Galo faz ‘apronto’ de luxo para a final do Mineiro

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Milito realizou mexidas que parecem ter indicado o time titular para a decisão diante do Cruzeiro Apenas no terceiro dia da Libertadores 2024 a primeira vitória brasileira na competição aconteceu. E ela veio naquele que, em teoria, já era considerado o confronto mais tranquilo da 1ª rodada. O Atlético Mineiro bateu com muita autoridade o frágil Caracas por 4×1, na capital venezuelana, e as alternativas pensadas por Gabriel Milito podem indicar a escalação do time no próximo domingo.
O Galo precisa vencer o Cruzeiro para conquistar mais um Campeonato Estadual. E jogar da maneira que conseguiu nesta quinta-feira, principalmente no início de trabalho de um treinador com pouco tempo de treinamento, costuma ser decisivo para definir escolhas. Dos jogadores que não iniciaram a estreia na Libertadores, apenas Zaracho deve de fato brigar por uma vaga no time.
Escalações
Em seu segundo jogo no comando do Atlético, Gabriel Milito colocou Alisson de titular. Lemos foi para o banco. Alan Franco também ganhou chance e Zaracho foi preservado. Sem a bola o time se defendeu em um 4-4-2. Com ela, Saravia fez a saída de três com os zagueiros. Alisson e Arana foram os homens bem abertos. Igor Gomes e Paulinho jogaram próximos a Hulk.
Como Caracas e Atlético Mineiro iniciaram o duelo válido pela 1ª rodada do Grupo G da Libertadores 2024
Rodrigo Coutinho
O jogo
Bastou a bola rolar para a prática confirmar a teoria. O Atlético amassou o Caracas em 47 minutos de 1º tempo. Os 3×0 no placar foram construídos com naturalidade, ótimo funcionamento da nova proposta de jogo da equipe, e um rival sem forças para fazer frente a um dos melhores elencos da competição.
Foram 74% de posse de bola, 420 passes trocados e cinco finalizações, evidenciando a precisão do time. Houve volume para finalizar muito mais. Milito montou uma espécie de quadrado por trás de Hulk. Paulinho e Igor Gomes mais adiantados em relação a Alan Franco e Battaglia. Alisson e Guilherme Arana bem agudos pelos lados.
Os jogadores a todo momento se procuraram em rápidas trocas de passe e movimentos bem coordenados. A principal conexão esteve em Igor Gomes e Arana pela esquerda. Atropelaram Casiani e Echenike. Paulinho também dialogou com Alisson. Hulk saía da área e o camisa 10 atacava os espaços. Arana e Igor Gomes também foram agressivos nesse movimento.
Alan Franco mostrou-se muito participativo. Jogando com liberdade, se apresentou nas imediações da área ofensiva e participou da jogada do gol de Arana. Antes, Bruno Fuchs já havia marcado em escanteio cobrado por Igor Gomes. Paulinho anotou o terceiro um pouco antes do intervalo. Não havia encaixe de marcação venezuelano.
Caracas x Atlético-MG; Arana
Pedro Souza / Atlético-MG
Com Saravia fazendo as vezes de terceiro elemento da saída de bola pela direita, Milito ganhou mais mobilidade nas conduções de bola que costuma pedir a seus zagueiros. É uma tendência que o argentino permaneça nesta função e Lemos não retorne ao time titular neste momento. Mesmo que com Saravia e Alisson, signifique defender num 4-4-2, com o camisa 26 como lateral normalmente.
O Caracas mostrou coragem ao tentar ser vertical nos poucos momentos em que teve a bola. Pernía chegou a dar trabalho em alguns contragolpes, mas a diferença técnica e física entre os times era gritante. Milito preservou Battaglia e Igor Gomes já no intervalo. Otávio e Gustavo Scarpa foram a campo exatamente nos posicionamentos de quem havia iniciado o jogo.
O placar e a superioridade em campo fizeram o Galo perder a concentração no jogo, e a produção caiu muito. Assim como a competitividade defensiva. O Caracas se aproveitou para diminuir o placar em cobrança de escanteio na área. Os anfitriões se sentiram confiantes para adiantar um pouco a marcação e causaram dificuldades momentâneas na saída de bola atleticana.
Caracas x Atlético-MG; Alisson
Pedro Souza / Atlético-MG
O time brasileiro não chegou perto do desempenho da etapa inicial, mas ao menos recuperou a vantagem de três gols no placar com mais um tento de Paulinho. Mais uma jogada terminada pela esquerda com a participação de Guilherme Arana. Logo depois o lateral deu lugar ao atacante Cadu, e Gustavo Scarpa passou para a lateral-esquerda.
Hulk, destaque da equipe na maioria dos jogos, acabou tendo atuação discreta desta vez. Ele e Paulinho ficaram em campo por 82 minutos. Só saíram no final para as entradas de Vargas e Pedrinho. Além da oscilação de concentração, a única coisa negativa da atuação atleticana foi a dificuldade de neutralizar a bola parada aérea do Caracas. Quase levou o segundo gol da mesma forma do primeiro.

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