Apesar de reserva, goleiro foi personagem em jogo de 2009, quando virou auxiliar de Cuca e enfaixou cabeça de Gum Rio de Janeiro, 18 de novembro de 2009. Depois de vencer o Cerro Porteño por 1 a 0 na ida, com gol de Fred, o Fluminense chegou para a volta da semifinal da Sul-Americana com a classificação para a final encaminhada. Ela, porém, caiu por terra logo aos seis minutos, quando Cáceres marcou para os paraguaios no Maracanã. Teve início, então, um dos dias mais curiosos da carreira do goleiro Fernando Henrique – que sequer entrou em campo, mas virou personagem da classificação do Tricolor. Ele chutou um rival em uma pancadaria entre os jogadores.
Os times se enfrentam em 2024 no Grupo A da Libertadores. Alianza Lima e Colo-Colo são os outros integrantes da chave.
Jogo entre Fluminense e Cerro Porteño termina em confusão
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Rafael era o defensor da meta do Fluminense, e Fernando Henrique, reserva, assistia à partida do banco. Até que Cuquinha – irmão e auxiliar do técnico Cuca – foi expulso no Maracanã. O goleiro, então, passou a atuar como assistente do treinador: empunhando um rádio, ouvia as orientações de Cuquinha e as repassava para Cuca no gramado.
– Eu estava no banco de reservas e o Cuquinha, que era o auxiliar e irmão dele, foi expulso. Aí eu fiquei como auxiliar técnico (risos). Aí o Gum teve o corte, tive que ir lá pegar uma camiseta, teve um lance que ele teve que tirar. Aí fiquei como auxiliar, né, ajudando como sempre fiz. Mesmo não jogando, estava sempre ali ajudando – disse Fernando Henrique à reportagem.
Phill, Voz da Torcida do Fluminense, analisa o Grupo A da Conmebol Libertadores
Depois, foi a vez do goleiro-auxiliar acrescentar mais um cargo à lista de funções no Maracanã: assistente médico. Ainda em desvantagem no placar, o Fluminense tinha pressa quando Gum se queixou de uma cotovelada de Nanni, que gerou um corte no supercílio.
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Gum e o histórico gol com a cabeça enfaixada, sobre o Cerro Porteño, na Sul-Americana 2019
Reuters
O lance foi simultâneo a outro choque, envolvendo Digão. Enquanto este recebia atendimento médico no lado oposto do gramado, Gum sangrava e corria risco de ser substituído. O técnico Cuca tentou fazer o curativo inicialmente, sem sucesso, e quase optou pela saída do zagueiro – que, por fim, acabou levando cinco pontos no supercílio.
Até que Fernando Henrique interveio e conseguiu enfaixar a cabeça do companheiro. Na reta final do segundo tempo, aos 47 minutos, Gum marcou o primeiro dos dois gols do Fluminense e deixou tudo igual no Maracanã. Ter ajudado o zagueiro a permanecer em campo é motivo de orgulho para o goleiro:
– Para mim, foi muito gratificante. Naquele ano a gente estava no sufoco, sabíamos das nossas dificuldades. Ali era Sul-Americana, era um campeonato diferente. Mas a gente estava com moral, ganhando jogos ficava com mais moral para tentar se livrar do rebaixamento no Brasileiro. O que eu pude fazer ali, fiz. Não me arrependo de nada.
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Fernando Henrique e a famosa “voadora” em Fluminense x Cerro Porteño, na Sul-Americana 2009
Reprodução
Mas engana-se quem pensa que a noite de Fernando Henrique acabaria ali. Depois de Alan marcar e cravar a vitória do Fluminense, garantindo vaga na final da Sul-Americana, uma confusão generalizada começou no Maracanã.
Fernando Henrique tem poucas lembranças de como tudo começou. Quando percebeu, já estava dando um chute na tentativa de proteger seus companheiros. Ele não exalta a violência, mas reforça ter cumprido o objetivo de ajudar os parceiros de time.
– Um dos nossos integrantes passou na frente do banco (do Cerro), acho que eles mexeram e a confusão começou. Vi que meus companheiros estavam em perigo, peguei e fui para cima mesmo, para tentar defendê-los, não deixar ninguém fazer nada com eles. Acho que não era tão velho, tão experiente, mas sempre que tem uma confusão, tento livrar e salvar os meus – explicou Fernando Henrique, acrescentando:
Confusão e briga em Fluminense x Cerro Porteño na Sul-Americana de 2009
EFE
– Na hora do chute… Eu nem lembro de nada. Só lembro de tentar salvar o Diguinho e o Mariano ali na hora. Confusão é confusão. Você está ali em uma briga, não sabe o que vai vir. E aí na ocasião, infelizmente, não me vanglorio disso. Entrei num momento para salvar os meus companheiros mesmo.
Por fim, Fernando Henrique foi o único expulso do Fluminense na confusão. Do lado do Cerro Porteño, o árbitro chileno Carlos Chandia deu cartão vermelho a três jogadores: Jorge Brítez, Jorge Núñez e Roberto Nanni.
O Cerro Porteño será o terceiro adversário do Fluminense na fase de grupos da Libertadores 2024. O Tricolor estreia contra o Alianza Lima, no Peru, às 21h30 do dia 3 de abril. Na sequência, o clube carioca recebe Colo-Colo (09/04) e Cerro Porteño (25/04) no Maracanã.
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– Eu estava no banco de reservas e o Cuquinha, que era o auxiliar e irmão dele, foi expulso. Aí eu fiquei como auxiliar técnico (risos). Aí o Gum teve o corte, tive que ir lá pegar uma camiseta, teve um lance que ele teve que tirar. Aí fiquei como auxiliar, né, ajudando como sempre fiz. Mesmo não jogando, estava sempre ali ajudando – disse Fernando Henrique à reportagem.
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Até que Fernando Henrique interveio e conseguiu enfaixar a cabeça do companheiro. Na reta final do segundo tempo, aos 47 minutos, Gum marcou o primeiro dos dois gols do Fluminense e deixou tudo igual no Maracanã. Ter ajudado o zagueiro a permanecer em campo é motivo de orgulho para o goleiro:
– Para mim, foi muito gratificante. Naquele ano a gente estava no sufoco, sabíamos das nossas dificuldades. Ali era Sul-Americana, era um campeonato diferente. Mas a gente estava com moral, ganhando jogos ficava com mais moral para tentar se livrar do rebaixamento no Brasileiro. O que eu pude fazer ali, fiz. Não me arrependo de nada.
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Reprodução
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Fernando Henrique tem poucas lembranças de como tudo começou. Quando percebeu, já estava dando um chute na tentativa de proteger seus companheiros. Ele não exalta a violência, mas reforça ter cumprido o objetivo de ajudar os parceiros de time.
– Um dos nossos integrantes passou na frente do banco (do Cerro), acho que eles mexeram e a confusão começou. Vi que meus companheiros estavam em perigo, peguei e fui para cima mesmo, para tentar defendê-los, não deixar ninguém fazer nada com eles. Acho que não era tão velho, tão experiente, mas sempre que tem uma confusão, tento livrar e salvar os meus – explicou Fernando Henrique, acrescentando:
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EFE
– Na hora do chute… Eu nem lembro de nada. Só lembro de tentar salvar o Diguinho e o Mariano ali na hora. Confusão é confusão. Você está ali em uma briga, não sabe o que vai vir. E aí na ocasião, infelizmente, não me vanglorio disso. Entrei num momento para salvar os meus companheiros mesmo.
Por fim, Fernando Henrique foi o único expulso do Fluminense na confusão. Do lado do Cerro Porteño, o árbitro chileno Carlos Chandia deu cartão vermelho a três jogadores: Jorge Brítez, Jorge Núñez e Roberto Nanni.
O Cerro Porteño será o terceiro adversário do Fluminense na fase de grupos da Libertadores 2024. O Tricolor estreia contra o Alianza Lima, no Peru, às 21h30 do dia 3 de abril. Na sequência, o clube carioca recebe Colo-Colo (09/04) e Cerro Porteño (25/04) no Maracanã.
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