Ex-Flamengo, gerente do Bragantino vê semelhanças no estilo de jogo: “Buscam o gol o tempo todo”

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Lateral-esquerdo do Rubro-Negro entre 1993 e 2000 e coordenador da base entre 2014 e 2019, Léo Inácio atua como gerente de futebol do sub-23 do Massa Bruta Flamengo e Bragantino têm protagonizado negociações recentemente, o que gera muitos reencontros a cada duelo. Neste sábado, às 18h30, no Estádio Nabi Abi Chedid, o jogo válido pela quinta rodada do Brasileiro terá uma pitada de nostalgia para um funcionário do Braga que atua fora das quatro linhas: Léo Inácio, gerente de futebol da categoria sub-23, será adversário do clube que o formou como jogador e dirigente.
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Léo Inácio foi lateral-esquerdo do Flamengo entre 1993 e 2000. Como dirigente, foi coordenador da base entre 2014 e 2019. Em seus últimos meses de Ninho do Urubu, ainda atuou na coordenação da transição de pratas da casa para o profissional.
– Pensar um pouco da minha época de base, logicamente as coisas hoje são muito diferentes. Então, questão de campo de treinamento a gente não tinha. Tinha que sair (para treinar fora do clube), as coisas evoluíram bastante. O Flamengo e o Red Bull (Bragantino) estão investindo bastante em estrutura, em melhorias para os atletas.
– É fundamental você ter um CT com tecnologia bem equipado, com vários benefícios para o atleta. Isso influencia muito no rendimento, e aí a gente já vê o Flamengo há bastante tempo com um CT novo, e a questão do resultado e da performance dos atletas. Agora a gente, com esse CT novo que acabou de ficar pronto, a evolução, o desenvolvimento dos atletas, a performance de todos os atletas vai ser bem bacana.
O novo CT do Bragantino, inaugurado no fim do ano passado e localizado em Atibaia, no interior de São Paulo, é inspirado nas estruturas de outros integrantes do grupo Red Bull, como Leipzig (Alemanha), Salzburg (Áustria), e New York (EUA). O elenco profissional passou a treinar por lá a partir de 22 de março.
Léo Inácio com Romário na concentração do Flamengo na época em que atuaram juntos
Marcelo Régua/Agência O Dia
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Se Flamengo e Bragantino estão próximos em termos de modernidade e estrutura oferecida aos atletas, Léo Inácio acredita que os times também têm estilos parecidos dentro das quatro linhas.
– A metodologia em termos de modelo de jogo o Red Bull tem o seu, o Flamengo tem o dele, mas acho que ambos são bem parecidos no jogo de parte técnica. Um jogo agressivo, buscando o gol o tempo todo. Eu tive a felicidade de não só jogar no Flamengo, mas depois trabalhar como coordenador nas categorias de base durante cinco anos e meio. E hoje vou completando quatro anos e meio aqui no Red Bull Bragantino. Então são clubes bem parecidos. O Red Bull evoluindo, buscando seu espaço em termos esportivos e termos competitivos, e o Flamengo numa sequência de vitórias e conquistas muito bacana. E para o tamanho do clube isso é muito importante.
Por enxergar dois times muito fortes no aspecto técnico, Léo Inácio aposta num grande entre Bragantino e Flamengo.
– Penso que vai ser um jogo muito bom, duas equipes muito boas, precisa nem falar da qualidade e do nível do Flamengo. Capacidade técnica muito grande. Enfim, questão de modelo de jogo é bem parecido nas duas equipes. A gente com uma equipe mais jovem, mas sempre buscando gols, sendo agressivo, que é nossa filosofia, nossa mentalidade, nosso modelo. Mas também com muita técnica. O Flamengo com jogadores mais experientes, mais rodados, mas de uma capacidade técnica absurda. Penso que vai ser um jogo de grande qualidade técnica, de bastante intensidade. Espero que vença o melhor e que sejamos nós.
Léo Inácio, Flamengo
Divulgação / Flamengo
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Estruturas semelhantes na captação de atletas, porém diferentes no tipo de contratação
– São bem parecidos, são departamentos de scout que têm a parte técnica excelente dos clubes, na busca e na prospecção dos atletas. A gente tem uma linha de buscar os atletas mais jovens. Foram os casos do Natan, do Matheus Gonçalves, que vieram aqui com capacidade técnica excelente, nível muito bom. E acabam no Flamengo às vezes não tendo muito espaço pela concorrência, pelo nível dos atletas que chegam lá também, que são contratados. Então a gente tem essa questão de buscar os mais jovens, e o Flamengo na formação também tem um trabalho de excelência.
– Então a gente vai pela nossa linha, pela nossa filosofia buscar os atletas mais jovens, e no Flamengo na questão técnica vem aqui e acaba pegando o Fabrício Bruno, contratando o Léo Ortiz, jogadores de uma qualidade excepcional, que tiveram aqui uma performance muito boa. Mas mais experientes num nível de jogo e mais rodagem. Com nível de competições que eles têm, a diferença é nisso. De a gente buscar atletas mais jovens, e eles pegaram nossos atletas com a capacidade técnica, o estilo de jogo é bem parecido, e eles com mais rodagem, mais experiente para o plantel deles.
Diferenças entre os modelos de gestão de Flamengo e Bragantino
– Acho que não tem certo ou errado, melhor ou pior. São modelos de gestões que cada um sabe o que é melhor. No modelo empresarial você tem uma estabilidade estratégica maior, você consegue ter um planejamento mais a médio e longo prazo. No modelo associativo o Flamengo vem tendo muito sucesso na consolidação financeira, com uma organização muito grande, demonstrando uma capacidade organizacional muito boa. Então, a minha questão é só mais a da estabilidade estratégica.
– Como no associativo você tem a cada dois, três anos a situação de eleições, e aí pode mudar essa pessoa que vai gerir, pode ter uma troca grande de pessoas, profissionais, e acaba às vezes começando do zero. E aí fica difícil você ter um planejamento a médio e longo prazo. Mas como eu disse, não tem melhor ou pior, certo ou errado, acho que cada clube ou cada instituição sabe o que é melhor na sua situação para eles.
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