Envolvente no 1º tempo, Bahia controla o Grêmio e dorme no G4

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Esquadrão teve ainda as melhores chances para construir um placar maior em contragolpes na 2ª etapa Fazer um bom início de Brasileirão era determinante para que as cobranças da torcida diminuissem o tom após o vice-campeonato baiano para o Vitória. Fazer sete pontos em 12 possíveis não parece ruim, e o Bahia chegou a esse aproveitamento com uma boa atuação no triunfo por 1×0 contra o Grêmio. Foi o melhor rendimento da equipe nos quatro jogos disputados até aqui na competição.
Já o Grêmio, depois de três boas partidas – duas pelo Brasileirão e uma pela Libertadores – voltou a ter uma queda de rendimento. Muito em virtude de uma escalação diferente da usualmente utilizada. A equipe melhorou um pouco com as mexidas no intervalo e a entrada de jogadores mais criativos, mas não o suficiente para merecer o empate.
Escalações
Rogério Ceni teve o desfalque do zagueiro Cuesta. Kanu voltou a ganhar chance na zaga. Desta vez ao lado de Gabriel Xavier. Everaldo recuperou espaço na equipe titular. Ademir foi sacado. O camisa 9 fez a mesma função que realizou nos jogos do Campeonato Baiano e na 1ª fase da Copa do Nordeste. No momento defensivo, recompunha pela direita. Em fase ofensiva, centralizava no ataque.
Já Renato Gaúcho promoveu as estreias de Rafael Cabral e Edenílson, reforços recém-contratados. Marchesín não ficou disponível. Pedro Geromel, Pepê e Pavón foram desfalques. Rodrigo Ely entrou na zaga. Diego Costa voltou ao ataque. Dodi e Du Queiroz compuseram um meio mais físico ao lado de Villasanti, e Edenilson atuou pelo lado direito, à frente de João Pedro. Fábio foi o outro lateral.
Como Bahia x Grêmio iniciaram o duelo válido pela 4ª rodada do Brasileirão 2024
Rodrigo Coutinho
O jogo
A escalação do Grêmio já indicava algo mais preocupado em preencher os espaços defensivos, e isso se confirmou assim que a bola rolou na Fonte Nova. Postado no próprio campo, o Tricolor viu o Bahia passar mais tempo com a pelota nos pés e se instalar no ataque. Portaluppi certamente não previu, porém, a quantidade de problemas que sua equipe teria para neutralizar o Esquadrão.
Everaldo e Thaciano tinham a incumbência de recompor pelos lados quando o Bahia era atacado, mas com a bola entravam em diagonal na direção da área. Buscavam se posicionar quase que o tempo todo entre o lateral e o zagueiro no setor em que ocupavam. Everaldo entre Kannemann e Fábio. Thaciano entre Rodrigo Ely e João Pedro.
É verdade que Thaciano em alguns momentos abria para o flanco esquerdo, mas só fazia isso quando Jean Lucas não estava dando amplitude ao time neste setor. Por dentro, Caio Alexandre, Everton Ribeiro e Cauly se aproximavam na intermediária. Contavam com Everaldo e Thaciano como alvos espetados na última linha de defesa do Grêmio, Arias e Jean Lucas mais abertos.
Luciano Juba também oferecia alguns apoios como um ”quarto meio-campista” mais recuado, gerando momentos de superioridade numérica pelo meio. O Grêmio se perdeu neste cenário. Totalmente confuso com os movimentos baianos, ofereceu espaços generosos pelo centro do campo, linhas de passe perigosas a um adversário tão técnico.
Luciano Juba em partida entre Bahia e Grêmio
Tiago Caldas / EC Bahia
O imenso domínio dos donos da casa se converteu em vantagem no placar com o belo gol de Everaldo, aproveitando assistência do participativo Everton Ribeiro. Com a desvantagem gremista, a posse de bola se equilibrou e foi possível ver o Imortal com trocas de passe mais duradouras no campo rival.
A diferença esteve na contundência em relação ao adversário, e também na correção defensiva mostrada pelo time anfitrião. Mais compacto, resguardando posições em uma marcação por zona, e extremamente firme e atento nos combates. Gabriel Xavier se destacou. Mesmo com Villasanti se desdobrando, o Grêmio não criou nada. Teve Dodi, Du Queiroz e Edenílson contribuindo pouco.
De quebra os gaúchos ainda ofereceram alguns contragolpes ao Bahia, que chegou perto de ampliar nos últimos minutos da 1ª etapa. Renato mexeu durante o intervalo. Tirou Edenílson e Soteldo para dar velocidade e jovialidade com Gustavo Nunes e Nathan Fernandes, destaques da vitória fora de casa diante do Estudiantes. Cristaldo também entrou no lugar de Du Queiroz. O time passou ao 4-2-3-1.
Everaldo celebra gol marcado pelo Bahia contra o Grêmio
Tiago Caldas / EC Bahia
Mesmo com menos homens aptos a marcar, o Grêmio se tornou mais competitivo. Gustavo Nunes e Nathan Fernandes aumentaram a intensidade das pressões na saída de bola e o jogo esquentou com uma interessante troca de rápidas transições. O Bahia, no entanto, permanecia tentando controlar com a posse. Não era tão produtivo como no 1º tempo, mas encaixava boas trocas de passe.
Rogério tentou aumentar a agressividade do seu ataque com Biel. Everton Ribeiro saiu e Thaciano foi para a meia-direita. Depois deu lugar a Carlos de Pena. Rafael Ratão na vaga de Everaldo, e Ademir na de Cauly, foram novos movimentos no sentido de acelerar em cima da desgastada última linha de defesa gremista. Rezende substituiu Caio Alexandre para fortalecer a defesa nos últimos minutos.
O Grêmio terminou o jogo improdutivo e nervoso. Diego Costa foi expulso ao ofender o quarto árbitro e Renato Portaluppi ordenou que seus jogadores abandonassem o banco de reservas antes do apito afinal. Algo totalmente desproporcional com o que ocorria em campo e que certamente desviará a atenção da análise do jogo feito pela equipe.

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