Eduardo Baptista conta bastidores com Rômulo e revive passagem no Palmeiras: “É ebulição ali dentro”

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Técnico com passagem pelo Verdão em 2017 agora tenta levar o Novorizontino à final do Campeonato Paulista, junto do reforço já anunciado pelo rival para a sequência do ano Eduardo Baptista deixa polêmicas no passado e quer volta por cima
Semifinalista do Paulistão com o Novorizontino, Eduardo Baptista conhece bem o Palmeiras, seu rival de quinta-feira, às 21h35 (de Brasília), no Allianz Parque.
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Além de já ter enfrentado o rival na estreia do Estadual, Eduardo comandou o Verdão no início de 2017. Foram 23 jogos até sua demissão em maio (14 vitórias, quatro empates e cinco derrotas). Ele diz que hoje é um treinador bem mudado em comparação ao daquela época.
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Eduardo Baptista comemora a classificação do Novorizontino à semifinal do Paulistão
Gustavo Ribeiro/Novorizontino
– Já passou algum tempo, o Eduardo de hoje é bastante diferente. Mas vivi grandes momentos, saí do Palmeiras com 66% de aproveitamento, tive vitórias, momentos importantes, como na Libertadores – recordou.
Durante a passagem, o Verdão teve algumas vitórias eletrizantes, como as duas contra o Peñarol. O jogo no Uruguai, inclusive, contou com um dos episódios mais marcantes de sua passagem, na entrevista em que elevou o tom de voz e falou a frase “fala a fonte”.
O caso hoje é tratado de maneira bem humorada por torcedores, mas Eduardo Baptista quer deixar isto para trás em uma semana importante para ele e Novorizontino. Ao refletir sobre seu trabalho no agora rival, o treinador citou que o Palmeiras é um clube com muita cobrança.
Veja a íntegra da coletiva de Eduardo Baptista após a partida contra o Peñarol
– O Palmeiras é um time de torcida apaixonada, o Abel está lá e ganha dois títulos por ano. No Palmeiras você precisa ganhar, com uma torcida imensa, que cobra bastante e tem que ganhar, ser campeão. É uma ebulição ali dentro. Se você ganha, bem. Se não ganha título, as coisas não andam – resumiu.
Com a semifinal em jogo único e no Allianz Parque, o técnico do Novorizontino não esconde o favoritismo do rival. Mas carrega esperanças de chegar à decisão do Paulista por aquilo que sua equipe já demonstrou.
Eduardo Baptista no comando do Palmeiras em 2017
Marcos Ribolli
– A gente tem ciência da força do Palmeiras, um time acostumado com decisões, em um trabalho de três anos. O favorito é o Palmeiras, vai jogar no seu estádio, mas nós no Novorizontino, não só pelo que apresentamos, vamos acreditando. Vamos dar o sangue lá, suar bastante. Não posso prometer que vamos passar, acho que nem o Abel faria isso. Mas vamos lá com a cabeça erguida por tudo que já trilhamos até aqui – declarou.
– O Palmeiras muito forte, decisivo, a gente acompanha o Palmeiras de um tempo. Ano passado é prova disso, quando começa reta final são muito focados, muito físicos. Temos de estar preparados para estes duelos. É jogo de duelos. Antes da parte tática, entram os duelos, talvez seja a principal característica do Palmeiras hoje, de brigar, intensidade – completou.
Bastidores da venda de Rômulo
Um dos grandes nomes do Novorizontino já está negociado com o Palmeiras. Rômulo acertou com seu próximo rival até o fim de 2028 e irá se apresentar na Academia de Futebol após o Paulista.
Com 70 jogos à frente da equipe do interior paulista, Eduardo Baptista conhece bem o meia e contou bastidores do momento em que a negociação com o Verdão esquentou, ainda durante a fase de grupos do Estadual.
Veja lances e gols de Rômulo, reforço do Palmeiras, contra rivais do Verdão
– O Rômulo é um atleta muito maduro, foi protagonista no acesso da A2 para a A1, e na reta final da Série B participa quase que 100% dos nossos gols. A gente conversava, se ele continuasse com a regularidade no Paulista, com uma visibilidade maior, coisas grandes iriam chegar e chegaram – avaliou.
– Quando teve o acerto com o Palmeiras, tive uma conversa bem franca antes do jogo contra o Corinthians. Falei: “aqui a gente tem um propósito, eu preciso de você, mas deixo bem à vontade, sei que não é fácil, você é jovem, a rede social aumenta”. Eu entendi o momento e o deixei à vontade para talvez seguir o caminho se a cabeça não estivesse aqui. E sem surpresa, ele disse que ia com o Novorizontino até o fim. E a partir da conversa, as coisas vão para um nível ainda mais alto.
Rômulo é anunciado pelo Palmeiras
Divulgação
Ao avaliar o que o seu camisa 10 faz em campo, Eduardo Baptista define Rômulo como um jogador moderno. Embora seja um meia de origem, é capaz de jogar em diferentes funções.
– Volante, meia, atacante de lado, ele é tudo isso em um só – afirmou.
– É um meia, se você perguntar a posição real. Mas além de todas as características de meia, ele pode criar por fora, pode ser um camisa 8, assim jogou muitas vezes na A2 e Série B. E talvez a mudança de posição, o entendimento foi tão grande, ele começa a entender um pouco melhor o que é ser meia. Ele entende como meia que precisa fechar espaços – prosseguiu o técnico.
– Foi um processo juntos, com a comissão técnica, Rômulo, jogadores. E ele foi entregando tudo isso e foi se formando o jogador que é hoje. Muito por causa desse multiposicionamento o Palmeiras vem, o Veiga joga como meia, volante, hoje pelo lado, o Zé Rafael a mesma coisa – completou.
Com Rômulo, Palmeiras passará por situação semelhante a de 2000
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