Da invencibilidade aos três jogos sem vencer: como São Paulo caiu de rendimento em pouco tempo

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Tricolor empatou com Internacional e Corinthians e perdeu para o Cuiabá. Antes da derrota de quarta-feira, a primeira da era Zubeldía, estava invicto havia 12 partidas Zubeldía errou nas alterações contra o Cuiabá? GE São Paulo analisa as opções
O São Paulo, na última quarta-feira, encerrou seu período de invencibilidade sob o comando do técnico Luis Zubeldía. Eram 12 partidas, desde a estreia dele, sem derrotas. Agora, porém, o copo está “meio vazio”.
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Até a derrota por 1 a 0 para o Cuiabá, num recorte recente, o São Paulo vinha de dois empates, mas nenhum resultado negativo. Depois do tropeço no Morumbis, o ponto de vista pode ser outro: o Tricolor não vence há três jogos.
A última vitória do São Paulo no Campeonato Brasileiro foi no início de junho, sobre o Cruzeiro, por 2 a 0, também em casa. Desde então, empatou com o Internacional e o Corinthians fora de casa e perdeu para o Cuiabá.
A fase é de atenção. Antes na cola dos líderes, o São Paulo agora tem 15 pontos e vê rivais como Botafogo, Flamengo e Palmeiras abrirem distância. Mas o que tem causado a queda de rendimento tricolor?
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Leonardo Hübbe/AGIF
O fator Copa América
No passado recente, o técnico Luis Zubeldía perdeu jogadores importantes para suas seleções. Ferraresi foi convocado pela Venezuela, Bobadilla pelo Paraguai e Rafael pela seleção brasileira. Os três vão disputar a Copa América e podem desfalcar o São Paulo até o fim do próximo mês.
Com a lesão de Pablo Maia, ainda longe de se recuperar, Bobadilla vinha sendo titular no meio de campo ao lado de Alisson. Zubeldía, então, teve de encontrar uma solução, que tem sido o experiente Luiz Gustavo.
A convocação que causou mais prejuízo ao São Paulo, porém, foi de Rafael. Titular absoluto e um dos pilares da equipe, o goleiro abriu espaço para Jandrei, que tem sido questionado mesmo em suas poucas atuações – em 2024, foram só sete.
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Dúvidas no meio
Um problema recente encontrado por Luis Zubeldía é como montar a parte ofensiva do meio de campo do São Paulo. Com a volta de Lucas, que estava lesionado, o Tricolor ganhou uma de suas melhores opções para o setor, mas gerou uma dúvida.
Ídolo tricolor, Lucas, principalmente nesta temporada, teve suas melhores apresentações atuando centralizado, na mesma posição em que Luciano vinha se destacando sob o comando de Zubeldía. Agora, porém, só tem uma vaga para os dois.
Lucas em treino do São Paulo
Rubens Chiri/saopaulofc
Para tentar encaixar suas melhores peças no time, o treinador tem escalado Lucas aberto pelo lado direito. O rendimento do camisa 7, porém, caiu. Na última quarta-feira, contra o Cuiabá, o atacante ficou no banco por causa do desgaste físico. Quando entrou, Luciano foi mantido no meio, e ele teve de atuar pelos lados. Mais uma vez, não deu certo.
Zubeldía, então, precisa resolver esse dilema para o jogo contra o Vasco, no sábado, às 21h30 (de Brasília), em São Januário. Colocar Luciano no banco? Deslocá-lo para os lados? Manter Lucas na direita?
E as peças de reposição?
Com um bom elenco no papel, o São Paulo tem encontrado dificuldade para suprir a ausência de quem precisa ser preservado ou para fazer substituições e manter o nível nas partidas. Com as saídas de Luiz Gustavo e Lucas diante do Cuiabá, para evitar lesões, Zubeldía escalou Galoppo e Michel Araújo, respectivamente.
Welington, Galoppo, Lucas, William Gomes e Diego Costa em treino do São Paulo
Erico Leonan/saopaulofc
O nível caiu muito. Com a dupla, o São Paulo perdeu poder de construção pelo meio, saída de bola e profundidade pela esquerda. Zubeldía precisa, então, encontrar melhores opções dentro do próprio elenco.
Na zaga, a saída de Alan Franco também surtiu efeito negativo. O defensor não entrou em campo contra o Corinthians, porque estava com dores musculares, e diante do Cuiabá, por estar suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e fez falta na construção de jogadas.
Ataque em baixa
Nos 10 primeiros jogos sob o comando de Zubeldía, até a vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, o São Paulo tinha feito gols em oito – não marcou apenas nos empates em 0 a 0 com Palmeiras e Barcelona de Guayaquil. Nos últimos três, porém, não balançou as redes uma vez sequer.
Sem muito tempo para pensar, o São Paulo entra em campo novamente no sábado em busca do copo meio cheio e do topo da tabela do Campeonato Brasileiro, agora um pouco mais distante.
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