Marquinhos decisivo e ‘peso’ na área no 2º tempo marcam a vitória tricolor

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Mexida de Diniz no intervalo aumentou a pressão do Fluminense, mas demora em repor a zaga quase custa o triunfo sobre o Colo-Colo O Fluminense manteve o ótimo retrospecto que possui dentro de casa em jogos da Libertadores da América. Superou as dificuldades impostas pelo bom time do Colo-Colo na noite desta terça-feira, no Maracanã, e pulou na liderança do Grupo A com quatro pontos. O nível competitivo da partida valorizou os três pontos do atual campeão continental.
O maior destaque em campo foi o ponta Marquinhos. Com um gol e uma assistência, ele soma participações em todos os tentos do Fluminense nesta edição de Libertadores. Vai ser difícil Keno recuperar a vaga no time. Ganso foi outro destaque individual. Vidal cumpriu boa atuação pelo Cacique.
Escalações
Fernando Diniz barrou Thiago Santos e escalou Martinelli como zagueiro ao lado de Felipe Melo. Isso abriu espaço para Lima no meio-campo. Ganso e Germán Cano voltaram ao time. Keno segue fora e Marquinhos foi titular na ponta-direita. Arias começou pela esquerda.
Jorge Almirón, que há menos de quatro meses foi derrotado pelo Fluminense como treinador do Boca Juniors no mesmo Maracanã, na final da Libertadores, pôde contar com o zagueiro uruguaio Falcon. Velhos conhecidos do futebol brasileiro, como Vidal, Leonardo Gil(ex-Vasco) e Carlos Palácios(ex-Vasco e Inter) foram titulares. Bolados também ganhou a vaga de Zavala pelo lado direito do ataque.
Como Fluminense e Colo-Colo iniciaram o duelo válido pela 2ª rodada do Grupo A da Libertadores 2024
Rodrigo Coutinho
O jogo
Uma dinâmica comum às duas equipes marcou o 1º tempo no Maracanã. Tanto o Fluminense quanto o Colo-Colo queriam que o adversário adiantasse o bloco de marcação. A ideia era sair trocando passes e descobrir espaços nas costas da linha de meio-campo. O Tricolor tomou a iniciativa e fez isso funcionar primeiro.
Reunindo jogadores pela direita, atrás da linha central dos chilenos, viu Ganso descobrir Arias com um lindo passe. O colombiano serviu Marquinhos na sequência, e o ponta aproveitou mais uma oportunidade como titular ao marcar um golaço em apenas quatro minutos. O Colo-Colo não sentiu nem um pouco a vantagem carioca, e seguiu colocando em prática seu plano.
O Fluminense tentava pressionar a saída rival também, mas encontrava dificuldades para inibir os avanços quando a opção era o lado direito. Saldívia e Opazo contavam com as aproximações de Pavez e Vidal, o bloco tricolor não interceptava os passes a tempo e a pressão era vazada. Em um desses ataques saiu a jogada que originou o gol de empate, com Bolados pela direita.
Lima vacilou na marcação a Paiva na cobrança do escanteio, e também perdeu uma boa chance ao ser descoberto na área por Ganso na sequência. Depois dos 20 minutos, o Fluminense passou a fixar mais Arias e Marquinhos bem abertos, numa alternativa que costuma utilizar diante de defesas fechadas. Fazia sentido, a pressão chilena já não era mais tão adiantada.
Jhon Arias em Fluminense x Colo-Colo, pela fase de grupos da Libertadores
André Durão
O único jogador do Colo-Colo com maior liberdade de movimentação fora de sua zona de origem foi o atacante Carlos Palacios, que por vezes saía da esquerda para o meio, tentando explorar o setor de André e Lima, somando-se a Vidal e Léo Gil por dentro. A dupla de meias do Cacique entregava uma boa dinâmica de circulação de bola, apesar de vacilarem em posicionamentos defensivos.
O trabalho chileno foi bem feito a partir do momento em que o Fluminense não teve o volume ofensivo que queria. Finalizou mais vezes com perigo em relação ao adversário, mas longe do que esperava. Diniz colocou Lelê no lugar de Felipe Melo no intervalo. André foi fazer dupla de zaga com Martinelli. Ganso e Lima compuseram o centro do campo.
Além de dar mais ofensividade ao time com quatro homens espetados na frente, a entrada de Lelê ofereceria potencial de ataque às costas da última linha de defesa do Colo-Colo, que jogava bem adiantada. A pressão tricolor finalmente veio, e empurrou o Cacique para trás.
Com a área mais ocupada, Marquinhos fez um lindo cruzamento para Cano marcar na segunda trave. O argentino não balançava a rede há cinco jogos. O time chileno voltou a se postar mais a frente. Subir a marcação e reter a bola. Fernando Diniz demorou a colocar um jogador mais habituado a atuar como zagueiro. O jogo já havia ganho um outro contexto. Quase viu a vitória escapar.
German Cano faz o segundo do Fluminense em partida contra o Colo-Colo, pela Libertadores
André Durão
Vidal parou em Fábio ao finalizar de primeira um cruzamento de Palácios. Depois retomou uma bola de Martinelli na intermediária ofensiva, na origem do gol bem anulado de Zavala. A torcida tricolor ”gelou” no Maracanã. Só depois desta sequência de lances, Felipe Andrade foi colocado ao lado de Martinelli no miolo de zaga. André voltou ao meio. Ganso, em ótima atuação, acabou sacado.
Quem também demorou a fazer uma mexida óbvia foi Miguel Almirón. O lateral-esquerdo Wiemberg tinha cartão amarelo desde o 1º tempo e não ganhava uma jogada sequer de Marquinhos. Acabou expulso ao levar o segundo cartão em contragolpe tricolor. Terans, que entrou na vaga de Cano, quase marcou um golaço de falta.
Antônio Carlos também compôs a defesa no final. Ter dois zagueiros protegendo a área num momento de mais volume ofensivo do Colo-Colo foi fundamental para não ceder o empate. Felipe Andrade ganhou duelos em cruzamentos e passes endereçados a área, e atrapalhou Damián Palácios em cabeçada perigosa nos acréscimos.

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