Decisivo na estreia em 2017, Roger vê Botafogo mais forte na Libertadores: “Diferença gritante”

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Com golaço contra Estudiantes, ex-atacante diz que vagas na Pré dão gás extra para fase de grupos, exalta grupo de operários de 2017 e afirma: “Botafogo está no meu coração” Roger foi decisivo na última estreia alvinegra na fase de grupos da Libertadores
André Durão
Mais de sete anos depois, o Botafogo estreia em uma fase de grupos da Copa Conmebol Libertadores. A equipe encara o Júnior Barranquilla, nesta quarta, às 19h, no Nilton Santos, pela primeira rodada do Grupo D. Quem viveu a adrenalina desse momento em 2017 e daria tudo para estar em campo hoje é Roger.
Autor de um golaço de bicicleta, que abriu o caminho da vitória por 2 a 1 diante do Estudiantes no torneio há sete edições, o ex-centroavante conversou com o ge sobre o grupo de “operários” daquela temporada, as sensações vividas naquela Libertadores e revelou o amor e a torcida pelo Glorioso, que para ele é um dos grandes favoritos ao título em 2024.
“Foi um privilégio poder defender a camisa do Botafogo, um dos maiores privilégios que eu tive na minha carreira. O Botafogo está no meu coração””
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Golaço, festa e início de uma grande campanha
Em 2017, o Botafogo de Roger começou a fase de grupos da Conmebol Libertadores diante de um gigante Sul-Americano. O time teve pela frente o Estudiantes, time argentino quatro vezes campeão do torneio.
O atacante teve a oportunidade de abrir o caminho da vitória por 2 a 1 — o segundo gol foi de Rodrigo Pimpão — e em grande estilo. Após tentativa de finalização de Bruno Silva, Roger emendou uma bicicleta para explodir o Nilton Santos.
O ex-camisa 9, que atualmente é técnico multicampeão pelo Athletic, equipe do interior mineiro que vai jogar a Série C em 2024, lembra com carinho daquele dia 14 de março de 2017.
Botafogo vence o Estudiantes na estreia da fase de grupos da Libertadores
— Uma estreia especial, né? Me lembro como se fosse hoje, o Nilton Santos lotado, aquela ansiedade, já que a gente tinha vencido grandes campeões aí nas fases preliminares. Tive a bênção de Deus de um bonito gol, de bicicleta. Me lembro com muita alegria.
“Vou postar esse gol hoje para lembrar dessa memória de um dia tão especial para mim. Foi um gol que realmente abriu caminho para a classificação e continuar o bom momento que nós estávamos na Libertadores. Realmente foi uma competição marcante para nós. Talvez nós merecíamos uma melhor sorte”, disse ele, ao se referir à eliminação para o Grêmio, campeão da Liberta, nas quartas de final.
Embalo de Pré-Libertadores é ponto positivo
Assim como em 2024, quando o time eliminou Aurora e RB Bragantino, o Botafogo precisou passar pelas fases preliminares do torneio continental sete anos atrás. Na oportunidade, os adversários eram mais tradicionais no torneio continental: o Glorioso eliminou Colo-Colo e Olímpia, ambos campeões da América.
Segundo Roger, pelas diferença de características dos adversários e dos elencos, a fase preliminar foi mais importante para a equipe de 2017.
“Acho que fez toda a diferença para o grupo de 2017 nós fazemos esses jogos contra grandes equipes, tradicionais, equipes campeãs de Libertadores. Acho que fez toda a diferença para a gente chegar muito forte na fase de grupos”.
Roger exalta “alma” do grupo de 2017
AFP
— Claro que o ideal seria não passar por isso, o ideal seria entrar na fase de grupos direto para você ter tranquilidade, principalmente nos investimentos, nas contratações. Só que para aquele grupo específico eu acho que fez toda a diferença para que chegássemos àquelas quartas de finais, que nós fizéssemos uma Libertadores tão dura, tão forte. Foi essencial passar por essas fases duras e vencê-las. Deu confiança para o nosso torcedor também, para nós atletas. Mas foi importante para esse grupo também de 2024. Não é fácil tirar o RB Bragantino, uma equipe que faz grande investimento. Tenho certeza que o Botafogo entra forte assim como entramos em 2017.
“Diferença gritante” entre os elencos
Lindoso, Camilo, Pimpão e Roger de um lado. Tchê Tchê, Eduardo, Luiz Henrique e Tiquinho Soares do outro. A equipe da temporada 2017, comandada por Jair Ventura, levou o Alvinegro até as quartas de final da Libertadores, fase em que foi derrotado pelo Grêmio em confronto equilibrado.
Não se sabe até onde o Botafogo de 2024, comandado por Fábio Matias e Artur Jorge, vai chegar no torneio, mas ele crava que o time atual é bem superior.
— Há uma grande diferença entre os projetos. Esta questão da SAF mudou muito a cara do Botafogo. Éramos uma equipe de operários, de jogadores que já tiveram sucesso em alguma hora da carreira e calhou de estarmos juntos naquela formatação de elenco. O Jair Ventura foi muito feliz naquele momento, foi atrás de caras guerreiros que estavam com fome.
Roger considera Botafogo de 2024 mais forte do que o de 2017
Vitor Silva/Botafogo
“Mas há uma diferença gritante. Hoje o Botafogo tem uma das grandes forças do Brasil, com investimentos enormes, absurdos. O time de 2024 é mais vistoso que o de 2017. Mas o nosso grupo de 2017 tinha alma, espírito e um líder (Jair Ventura) que tinha o grupo na mão. Porém, o Botafogo de hoje é muito forte no Brasil e na América do Sul. É uma equipe que vai entrar para vencer e é uma das favoritas na Libertadores”.
Dor, torcida e amor alvinegros
Roger Silva se diz um pouco botafoguense por aquilo que viveu na equipe em 2017, quando marcou 17 gols pelo Glorioso. E ele viveu não só os momentos de alegria, mas também as tristezas, como a eliminação na Libertadores de 2017 e a perda do título do Brasileirão em 2023.
Apesar do que aconteceu na última temporada, Roger se diz confiante na equipe e projeta coisas boas neste ano, em que espera que a torcida alvinegra solte o grito de “É campeão” da garganta.
— Assisti (ao Botafogo) ano passado e sofri muito. Não acreditei no que estava acontecendo. O torcedor merecia aquele título. Ser campeão do Brasileiro iria mudar o patamar da equipe. Mas o melhor ainda está por vir. Vou torcer muito para que esta equipe possa levantar um título tão especial para este torcedor que merece — finalizou.
Com passagens por Internacional, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Fluminense, Ponte Preta e outros clubes, Roger atualmente é técnico de futebol. Ele comando o Athletic, onde foi duas vezes campeão do Mineiro do Interior (2022 e 2023). Recopa Mineira (2023) e Troféu Inconfidência (2024).
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