Atacante e capitão da seleção espera ampla participação em eleições no país: “Somos cidadãos acima de tudo. Contra os extremos, contra as ideias que dividem” Eurocopa 2024: Saiba mais de Mbappé, que defende a França
Capitão e principal nome da seleção da França, Mbappé usou sua entrevista coletiva na véspera da estreia na Euro para fazer uma convocação. Mas não foi um chamado para a competição. Foi um posicionamento político. O novo atacante do Real Madrid se posicionou contra a extrema direita no país e convocou a população a votar em massa nas próximas eleições, marcadas para os dias 30 de junho e 7 de julho.
– Estamos num momento crucial na história do país. Você tem que saber resolver as coisas e ver suas prioridades. Somos cidadãos acima de tudo, não devemos estar desligados do mundo. Estamos numa situação sem precedentes – disse Mbappé.
“Quero me dirigir a todos os franceses e, em particular, à geração jovem. Vemos que os extremos estão às portas do poder. Temos a possibilidade de mudar tudo”, reforçou.
Mbappé, em entrevista coletiva da França neste domingo
Frederic Scheidemann/UEFA via Getty Images
Mbappé endossou o discurso do companheiro Marcus Thuram, que no sábado também se posicionou. A França vive tensão política após o presidente Emmanuel Macron dissolver o parlamento e antecipar eleições legislativas, diante do avanço da extrema direita no Parlamento Europeu.
As eleições vão ocorrer em dois turnos, nos dias 30 de junho e 7 de julho. Thuram citou especificamente o partido liderado pela líder populista de extrema direita, Marine Le Pen, do Reagrupamento Nacional (RN). E Mbappé reiterou sua posição ao encontro do que disse o companheiro, “contra os extremos e contra as ideias que dividem”.
“Espero que minha voz seja transmitida o máximo possível. Precisamos nos identificar com valores de tolerância, respeito, diversidade. Cada voz conta”, reiterou Mbappé.
– Espero que façamos a escolha certa e tenhamos orgulho de vestir esta camisa novamente no dia 7 de julho. Compartilhamos os mesmos valores de Marcus (Thuram). Estou com ele. Para mim, ele não foi muito longe. Estamos num país onde há liberdade de expressão. Ele deu a sua opinião e eu estou do lado dele – disse o camisa 10 da França.
Segundo a imprensa francesa, a delegação da França deve votar remotamente, da Alemanha, mesmo ainda estiver na disputa da Euro. O tema tem sido debatido diariamente na seleção, que é composta, em sua maioria, por descendentes de imigrantes.
As siglas conservadoras e de extrema direita da Europa, incluindo o partido de Le Pen, defendem ideias como a contenção de imigrantes. Mbappé reiterou que o grupo está focado no jogo desta segunda, contra a Áustria, mas não fica alheio à realidade.
– Claro que o jogo é muito importante, mas há uma situação ainda mais importante. Isto não nos impediu de nos prepararmos bem para o jogo de amanhã (segunda). É claro que é uma situação diferente, mas somos grandes jogadores e temos de nos adaptar.
Capitão e principal nome da seleção da França, Mbappé usou sua entrevista coletiva na véspera da estreia na Euro para fazer uma convocação. Mas não foi um chamado para a competição. Foi um posicionamento político. O novo atacante do Real Madrid se posicionou contra a extrema direita no país e convocou a população a votar em massa nas próximas eleições, marcadas para os dias 30 de junho e 7 de julho.
– Estamos num momento crucial na história do país. Você tem que saber resolver as coisas e ver suas prioridades. Somos cidadãos acima de tudo, não devemos estar desligados do mundo. Estamos numa situação sem precedentes – disse Mbappé.
“Quero me dirigir a todos os franceses e, em particular, à geração jovem. Vemos que os extremos estão às portas do poder. Temos a possibilidade de mudar tudo”, reforçou.
Mbappé, em entrevista coletiva da França neste domingo
Frederic Scheidemann/UEFA via Getty Images
Mbappé endossou o discurso do companheiro Marcus Thuram, que no sábado também se posicionou. A França vive tensão política após o presidente Emmanuel Macron dissolver o parlamento e antecipar eleições legislativas, diante do avanço da extrema direita no Parlamento Europeu.
As eleições vão ocorrer em dois turnos, nos dias 30 de junho e 7 de julho. Thuram citou especificamente o partido liderado pela líder populista de extrema direita, Marine Le Pen, do Reagrupamento Nacional (RN). E Mbappé reiterou sua posição ao encontro do que disse o companheiro, “contra os extremos e contra as ideias que dividem”.
“Espero que minha voz seja transmitida o máximo possível. Precisamos nos identificar com valores de tolerância, respeito, diversidade. Cada voz conta”, reiterou Mbappé.
– Espero que façamos a escolha certa e tenhamos orgulho de vestir esta camisa novamente no dia 7 de julho. Compartilhamos os mesmos valores de Marcus (Thuram). Estou com ele. Para mim, ele não foi muito longe. Estamos num país onde há liberdade de expressão. Ele deu a sua opinião e eu estou do lado dele – disse o camisa 10 da França.
Segundo a imprensa francesa, a delegação da França deve votar remotamente, da Alemanha, mesmo ainda estiver na disputa da Euro. O tema tem sido debatido diariamente na seleção, que é composta, em sua maioria, por descendentes de imigrantes.
As siglas conservadoras e de extrema direita da Europa, incluindo o partido de Le Pen, defendem ideias como a contenção de imigrantes. Mbappé reiterou que o grupo está focado no jogo desta segunda, contra a Áustria, mas não fica alheio à realidade.
– Claro que o jogo é muito importante, mas há uma situação ainda mais importante. Isto não nos impediu de nos prepararmos bem para o jogo de amanhã (segunda). É claro que é uma situação diferente, mas somos grandes jogadores e temos de nos adaptar.
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