Dirigentes do futebol brasileiro pensam apenas no negócio

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Decisão sobre a continuidade do Campeonato Brasileiro mostra a face mais insensível do nosso futebol Não espero sensibilidade e empatia por parte da CBF na administração dos problemas enfrentados pelos clubes gaúchos por causa da tragédia humanitária que atravessa o estado do Rio Grande do Sul. A principal entidade do futebol brasileiro visa o negócio em primeiro lugar, o negócio em segundo lugar e depois olha o negócio antes de tomar alguma decisão.
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF
Marcelo Braga
+ Futebol brasileiro vive crise de credibilidade
Ao cancelar os jogos dos clubes gaúchos pelos próximos 20 dias, medida absolutamente necessária, mas paliativa, a CBF atendeu aos grandes clubes que não queriam a paralisação do campeonato. Na frente das câmeras, os dirigentes do futebol brasileiro falam em solidariedade e compaixão, mas por debaixo dos panos pensam individualmente, e nunca no sentido coletivo. É sempre assim, em qualquer assunto relacionado ao futebol.
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Renan Mattos/Agência RBS
Todos nós esperamos e torcemos para que a situação no Rio Grande do Sul melhore nos próximos dias, mas talvez o cenário, principalmente para Grêmio e Internacional, ainda não esteja completamente apto para o retorno das atividades dentro de 20 dias. E o que a CBF vai fazer? Obrigar aos clubes gaúchos jogarem em outro estado? Adiar por mais tempo os jogos dos clubes gaúchos?
A decisão não é fácil e nem simples, mas nesses momentos a gente percebe a falta de autoridade e de comando da CBF na administração do futebol brasileiro. Não é sobre jogos ou calendário, mas sobre a dor de muitas famílias e sobre o que é realmente importante na vida. Uma tragédia sem precedentes acontecendo no Rio Grande do Sul e o futebol brasileiro pensando apenas no seu interesse e no seu umbigo.

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