De Neymar e Coutinho, Dorival se baseia em experiência com jovens para blindar Endrick na Seleção

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Técnico tem histórico de trabalho com atletas em início de carreira e prega cuidados com atacante de 17 anos, que será reserva mais uma vez apesar de ter marcados nos últimos três jogos do Brasil Confira a coletiva de Dorival Junior, técnico da Seleção Brasileira
Ao longo de 22 anos de carreira, Dorival Júnior se notabilizou por ser um técnico afeito a trabalhar com jovens jogadores. Além de ajudar a promover e lapidar joias pelos clubes que passou, ele teve a oportunidade de comandar garotos que, anos depois, viriam a ocupar a primeira prateleira do futebol mundial.
Os casos mais emblemáticos são os de Neymar e Phillipe Coutinho, treinados por Dorival Júnior quando estavam iniciando as carreiras por Santos e Vasco, respectivamente. No currículo do técnico, porém, há muito mais nomes, como Ramires, Gabigol, Filipe Luís, Bernard, entre outros.
É nessa bagagem que Dorival se respalda para blindar Endrick da euforia da torcida e da mídia e pregar cautela e paciência na utilização do prodígio na seleção brasileira:
– Vocês acompanham minha carreira há algum tempo. Eu sempre usei demais as categorias de base, sempre valorizei demais, e sempre tive muito cuidado – relembrou o treinador, ao explicar por que o atacante de 17 anos ainda não terá chance como titular da Seleção.
Embora tenha balançado as redes nas últimas três partidas do Brasil, Endrick vai iniciar o amistoso contra os Estados Unidos, nesta quarta-feira, no banco de reservas.
O duelo acontece às 20h (de Brasília), no estádio Camping World, em Orlando, na Flórida, e terá transmissão ao vido da Globo, do sportv e do ge.
Dorival Júnior, técnico da Seleção, em treino em Orlando
Rafael Ribeiro / CBF
Dorival e sua comissão entendem que é preciso tomar cuidado para não queimar etapas com Endrick, que só irá atingir a maioridade em 21 de julho, uma semana após final a Copa América.
Apenas em sua terceira convocação, o atacante vem ganhando espaço gradualmente. Primeiro, com Fernando Diniz, atuou por 14 minutos contra a Colômbia, em novembro do ano passado. Depois, contra a Argentina, ficou 25 em campo, mesmo período que atuou contra a Inglaterra, em março, já sob o comando de Dorival. Na sequência, disputou todo o segundo tempo do amistoso contra a Espanha e ganhou mais 38 minutos no duelo contra o México, no último sábado.
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Na visão de Dorival, uma condução errada em relação a Endrick neste momento poderia gerar um sério prejuízo ao garoto e à equipe.
– Ele pode ser muito útil para a Seleção desde que tenhamos paciência. Não é só colocar lá e deixar que resolva a situação. Está finalizando uma formação e precisa de tempo e paciência. Lógico que sai das qualidades e capacidades – comentou o técnico.
Neste processo, o Dorival conta com o suporte de seus auxiliares e também da psicóloga da Seleção, Marisa Santiago, que vem mantendo conversas frequentes com o atacante. Jogadores mais experientes do grupo, como o lateral Danilo, também procuram orientar o atleta de 17 anos.
Endrick não é o único jovem convocado para amistosos e a Copa América nos Estados Unidos. O grupo ainda tem Yan Couto, que fez 22 anos na semana passada, além de Savinho e Beraldo, de 20 – o zagueiro, inclusive, se consolidou no São Paulo sob o comando de Dorival.
A média de idade do grupo da Seleção é de 25 anos.
Respaldado por seu histórico, Dorival sabe que não há uma única receita para desenvolver jovens talentos, mas entende que um ingrediente é essencial: tempo.
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