajará para a Itália para dar andamento no pedido.
Breno Bidon com a família em Roma, na Itália
Arquivo pessoal
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O Corinthians tem 90% dos direitos econômicos de Bidon, cuja multa rescisória para clubes do exterior é de 100 milhões de euros (cerca de R$ 549 milhões na cotação atual).
– Nós renovamos o contrato com o objetivo de criar raízes no Corinthians. Quem entra na história é quem é campeão, e o Breno quer vencer no clube. Lógico que há vontade de jogar na Europa, há uma expectativa até de disputar Copa do Mundo, mas nada disso acontece sem planejamento, e o Corinthians faz parte desse projeto – declara o agente.
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