Josh Wander e Steven Pasko renunciam à gestão da 777, afastada do Vasco; entenda

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Sócios-fundadores seguem ajudando empresa especializada em gestão de crise; 777 Partners pede prazo à Justiça dos EUA para apresentar defesa em processo movido pela Leadenhall Josh Wander e Steven Pasko não comandam mais a 777 Partners. Os dois sócios-fundadores renunciaram às suas funções como gerentes da companhia, que foi afastada da SAF do Vasco durante a semana.
Eles contrataram a B. Riley Financial e nomearam Ian Ratner e Ronald Glass, ambos da empresa especializada em gestão de crise e recuperação, como gerentes de suas companhias. A informação foi publicada primeiramente pelo jornalista Philippe Auclair e confirmada pelo ge.
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A reportagem teve acesso a um documento anexado ao processo movido pelo fundo inglês Leadenhall contra a 777 na Justiça dos Estados Unidos. Os advogados da empresa, que até quarta-feira passada controlava a SAF do Vasco, pediram prazo até dia 24 de maio para apresentar sua defesa.
No mesmo documento, eles apresentam um e-mail enviado aos advogados da Leadenhall – Leigh M. Nathanson e Roger G. Schwartz -, em que informa sobre as renúncias de Wander e Pasko, no dia 6 de maio.
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Desde 8 de maio, a empresa tomou as rédeas dos negócios da 777 ao redor do mundo com a missão de levantar todos os ativos e passivos e traçar estratégias para manter e melhorar o fluxo de caixa. Josh Wander e Steven Pasko seguem na empresa, auxiliando a B. Riley no dia a dia e no plano de recuperação financeira da companhia que tem, até o momento, 31% das ações do Vasco.
“O Sr. Pasko e o Sr. Wander têm um enorme conhecimento institucional sobre as operações das várias empresas da 777 e têm atendido às solicitações de informações feitas pela equipe da B. Riley. Sua assistência contínua é fundamental com relação a certas questões, incluindo a transação envolvendo o Everton Football Club. Eles continuam empregados pelas empresas da 777 e têm cooperado com a B. Riley em sua investigação das operações, supervisão financeira e na criação de um plano estratégico de longo prazo”, diz o e-mail da 777 Partners enviado à Leadenhall.
Parte do documento anexado pela 777 ao processo da Leadenhall
Reprodução
Mark Shapiro, da B. Riley, assumiu a função de Diretor de Operações para liderar as atividades comerciais e prestar consultoria em todos os aspectos do orçamento e das gestões de caixa e financeira das empresas da 777.
Entre as funções de Shapiro estão a análise de informações financeiras, avaliação do fluxo de caixa das empresas que pertencem à 777, negociação com fornecedores e clientes e gerenciamento de qualquer litígio em que as empresas do grupo estejam envolvidas.
Contratada pela 777 para tornar sua operação mais lucrativa, a B. Riley Financial se define como “um conjunto de especialistas com capacidade para atender a qualquer necessidade financeira” de um negócio.
Josh Wander, Eduardo Paes, Jorge Salgado, Steven Pasko e Carlos Roberto Osório durante negociações entre 777 e Vasco
Rafael Ribeiro/Vasco
A ação da Leadenhall
No dia 3 de maio, o fundo inglês Leadenhall Capital Partners entrou com processo na Justiça dos Estados Unidos contra a 777, por dar como garantia de empréstimo ativos no valor total de US$ 350 milhões (R$ 1,8 bilhão) que não lhe pertenciam ou que já haviam sido oferecidos como garantia a outras empresas.
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A ação na corte de Nova York denuncia fraude contábil e possível esquema de pirâmide, colocando em xeque a saúde financeira da empresa que comprou o Vasco em 2022.
Um dos pontos centrais do documento diz respeito ao processo decisório da 777. De acordo com o fundo inglês, o grupo é controlado por outra empresa americana, a A-CAP. Isso acontece, segundo a ação, porque o fundo de Josh Wander deve mais de US$ 2 bilhões (R$ 10,1 bilhões) à A-CAP.
A A-CAP negou ao jornal inglês “Financial Times” que controle a 777 e chamou as acusações de “infundadas e uma tentativa desesperada da Leadenhall de buscar pagamento da A-CAP ao mesmo tempo em que prejudica os segurados da A-CAP”.
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As denúncias sobre a 777 Partners acontecem em meio à tentativa da empresa norte-americana de compra do Everton, da Inglaterra. Há um acordo pela compra do clube, mas o negócio ainda não se concretizou.
Após a ação, o Vasco também foi à Justiça contra a 777 Partners no Brasil. O clube associativo conseguiu uma liminar para retomar o controle da SAF. A empresa americana deve recorrer. O objetivo do presidente Pedrinho é encontrar um novo parceiro para comprar o futebol vascaíno.
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