Milan pode ser suspenso pela UEFA por suspeitas de ilegalidades na venda do clube

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Investigação do Ministério Público de Milão aponta que a Elliott Management Corporation, antiga proprietária do clube, continua no controle do time italiano, mesmo após vendê-lo O Milan está correndo o risco de sofrer graves punições econômicas e desportivas na próxima temporada por possíveis ilegalidades no processo de venda do clube, entre os fundos americanos Elliott Management Corporation e RedBird Capital Partners. O caso, que tem repercutido na Itália, desde a última terça-feira, indica que o antigo gestor ainda mantém o controle do clube.
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Caso se confirme que a transferência de propriedade do clube não foi realizada de forma legal, o gigante italiano pode sofrer sanções tanto no Campeonato Italiano, como na UEFA, ficando fora das próximas competições europeias.
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Curva Sud Milano
— Se o Milan mentiu, escondendo uma propriedade que não corresponde ao que diz ser, o clube poderá ser sancionado com a exclusão das competições da UEFA, ou com multas financeiras — disse à EFE o advogado Angelo Cascella, especialista em direito desportivo e ex-membro do Tribunal Europeu de Arbitragem Desportiva.
Investigações no clube
O caso iniciou-se na última terça-feira, dia 12, quando a Guarda Financeira Italiana fez uma busca na sede do Milan, em Milão, à procura de documentos que corroborassem a transferência entre os dois fundos de investimentos. No entanto, tudo indica que ainda é a Elliott Management Corporation quem permanece no controle do clube.
— Parece que existem documentos de Milão usados ​​para obter investidores de fundos árabes. E poderiam ser uma espécie de reconhecimento da propriedade do fundo Elliot e não do atual fundo, a RedBird — disse o especialista.
Gerry Cardinale é o fundador e sócio-gerende do RedBird, novos donos do Milan
Reprodução
Cascella ainda relata que membros do conselho de administração do Milan são muitos dos que integravam a gestão da Elliott Management Corporation. Aspectos que podem indicar aos investigadores uma hipótese de venda é fictícia.
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O Ministério Público de Milão trabalha com a possibilidade de um crime de “obstrução da atividade de fiscalização” da Federação Italiana de Futebol (FIGC) sobre os requisitos legais das empresas proprietárias de equipes de futebol, uma vez que haveria não seja comunicada corretamente sua mudança de propriedade.
Gerry Cardinale, fundador e sócio-gerente da RedBird Capital Partners, observa o jogo da Serie A entre a Roma e Milan, no Stadio Olimpico
Reprodução/ Getty Images
Possíveis artigos infringidos
Além de gerir o Milan, a Elliott Management Corporation é detentora do Lille, o que implica diretamente nos códigos 4 e 5 da UEFA. O número 5 refere-se ao timeshare, já que uma equipe não pode ter duas equipes inscritas na mesma competição. Lille e Milan competiram na Liga Europa nesta temporada.
E o número 4, ainda mais importante: procedimento e admissão às competições. Caso a RedBird tenha feito a transferência de propriedade do clube de forma ilegal, escondendo bens que não a correspondem, o clube poderá ser sancionado ou com exclusão das competições, podendo ser multado financeiramente.
Olivier Letang, presidente-executivo do Lille, ao lado do zagueiro Umtiti
Site oficial
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Em junho de 2022, o Milan anunciou a venda para o fundo de investimentos norte-americano RedBird Capital Partners, por 1,2 bilhão de euros, aproximadamente R$ 6 bilhões em valores à época.
Mesmo com o acordo, a Elliott Management Corporation, administradora do clube desde 2018, seguiu com participação minoritária, com o intuito dos grupos darem continuidade ao trabalho de gestão do clube italiano.

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