Polícia marca depoimento de intermediário do contrato entre Corinthians e VaideBet

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Alex Cassundé, sócio da Rede Social Media Design, é esperado para oitiva na próxima terça-feira Caso VaideBet e Corinthians: delegado explica investigação sobre suposto “laranja”
A Polícia Civil de São Paulo notificou Alex Cassundé, sócio da Rede Social Media Design, empresa intermediária do antigo contrato entre Corinthians e VaideBet, para depor sobre o caso de “laranja” que resultou na rescisão do contrato entre a casa de apostas e o clube.
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A oitiva está marcada para a próxima terça-feira na sede da terceira delegacia do Departamento de Polícia de Proteção a Cidadania (DPPC). O local é especializado em casos de lavagem de dinheiro.
O delegado encarregado é Tiago Fernando Correia, que ouviu na semana passada Edna Oliveira dos Santos, citada como “laranja” em repasse de parte do dinheiro recebido pelo intermediário da parceria entre VaideBet e Timão.
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Alex Cassundé é o sócio da empresa que intermediou o contrato da VaideBet para o Corinthians
Reprodução/Facebook
Antes de Cassundé, a Polícia vai ouvir um terceiro elemento da investigação. Trata-se de uma mulher identificada como Ana por Edna Oliveira do Santos, mas que na realidade se chama Adriana. O depoimento deve ocorrer ainda nesta semana.
Segundo depoimento recolhido por Edna, tratada como vítima do caso, Adriana a visitou em Peruíbe e fez questionamentos sobre os repasses recebidos em nome da Neoway Soluções Integradas, empresa usada como “laranja” para receber dois supostos repasses (na casa de R$ 500 mil e outro de R$ 400 mil) do dinheiro recebido pela intermediação do contrato de patrocínio.
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A Rede Social Media Design recebeu R$ 1,4 milhão (duas parcelas de R$ 700 mil) durante o tempo de vigência de acordo. Com a rescisão do compromisso com o Corinthians, os repasses pela intermediação do negócio se encerraram.
Entenda o caso
Augusto Melo na apresentação da VaideBet no Corinthians
Jozzu/Agência Corinthians
VaideBet e Corinthians romperam o contrato no dia 7 de junho, cinco meses depois de celebrarem o maior acordo de patrocínio do futebol brasileiro.
A crise se instaurou no dia 27, quando a patrocinadora máster notificou o clube extrajudicialmente pedindo esclarecimento em torno das notícias envolvendo o possível repasse de parte comissão do intermediário para um “laranja”. O contrato firmado previa R$ 370 milhões ao clube e era válido até o fim de 2026.
Além da notificação da VaideBet, Augusto Melo recebeu um pedido da Polícia Civil, que também cobra respostas e pediu acesso ao contrato com a empresa.
A Polícia abriu inquérito e busca esclarecimentos da denúncia feita pelo “Blog do Juca Kfouri” de que a Rede Social Media Design, empresa que intermediou o contrato de patrocínio, supostamente repassou parte do valor recebido em comissão a uma empresa “laranja”, chamada Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda.
Essa empresa está no nome Edna Oliveira dos Santos, que nem sequer saberia da existência da mesma. Até o encerramento do acordo, duas parcelas de R$ 700 mil foram repassadas pelo clube para o intermediário que está registrado no contrato de patrocínio.
A notícia não agradou à VaideBet, que entendeu ter a imagem prejudicada com as inúmeras especulações em torno do contrato com o Corinthians.
Em notificação enviada em 27 de maio, a empresa informa que os fatos narrados representam efetiva violação da cláusula anticorrupção do contrato de patrocínio e deu dez dias para que o Corinthians apresente explicações sobre o caso.
O clube respondeu aos questionamentos, alegando estar contribuindo com as investigações.
O Corinthians notificou extrajudicialmente a empresa intermediária, que tem como sócio Alex Cassundé, prestador de serviços durante a campanha de Augusto Melo à presidência. O clube ainda aguarda explicações sobre o suposto “laranja”.
Na sexta-feira (7 de junho), a VaideBet optou por rescindir o contrato usando como argumento a cláusula anticorrupção.
Assinado no começo do ano, o vínculo entre Corinthians e VaideBet tinha validade até o fim de 2026 e previa o pagamento de R$ 370 milhões – o clube recebeu cerca de R$ 66 milhões desde janeiro. Em nota, o clube alfinetou a empresa pelo rompimento.
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