De Beckham a Mbappé: relembre os craques que deixaram o PSG sem conquistar a Champions

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Catari Nasser Al-Khelaifi investe em nomes galácticos desde 2011 para transformar o time francês em um gigante europeu, ainda sem sucesso A estratégia não é muito diferente da que levou Chelsea e Manchester City, times com poucos títulos até o fim do século passado, a subir de patamar, começar a acumular conquistas em nível nacional até alcançar o objetivo máximo, a Champions League. Assim como os dois ingleses, o Paris Saint-Germain também se aliou a um poderoso investidor estrangeiro e abriu os cofres para trazer, ano após ano, alguns dos jogadores mais consagrados do mundo.
Trio com Mbappé, Messi e Neymar chamou a atenção, mas não conseguiu a Champions
Getty Images
Só que, mais de uma década após o empresário catari Nasser Al-Khelaifi assumir o comando do clube, só a primeira parte do plano deu certo até agora. De fato, o time que até 2011 tinha conquistado apenas duas vezes o Campeonato Francês já é o maior campeão do país, com 12 taças, além de 14 Copas da França, nove Copas da Liga e 12 Supercopas da França (todos também recordes nacionais).
Fora das fronteiras, porém, nem todo o investimento foi capaz de levar o PSG ao título da Champions. No fim do mês, Kylian Mbappé se despedirá do clube levando 14 (ou 15) títulos em sete anos e a mesma decepção de outros craques que chegaram com um objetivo claro: dar a Champions à torcida do PSG. Na sua última chance, o time caiu na semifinal diante do Borussia Dortmund. Três dias depois da eliminação, o camisa 7 confirmou que todos já sabiam: deixará Paris ao fim dessa temporada.
Mbappé anuncia saída do PSG no fim da temporada
Relembre alguns dos principais craques que passaram pelo PSG na última década:
David Beckham, inglês (2013)
Título: Campeonato Francês 2012/13
O astro inglês, que fez parte do Real Madrid galáctico do início do século, jogou apenas meia temporada no PSG, de fevereiro a maio de 2013. Chegou como reforço pontual para o mata-mata da Champions, mas o time francês caiu nas quartas de final, diante do Barcelona. Beckham deixou Paris com apenas 14 jogos disputados e nenhum gol marcado.
Beckham no PSG, em 2013
Reprodução/Instagram
Zlatan Ibrahimovic, sueco (2012-2016)
Títulos: 4 Campeonatos Franceses (2012/13, 2013/14, 2014/15 e 2015/16), 2 Copas da França (2014/15 e 2015/16), 3 Copas da Liga (2013/14, 2014/15 e 2015/16) e 3 Supercopas da França (2013, 2014 e 2015)
Com sua conhecida autoconfiança, Ibrahimovic logo conquistou a torcida parisiense. Claro que, para isso, os gols também ajudaram bastante. E não foram poucos: o atacante sueco deixou o PSG como o maior artilheiro do clube, com 156 gols. Hoje, ainda é o terceiro maior goleador da equipe.
Edinson Cavani, uruguaio (2013-2020)
Títulos: 6 Campeonatos Franceses (2013/14, 2014/15, 2015/16, 2017/18, 2018/19 e 2019/20), 5 Copas da França (2014/15, 2015/16, 2016/17, 2017/18 e 2019/20), 6 Copas da Liga (2013/14, 2014/15, 2015/16, 2016/17, 2017/18 e 2019/20) e 4 Supercopas da França (2014, 2015, 2017 e 2019)
Muito menos badalado do que outros craques contratados na Era Khelaifi, Cavani jogou por sete anos no PSG, chegou a ser o maior artilheiro do clube (saiu com 200 gols) e, além dos 21 títulos conquistados, fez parte do time que chegou mais perto da Champions, com o vice-campeonato da temporada 2019/20.
Ángel di María, argentino (2015-2020)
Títulos: 5 Campeonatos Franceses (2015/16, 2017/18, 2018/19, 2019/20 e 2021/22), 5 Copas da França (2015/16, 2016/17, 2017/18, 2019/20 e 2020/21), 4 Copas da Liga (2015/16, 2016/17, 2017/18 e 2019/20) e 5 Supercopas da França (2016, 2017, 2018, 2019 e 2020)
O craque argentino também foi vice-campeão da Champions há quatro anos, como um dos destaques de um time que contava com os brasileiros Thiago Silva, Marquinhos e Neymar, além do francês Kylian Mbappé. Um dos maiores vencedores da história do PSG, Di María é o nono maior artilheiro do clube, com 92 gols.
Neymar, brasileiro (2017-2023)
Títulos: 5 Campeonatos Franceses (2017/18, 2018/19, 2019/20, 2021/22 e 2022/23), 3 Copas da França (2017/18, 2019/20 e 2020/21), 2 Copas da Liga (2017/18 e 2019/20) e 3 Supercopas da França (2018, 2020 e 2022)
A passagem de Neymar pelo PSG foi estrondosa do início ao fim. A começar pela ousadia do clube francês em tirá-lo de um estrelado e então vitorioso Barcelona, em 2017, por estratosféricos 222 milhões de euros, até hoje a maior transação da história do futebol. Em campo, Neymar colecionou gols e polêmicas. Maior esperança de conquistar a Champions, acabou ficando fora de importantes jogos de mata-mata em quatro temporadas (2017/18, 2018/19, 2020/21 e 2022/23), por causa de lesões. Quando conseguiu jogar a fase decisiva da Champions, quase alcançou a glória sonhada, mas o PSG parou no Bayern de Munique na final de 2019/20, em Lisboa. Neymar deixou o PSG rumo ao Al-Hilal, da Arábia Saudita, em 2023, como o quarto maior artilheiro do PSG, com 118 gols.
Neymar sofreu com lesões durante sua passagem pelo PSG
AFP
Lionel Messi, argentino (2021-2023)
Títulos: 2 Campeonatos Franceses (2021/22 e 2022/23) e 1 Supercopa da França (2022)
Agora vai, pensou o torcedor do PSG em 2021. Afinal, o time tinha contratado Lionel Messi para se juntar a Neymar e Mbappé no ataque. Mas nem o super craque argentino foi capaz de levar o clube francês ao título europeu. Messi deixou Paris após duas temporadas com números discretos para o seu padrão: 32 gols em 75 jogos e apenas três títulos conquistados.
Messi: dois títulos franceses pelo PSG
Christophe Petit Tesson/EFE
Kylian Mbappé, francês (2017-2023)
Títulos: 6 Campeonatos Franceses (2017/18, 2018/19, 2019/20, 2021/22, 2022/23 e 2023/24), 3 (ou 4) Copas da França (2017/18, 2019/20 e 2020/21, com uma final a disputar em 2023/24), 2 Copas da Liga (2017/18 e 2019/20) e 3 Supercopas da França (2018, 2020 e 2023)
Menino prodígio do futebol francês, Kylian Mbappé conseguiu seu passaporte para o PSG ao liderar, aos 18 anos, o Monaco na conquista do Campeonato Francês de 2016/17, encerrando uma sequência de quatro conquistas do time de Paris. No gigante da capital, Mbappé amadureceu como jogador, se consolidou como craque também na seleção e se mostrou preparado para voos mais altos do que o time conseguiu alçar até hoje. Sairá do PSG como o seu maior artilheiro, com 255 gols até o momento, com quatro jogos a disputar até a despedida.
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