Polícia conclui inquérito e indicia conselheiro do Corinthians por ofensa racista em reunião

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Manoel Ramos Evangelista, conhecido como Mané da Carne, pode ir a julgamento A Polícia Civil de São Paulo encerrou na última quarta-feira o inquérito aberto há quase um ano para investigar ofensas racistas supostamente proferidas em reunião do Conselho Deliberativo do Corinthians, em julho do ano passado.
Responsável pelo caso, o delegado João Batista Filogonio, do 52º Distrito Policial, pediu o indiciamento de Manoel Ramos Evangelista, conhecido como Mané da Carne. Ele é acusado de ter cometido injúria racial contra os também conselheiros Luiz Ricardo Alves e Marcio Moreira de Oliveira, chamando-os de “neguinho” durante discussão.
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Mané da Carne, conselheiro do Corinthians
Reprodução
O indiciamento significa que a Polícia vê elementos suficientes para apontar Mané da Carne como autor do crime. Agora, cabe ao Ministério Público pedir novas diligências, o arquivamento do caso ou oferecer denúncia.
Na época da reunião, Mané da Carne negou ter praticado ato racista e disse ao ge que teria chamado o outro conselheiro de “amiguinho”. Intimado a prestar depoimento à Polícia, ele se manteve em silêncio.
Conselheiros do Corinthians foram ouvidos pela Polícia e corroboraram a versão de que houve ofensa racista. Alguns deles são de grupo político rival ao de Mané da Carne no clube e hoje ocupam cargos na diretoria, como Claudinei Alves, Valmir Costa, Rozallah Santoro e Marcelo Mariano.
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Já Gilmar Aparecido Iglesias Abrami e Jacinto Antonio Ribeiro, o Jaça, testemunharam em favor de Mané, alegando não ter ouvido qualquer fala discriminatória.
O caso também foi denunciado ao Conselho de Ética alvinegro, mas até o momento não houve desdobramentos.
Padrinho político do ex-presidente Andrés Sanchez, Mané da Carne é figura histórica nos bastidores do Corinthians e por muitos anos exerceu forte influência nas categorias de base do clube.
Em 2022, a conselheira Susy Miranda Sanchez denunciou Mané da Carne por ameaça. Antes, em 2021, outra conselheira, Analu Tomé, relatou comentários machistas de Manoel Evangelista num grupo de WhatsApp de membros do Conselho. Na época, ele escreveu sugerindo que ela arrumasse “um tanque de roupa para se divertir”.
Os dois casos foram arquivados pelo Conselho de Ética do Corinthians.
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