Aos 49 anos, Evanilson segue na ativa. Revelado pelo América-MG e com passagens por Atlético-MG e Cruzeiro, o ex-lateral aposentou do futebol profissional em 2012. Pouco tempo depois o futevôlei virou o trabalho diário do ex-jogador, que mora em Belo Horizonte. Mas não para por aí.
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Nos mais de 20 anos de profissional, Evanilson marcou o nome na história do Borussia Dortmund. Campeão da Bundesliga de 2001/2002, o brasileiro ajudou a tirar o time alemão da fila dos títulos e, agora, tem vínculo vitalício fazendo parte do time das lendas.
Evanilson foi campeão da Bundesliga pelo Borussia Dortmund em 2002
Arquivo pessoal
– A gente tem as lendas que são vários jogadores e sempre tem convocação. A gente tem um contrato que renova a cada ano. No ano são cinco jogos. A gente revê os amigos de 1999 e 2000. Isso para mim é um fortalecimento muito grande.
Evanílson relembra a carreira de sucesso, mas sem felicidade na Alemanha
Evanilson disputou a Champions pela equipe alemã no início dos anos 2000. Ele lembra que quando chegou ao Borussia, o time tinha vivido uma fase grandiosa, com o troféu da Champions e Mundial de Clubes de 1997, mas passou os anos seguintes em branco. O ex-lateral saiu do Cruzeiro em 1999 e se transferiu para o time alemão.
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– Eu sai do Cruzeiro, participei da Seleção. Tive a primeira convocação quando eu estava no Cruzeiro. Recebi essa notícia pelo Levir Culpi. Vi aqueles craques, tive o prazer de estar com Aldair, Roberto Carlos, Rivaldo, Emerson. Durante essa situação, apareceu o Borussia. Foi muito rápido. Em 1999, fui para o Borussia, o Dedê já estava lá, o Júlio César já estava lá. Na temporada 2001/02 fomos campeões e aí abriu as portas. Para mim foi inexplicável. Não foi sorte, só eu sei o que passei para conquistar.
“Sou muito feliz e grato pelo o que o Borussia fez e faz por mim.”
O Dortmund ficou quase seis anos sem conquistar a Bundesliga. Nesse período, teve que acompanhar o Bayer de Munique ganhar quatro taças, sendo três consecutivas. Depois do grande ano de 1997, o Borussia desejava retomar ao topo, até para que a torcida fosse premiada por tanto fanatismo.
Troféu de Campeão da Bundesliga de 2002
Arquivo pessoal
– Em Dortmund, vivem o Borussia. É camisa para todo canto. Não podia fazer nada de errado porque o torcedor ficava de olho. Lá eles são mais fiéis, mais fanáticos e mais respeitosos com os atletas.
Time das Lendas
Perto de ver o Borussia disputar uma final da Champions contra o Real Madrid, o ex-lateral também se prepara para uma partida vestindo a camisa do time alemão, quando vai reencontrar amigos.
– Vamos para os Estados Unidos. Eu, o Tinga, o Amoroso e Felipe Santana. A gente fica sempre em contato. O Amoroso mesmo é meu irmão. Quando ele foi para o Borussia, nos abraçamos e viramos irmãos.
Evanilson e o filho Ravi em um dos jogos das Lendas do Borussia
Arquivo pessoal
O time das Lendas do Borussia Dortmund foi criado no fim da década passada, com o intuito de levar a tradição do clube europeu para o mundo. O Dortmund tem escolas de futebol espalhadas e está com o objetivo de criar novos pontos. Por isso, as Lendas promovem festa para divulgar o nome do clube.
– Dedê teve despedida, e eu fui convidado. Depois teve a despedida do goleiro Roman Weidenfeller e em seguida o Borussia começou a promover mais jogos para não perder o contato com a gente. O Borussia tem escolinha na Índia, Hong Kong, em outros lugares do mundo. Então onde tem, eles querem nos levar para estar juntos dos meninos. São muitos ex-atletas e aí tem a convocação dos jogadores que estão mais próximos do local do jogo. Hoje temos o contrato com eles, e todo ano tem cinco jogos.
São diversos atletas escolhidos, de gerações diversas. Os jogos costumam valer troféus e contar com outras equipes de grande nome.
– Os jogos normalmente são de 30 a 40 minutos, por causa da idade. Tem jogadores de 40 a 60 anos. Quando vai gente mais nova, é mais tempo.
Evanilson com as Lendas do Borussia Dortmund
Arquivo pessoal
Esse é mais do que uma diversão e um momento de festa. É também um trabalho. Os jogadores são remunerados para conseguirem se dedicar. Evanilson leva a sério e mantém o físico em dia para conseguir acompanhar os companheiros.
– Pra gente é bom demais. A gente se reúne de novo, relembra tudo que passamos e bom que tem sempre um dinheirinho. A galera paga € 5 mil (cerca de R$ 30 mil). Mas não é só o dinheiro. É a amizade, é representar o Borussia de novo, relembrar. Entrar no ônibus, hotel, concentrar. Hora do almoço, da janta, tudo certinho. Isso é bom demais! Quem tá bem fisicamente sempre vai sobressair.
– Enquanto eu tiver indo, vou treinar. Vou dar exemplo, vou postar para que uma pessoa ver uma postagem minha, com 49 anos, correndo 15km, possa se animar e ver que esporte é vida.
Final da Champions
Com a experiência em Champions League, Evanilson afirma que a missão do Borussia de vencer o Real Madrid, neste sábado, 16h (de Brasília), não será fácil, mas que dentro de campo, depende apenas das próprias forças e de uma boa estratégia.
– A expectativa é boa. Tudo que está acontecendo com o Borussia hoje, apesar do time não ter ido bem na Bundesliga, está indo bem na Champions. Espero que o Borussia ganhe, porque é muito tempo. Eu vejo a dificuldade. O Borussia vai ter que jogar com inteligência e buscar o erro do Real. A Champions League é onde envolve os melhores e tem que estar muito concentrado.
Ex-lateral do Borussia, Evanílson dá aulas de futevôlei em Belo Horizonte
Danny Paiva
Torcedor assíduo do time alemão, Evanílson tem a família na torcida para que o Dortmund quebre o jejum de 27 anos sem conquistar a orelhuda.
– Meu menino, o Ravi, desesperado. Ele já falou que temos que fazer um churrasco, pendurar as camisas que temos. Vamos estar em Londres. Todo dia o Ravi coloca a camisa do Borussia, tudo é preto e amarelo. Ele fica doido quando tem mosaico.
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