Curinga no ataque, Rodrygo é quem mais jogou pela seleção brasileira neste ciclo de Copa

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Versátil, atacante ganha elogios do técnico Dorival Júnior, que projeta “salto na carreira” Pela esquerda, na direita, como armador e até de centroavante. Não teve posição do ataque da seleção brasileira pela qual Rodrygo não tenha passado neste ciclo de Copa do Mundo, iniciado no ano passado.
A versatilidade do jovem jogador, de 23 anos, fez com que ele se tornasse um curinga para os três técnicos que o Brasil teve desde a Copa do Mundo do Catar: Ramon Menezes, Fernando Diniz e Dorival Júnior.
Dorival sobre Rodrygo: “Dei liberdade pra que ele fosse tudo, menos um 9”
A habilidade de se adaptar a diferentes posições e funções tornou Rodrygo o atleta que mais defendeu a Seleção neste período. Foram 788 minutos em campo ao longo de nove das dez partidas disputadas pelo Brasil, todas como titular.
Ele só ficou fora do amistoso contra Senegal, em junho do ano passado, por lesão.
Nesta terça-feira, o atacante voltará a vestir a lendária camisa 10 da Seleção em amistoso contra a Espanha, às 17h30 (de Brasília). O duelo acontece em palco especial para Rodrygo: o Santiago Bernabéu, estádio do Real Madrid e casa dele desde 2019.
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Rodrygo em ação com a camisa 10 da seleção brasileira contra a Inglaterra
Rafael Ribeiro / CBF
Dorival não deu pistas sobre escalação, mas pode repetir a formação que iniciou o amistoso contra a Inglaterra no último sábado, com Rodrygo centralizado na frente. Porém, o técnico deixou claro que, apesar do posicionamento, não espera que o jovem desempenhe a função de um centroavante clássico.
– Em todas as equipes em que atuei tive um (camisa) 9 de origem, um 9 que marca presença, que não necessariamente seja um homem fixo, mas que seja presente na maioria das definições. Ao Rodrygo eu dei a liberdade para que ele fosse tudo menos um 9, era tudo que eu não queria que ele fosse, um 9. Acredito que ele tenha se sentido confortável nessa função, já que vem executando uma função muito próxima no Real, sua equipe. Não vi problemas ou dificuldades, tivemos um jogo de aproximação, com jogadores de ótimo nível por dentro, com trocas de passes com dinâmica, objetividade, jogadores atacando espaços, o que é importante para espaçar a linha adversária, tudo isso dentro de uma partida com pouco tempo de trabalho. Foi um aspecto positivo dentro de tudo o que vimos nessa primeira apresentação e que espero que se repita – declarou Dorival.
O comandante da Seleção ainda comentou o momento vivido por Rodrygo e projetou ainda mais sucesso para o atacante no futuro:
– Eu acredito que, em alguns momentos, é natural que um atleta não consiga sustentar aquilo que possui. Rodrygo tem muita capacidade, muitas qualidades. Não tenho dúvida que, quando encontrar regularidade, terá um crescimento ainda maior. É questão de tempo para que ele busque tudo isso. Ele não está distante de poder produzir numa sequência muito positiva, depende muito do atleta, isso varia de um para outro, mas eu não tenho receio em afirmar que o Rodrygo ainda tem muita coisa para apresentar ao seu clube, ao seu torcedor. É um jogador que daqui a pouco de repente pode dar um salto na sua carreira, momento este que outros atletas com a mesma idade talvez também tenham passado.
Na data Fifa anterior, em novembro de 2023, ainda sob o comando de Fernando Diniz, Rodrygo foi escalado como um armador, função que normalmente é de Neymar. Ainda com o antigo técnico, ele fez dois jogos como ponta direita e também atuou pelo lado oposto, na ausência de Vini Jr.
Embora tenha estreado ainda em 2019 pela Seleção, o atacante tem apenas 21 partidas e quatro gols com a amarelinha.
Neste ciclo de Copa, além de ser quem mais minutos disputou, Rodrygo é o artilheiro do Brasil (empatado com Marquinhos), com três gols marcados.
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