Entenda a mudança que fez o Verdão sair da inércia gerada pelo ótimo Novorizontino na 1ª etapa O Palestra confirmou o favoritismo e bateu o Novorizontino para fazer a decisão do Paulistão 2024 com o Santos. Compreender a mudança de desempenho do time entre um tempo e outro passe por uma melhoria determinante em algo específico. Ganhar as ”segundas bolas” no setor de meio-campo. Endrick fez o gol da classificação, mas ele não teria saído sem a onipresença de Anibal Moreno.
O argentino ofereceu aquilo que faltava ao meio palmeirense no 1º tempo. Imposição para vencer esses duelos de bola em disputa. A ”segunda” bola nada mais é do que a ”sobra” após um duelo aéreo entre zagueiro e atacante, geralmente originária de um tiro de meta em bola longa a partir do goleiro. Diante das características que o jogo apresentava, isso foi decisivo para a vitória.
Escalações
Abel Ferreira teve o retorno de Gustavo Gómez, mas preferiu preservar o paraguaio, que começou no banco. Luan formou o trio de saída de bola com Marcos Rocha e Murilo. Mayke foi o ala. Richard Rios também iniciou entre os reservas. Assim como o técnico português, Eduardo Baptista repetiu a escalação das quartas de final, incluindo o jovem zagueiro Luisão no trio de defesa.
Como Palmeiras e Novorizontino iniciaram a semifinal do Paulistão 2024
Rodrigo Coutinho
O jogo
Quem acompanhou o campeonato com atenção sabia que o Novorizontino não seria uma presa fácil para o Palmeiras, mesmo em seu remodelado gramado e com o Allianz Parque lotado. Mas certamente pouca gente esperava que o Tigre terminaria a 1ª etapa em superioridade. Baseando o seu jogo em uma organizada e intensa marcação por zona, travou a circulação de bola palestrina.
Chamou a atenção como a equipe visitante se preparou para bloquear as linhas de passe que fazem o Palmeiras ganhar velocidade, buscar as associações pelos lados e imprimir a verticalidade que lhe caracteriza. Rômulo e Waguininho foram fundamentais no auxílio a Reverson e Willean Lepo. A dupla de volantes entregou coordenação.
Raphael Veiga recuava. Muitas vezes se postava antes de Piquerez para tentar encostar na bola em condições de produzir algo, mas não adiantava. As rotas de passe não se formavam a sua frente. O Palestra passou a fazer muitas ligações diretas. Quase todas elas foram rechaçadas pelo alto trio de zaga de Novo Horizonte.
Raphael Veiga e Willean Lepo em Palmeiras x Novorizontino
Marcos Ribolli
O Tigre, que também saía ao ataque com passes longos inicialmente, mostrou-se mais ajustado e concentrado para ganhar as ”segundas bolas” no meio-campo, e acelerar na sequência. Rômulo, que em breve vestirá a camisa do Palmeiras, mostrou todo o seu profissionalismo e qualidade mais uma vez ao arrastar boas transições pela esquerda. Reverson e Neto Pessoa também foram perigosos.
Weverton precisou ainda fazer uma grande defesa em cabeçada de Luisão, após escanteio cobrado na área. Endrick e Mayke trocavam de posição constantemente pela direita. O camisa 9 abria para o flanco e o ala trabalhava por dentro, tentando atacar o espaço gerado entre Chico e Reverson, mas a troca de passes entre eles era bloqueada com a ajuda de Giovane.
”Flaco” Lopez recebeu pouquíssimas bolas. Em um raro contragolpe alviverde foi o responsável pelo melhor momento do time no 1º tempo. Serviu Veiga na área, mas a zaga oponente prontamente bloqueou a finalização. Jordi também mostrou estar ligado ao cortar um lindo passe de Aníbal Moreno na sequência.
O goleiro se destacou também em rápidas reposições ligando contra-ataques, mas não só de ataques diretos o Novorizontino viveu. Confortável em campo, sentiu-se confiante para arriscar avanços com trocas de passe mais curtas. Isso aconteceu bastante na conexão entre Willean Lepo e Waguininho pela direita. Marlon dava apoio a eles ao infiltrar constantemente entre Murilo e Piquerez.
Palmeiras x Novorizontino
Marcos Ribolli
Eduardo Baptista sacou Chico no intervalo e colocou o lateral Danilo Barcelos. Reverson saiu da ala-esquerda e foi fazer a função de zagueiro. O time seguiu saindo em passes longos quando o Palmeiras adiantava a marcação, e ganhar os duelos de primeira e segunda bola após os tiros de meta de Jordi mostrou ser primordial, algo que pouco aconteceu na 1ª etapa.
Luan e Anibal Moreno mostraram imposição em um lance logo aos sete minutos, e Mayke acelerou pela direita antes de cruzar para Flaco López ajeitar, e Endrick, só para variar, marcar dentro da área. Antes mesmo do gol o Palmeiras já tinha dado mostras de crescimento em campo ao assustar em dois lances de bola parada aérea. Isso também foi fundamental para a mudança de atitude em campo.
O Novorizontino não se entregou. Em alguns momentos conseguiu reter a bola no campo de ataque. Em outros, avançou em velocidade. Chegou a ter uma boa chance para empatar com Neto Pessoa, mas Marcos Rocha bloqueou. O lateral e Luan apresentaram mais imposição na linha defensiva após o intervalo. Venceram todos os duelos que disputaram.
O maior volume ofensivo do 2º tempo, porém, foi do Palmeiras. Flaco López, Rony, Gabriel Menino e Anibal Moreno quase ampliaram o placar. A preocupação final fica por conta de Endrick, que deixou o gramado sentindo a coxa direita novamente. O Palmeiras é um dos clubes brasileiros a entrar em uma maratona de jogos nas próximas semanas. O Novorizontino entrará na Série B como um dos favoritos.
O argentino ofereceu aquilo que faltava ao meio palmeirense no 1º tempo. Imposição para vencer esses duelos de bola em disputa. A ”segunda” bola nada mais é do que a ”sobra” após um duelo aéreo entre zagueiro e atacante, geralmente originária de um tiro de meta em bola longa a partir do goleiro. Diante das características que o jogo apresentava, isso foi decisivo para a vitória.
Escalações
Abel Ferreira teve o retorno de Gustavo Gómez, mas preferiu preservar o paraguaio, que começou no banco. Luan formou o trio de saída de bola com Marcos Rocha e Murilo. Mayke foi o ala. Richard Rios também iniciou entre os reservas. Assim como o técnico português, Eduardo Baptista repetiu a escalação das quartas de final, incluindo o jovem zagueiro Luisão no trio de defesa.
Como Palmeiras e Novorizontino iniciaram a semifinal do Paulistão 2024
Rodrigo Coutinho
O jogo
Quem acompanhou o campeonato com atenção sabia que o Novorizontino não seria uma presa fácil para o Palmeiras, mesmo em seu remodelado gramado e com o Allianz Parque lotado. Mas certamente pouca gente esperava que o Tigre terminaria a 1ª etapa em superioridade. Baseando o seu jogo em uma organizada e intensa marcação por zona, travou a circulação de bola palestrina.
Chamou a atenção como a equipe visitante se preparou para bloquear as linhas de passe que fazem o Palmeiras ganhar velocidade, buscar as associações pelos lados e imprimir a verticalidade que lhe caracteriza. Rômulo e Waguininho foram fundamentais no auxílio a Reverson e Willean Lepo. A dupla de volantes entregou coordenação.
Raphael Veiga recuava. Muitas vezes se postava antes de Piquerez para tentar encostar na bola em condições de produzir algo, mas não adiantava. As rotas de passe não se formavam a sua frente. O Palestra passou a fazer muitas ligações diretas. Quase todas elas foram rechaçadas pelo alto trio de zaga de Novo Horizonte.
Raphael Veiga e Willean Lepo em Palmeiras x Novorizontino
Marcos Ribolli
O Tigre, que também saía ao ataque com passes longos inicialmente, mostrou-se mais ajustado e concentrado para ganhar as ”segundas bolas” no meio-campo, e acelerar na sequência. Rômulo, que em breve vestirá a camisa do Palmeiras, mostrou todo o seu profissionalismo e qualidade mais uma vez ao arrastar boas transições pela esquerda. Reverson e Neto Pessoa também foram perigosos.
Weverton precisou ainda fazer uma grande defesa em cabeçada de Luisão, após escanteio cobrado na área. Endrick e Mayke trocavam de posição constantemente pela direita. O camisa 9 abria para o flanco e o ala trabalhava por dentro, tentando atacar o espaço gerado entre Chico e Reverson, mas a troca de passes entre eles era bloqueada com a ajuda de Giovane.
”Flaco” Lopez recebeu pouquíssimas bolas. Em um raro contragolpe alviverde foi o responsável pelo melhor momento do time no 1º tempo. Serviu Veiga na área, mas a zaga oponente prontamente bloqueou a finalização. Jordi também mostrou estar ligado ao cortar um lindo passe de Aníbal Moreno na sequência.
O goleiro se destacou também em rápidas reposições ligando contra-ataques, mas não só de ataques diretos o Novorizontino viveu. Confortável em campo, sentiu-se confiante para arriscar avanços com trocas de passe mais curtas. Isso aconteceu bastante na conexão entre Willean Lepo e Waguininho pela direita. Marlon dava apoio a eles ao infiltrar constantemente entre Murilo e Piquerez.
Palmeiras x Novorizontino
Marcos Ribolli
Eduardo Baptista sacou Chico no intervalo e colocou o lateral Danilo Barcelos. Reverson saiu da ala-esquerda e foi fazer a função de zagueiro. O time seguiu saindo em passes longos quando o Palmeiras adiantava a marcação, e ganhar os duelos de primeira e segunda bola após os tiros de meta de Jordi mostrou ser primordial, algo que pouco aconteceu na 1ª etapa.
Luan e Anibal Moreno mostraram imposição em um lance logo aos sete minutos, e Mayke acelerou pela direita antes de cruzar para Flaco López ajeitar, e Endrick, só para variar, marcar dentro da área. Antes mesmo do gol o Palmeiras já tinha dado mostras de crescimento em campo ao assustar em dois lances de bola parada aérea. Isso também foi fundamental para a mudança de atitude em campo.
O Novorizontino não se entregou. Em alguns momentos conseguiu reter a bola no campo de ataque. Em outros, avançou em velocidade. Chegou a ter uma boa chance para empatar com Neto Pessoa, mas Marcos Rocha bloqueou. O lateral e Luan apresentaram mais imposição na linha defensiva após o intervalo. Venceram todos os duelos que disputaram.
O maior volume ofensivo do 2º tempo, porém, foi do Palmeiras. Flaco López, Rony, Gabriel Menino e Anibal Moreno quase ampliaram o placar. A preocupação final fica por conta de Endrick, que deixou o gramado sentindo a coxa direita novamente. O Palmeiras é um dos clubes brasileiros a entrar em uma maratona de jogos nas próximas semanas. O Novorizontino entrará na Série B como um dos favoritos.
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