Neymar? Vitor Roque? Por que venda de Estêvão pode ser a maior da história de um clube brasileiro

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Atacante foi negociado pelo Palmeiras com o Chelsea numa operação que pode chegar a 61,5 milhões de euros, ultrapassando transações marcantes dos últimos anos; entenda cada caso Veja os principais lances de Estêvão, do Palmeiras, na vitória contra o Bragantino
A venda de Estêvão pelo Palmeiras ao Chelsea por 61,5 milhões de euros (cerca de R$ 358 milhões na cotação atual) pode ser a maior da história de um clube brasileiro, superando as transações envolvendo Vitor Roque, Endrick e Neymar.
O líder dessa lista até então era Vitor Roque, que foi negociado com o Barcelona por 74 milhões de euros pelo Athletico-PR. No entanto, no futebol espanhol, os clubes são obrigados a pagar impostos e taxas ao governo, e geralmente incluem esse valor no montante da negociação.
No caso do ex-jogador do Athletico-PR, esses impostos ficaram em 13 milhões de euros, pagos diretamente pelo Barcelona ao fisco espanhol. Assim, nada desse valor foi para o clube vendedor e ou para o atleta: o valor real da transação entre os clubes, portanto, foi de 61 milhões de euros.
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O mesmo aconteceu com Endrick. O valor global da negociação entre Palmeiras e Real Madrid foi de 72 milhões de euros, mas deste montante 12 milhões de euros foram de impostos e taxas que o clube espanhol teve que pagar. A transferência do garoto, então, ficou em 60 milhões de euros – incluindo bônus a serem pagos por metas cumpridas, assim como Estêvão.
O complexo caso Neymar
O caso mais complexo para a base de comparação das negociações mais caras do futebol brasileiro é o de Neymar. A venda do atacante pelo Santos ao Barcelona foi anunciada em maio de 2013 por 17,1 milhões de euros. Este foi o valor pago pelo clube catalão ao brasileiro.
Mais tarde, porém, o próprio Barcelona revelou que a transação custou cerca 57 milhões de euros. A diferença de quase 40 milhões de euros foi paga à empresa N&N (sigla para Neymar e Nadine, pais do jogador).
– A negociação envolvendo o Neymar teve várias divisões. Na época, 40 milhões de euros foram para o próprio Neymar. O Santos ficou com 17,1 milhões de euros, e alguns outros bônus totalizaram 60,5 milhões de euros – afirmou o empresário André Cury, um dos responsáveis pela negociação de Neymar na época e agente de Estêvão e Vitor Roque.
– Hoje, em questões de valores totais, a transação do Estêvão é a maior da América – completou.
Piqué, Vitor Roque, o empresário André Cury e Neymar, em encontro em Barcelona
Reprodução
O imbróglio nos valores da transação de Neymar motivou uma batalha jurídica. E uma investigação constatou que o total da transação foi ainda maior: 86,2 milhões de euros.
O Barcelona, por sua vez, informou na época por meio de seu diretor de futebol , Raul Sanllehí, que essa diferença era de acordos entre o clube e o próprio Neymar, como contratos de marketing, um contrato entre o atleta e a Fundação Barça e até o montante do salário nos cinco anos de vínculo.
O Santos entrou na Justiça meses depois por entender que tinha direito a cerca dos 65 milhões de euros, referentes à diferença entre os 17,1 milhões de euros que recebeu pela venda e os 85 milhões estimados como valor total do negócio.
Em 2020, o Santos perdeu a ação no Tribunal Arbitral do Esporte. Em um comunicado oficial, o Barcelona entendeu que houve rescisão mútua de contrato entre Neymar e o Peixe e, por isso, não haveria razão para a multa pedida pela equipe brasileira – por danos e prejuízos na saída do jogador.
O caso ainda é alvo de investigações, e até hoje os valores reais do acordo não foram totalmente esclarecidos.
Neymar julgamento Barcelona
AFP
Veja as maiores vendas do futebol brasileiro, incluindo bônus por metas:
Estevão – Chelsea (61,5 milhões de euros)
Vitor Roque – Barcelona (61 milhões de euros)
Endrick – Palmeiras (60 milhões de euros)
⁠Neymar – Barcelona (57 milhões de euros)*
Vinicius Junior e Rodrygo – Real Madrid (45 milhões de euros)
*Valores são investigados
A reportagem entrou em contato com o Palmeiras, que considera ter feito a maior transação do futebol brasileiro. O acordo foi celebrado no clube, mesmo tendo 70% dos direitos econômicos de Estêvão.
O Verdão ainda conseguiu segurar o atacante para a disputa do Mundial de 2025.
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