O que deu certo e o que pode melhorar no novo esquema tático do São Paulo

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Sem Rafinha e Lucas, Thiago Carpini montou um 3-5-2 na vitória sobre o Cobresal, pela Libertadores O São Paulo venceu o Cobresal por 2 a 0, conquistou sua primeira vitória na Libertadores e mostrou que há vida após a eliminação no Paulistão e a estreia ruim, fora de casa, contra o Talleres.
Com muitos lesionados, o treinador Thiago Carpini montou o Tricolor em um novo esquema tático: um 3-5-2. É possível fazer a leitura do desempenho de dois modos:
O time não conseguiu se impor em campo contra um adversário muito mais fraco e teve problemas para criar jogadas
O time competiu e insistiu até o fim, sendo premiado com o gol de André Silva após grande jogada de Calleri que abriu o caminho para a vitória
São Paulo 2 x 0 Cobresal | Melhores momentos | CONMEBOL Libertadores 2024
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Carpini adotou o sistema por não contar com Rafinha e Lucas, que jogam no lado direito do São Paulo. O treinador decidiu reforçar a defesa e colocar Michel Araujo por aquele setor. Dessa forma, o time abria mais o campo e permitia a James, Luciano e Calleri jogarem mais próximos da área. Ver o trio juntos é um sonho antigo de Carpini e da torcida, que ainda não deu certo.
Sistema do São Paulo: três zagueiros e Michel Araujo como ala
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O ponto positivo do sistema tático foi permitir muita posse de bola. O São Paulo conseguia desarmar fácil os contra-ataques do Cobresal e tocava a bola no ataque. No primeiro tempo o time chegou a ter 70% de posse. A questão é o lugar em campo em que essa posse acontecia: com passes entre os zagueiros e volantes, sem toques próximos da área.
O motivo foi a movimentação do trio: ela não acontecia em conjunto com o jogo dos volantes. Maia e Alisson recebiam a bola dos três zagueiros, que jogaram no campo do adversário. Mas ninguém se aproximava para dar sequência ao toque de bola. Veja como o Cobresal marca as opções de Maia, o que forçava o passe aos alas, a válvula de escape do jogo.
Distância entre o trio mais criativo e os volantes marcou o ataque do Tricolor
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O problema acontecia com os volantes e também com qualquer jogador que buscasse a bola mais atrás. Galoppo, que entrou no segundo tempo, também enfrentou a mesma situação: recuo para buscar a bola e pouca aproximação para receber na frente. Desde o ano passado, a função de armar e pensar o jogo é de Lucas. Quando ele não joga, James e Lucas ainda não conseguem suprir essa função que exige tabelas e toques curtos.
Luciano: não conseguia criar jogadas
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A dificuldade com a bola no chão fez o São Paulo procurar outras alternativas. A principal delas é a bola em Calleri: ele é um camisa nove que não fica paradão na área e busca prender para quem chega de trás. O gol anulado de Luciano já mostrava que o caminho era procurar menos o toque e mais o pivô do centroavante. No lance do tento de André Silva, é Calleri que puxa a defesa para um lado e abre espaço para o gol.
Gol do São Paulo nasce de jogada de Calleri
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Num ano que começou muito bem e depois deixou a desejar, a boa notícia é a vitória e o novo esquema, que pode ser solução frente às muitas lesões que o elenco sofre na temporada. Como todo esquema tático, com pontos positivos e negativos que Thiago Carpini terá que trabalhar nos próximos dias.
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